“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
A NECESSIDADE DA
SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode
vir a mim...”
Querido amigo creio que a visão panorâmica de João 5 foi suficiente para que entendamos a profunda e inequívoca verdade a respeito da condição do homem, morto em seus pecados. Estou convicto que inclinamo-nos a desviar dessa verdade e aceitar o tão apregoado livre-arbítrio. Mesmo que confessemos essas verdades como nossa declaração de fé, na prática negamos isso, porquanto a natureza carnal tende a revoltar-se contra a soberania de Deus e está pronta para afirmar a bondade e a fé como inerentes no coração do homem.
A fim de que a necessidade da soberania de Deus seja compreendida em maior glória preciso levar o leitor atento ao cap. 11 de João. Ali está documentada a história da ressurreição de Lázaro. Pensamos naquele ato de extraordinário milagre do Senhor como um benefício feito às duas irmãs, Maria e Marta, ou mesmo pensamos numa demonstração pública de Cristo de Seus grandes feitos que demonstrassem Seu poder e divindade perante os homens. Claro que ao realizar tal milagre nosso Senhor mostrou tudo isso e muito mais. Mas, não podemos esquecer que essa história faz parte de um contexto. Do cap. 1até o cap. 10 desse evangelho Cristo está mostrando e demonstrando a todos que Ele, o Filho de Deus veio ao mundo para dar vida. Não está referindo à vida como nós pensamos; não está falando a respeito de uma condição de vida melhor, como os mundanos sempre estão buscando. Ele veio conceder vida porque os homens estão mortos, conforme o ensino do cap. 5.
Então,
aquele acontecimento no cemitério de Betânia foi para exemplificar o que Cristo
está fazendo com os homens mortos em seus pecados. Notemos bem que essa verdade
é passada aos discípulos desde o início do cap. quando Lázaro ainda estava
enfermo: “...Esta
enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de
Deus seja glorificado por ela”(11:4).
Perante Marta o Senhor deixa esse fato ainda mais esclarecido: “Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele
que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?” (11:25,26).
Todos
os detalhes da ressurreição de Lázaro vêm adornar o ensino daquilo que o Senhor
faz por meio do evangelho. Chequemos alguns desses detalhes: No primeiro vemos que
nosso Senhor esperou 4 dias. O corpo se achava em pleno estado de putrefação no
túmulo. Em segundo lugar vemos a pedra posta na entrada do túmulo e como nosso
Senhor ordena que ela seja tirada: “...Tirai a Pedra...” (11:39). Ali estava a multidão atônita, incrédula,
perante aquilo que constituía impossibilidade para os homens.
Caro
leitor, o que o evangelho da glória de Cristo faz é impossível para os homens!
O evangelho moderno pula e dança em torno dos defuntos! O humanismo eufórico
tem usado métodos e métodos modernos na tentativa de fazer com que mortos abram
suas bocas e proclamem que são crentes, que foram salvos, que foram abençoados
em suas vidas mundanas e tortuosas! A incredulidade religiosa teme tirar a
pedra, porque não querem sentir o mau cheiro da depravação total, do horror e
da maldade do coração humano. Mas eis que o Senhor ordena aos Seus arautos que
a pedra seja tirada, porquanto o evangelho verdadeiro proclama a glória de
Deus: “...Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” (11:40). Ó, que
convite glorioso da salvação aos perdidos! Amigo, não adianta lutar contra essa
verdade, porque no orgulho o pecado lhe mantém aprisionado, detido sob o
domínio da morte, até o final de sua pobre existência terrena. A mensagem do
evangelho convida homens e mulheres arrependidos! A triunfante conquista da
cruz chega aos ouvidos daqueles que estão no pó, visitados pela doce
misericórdia daquele que veio ao mundo para dar vida!
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