“Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
A MORTE NA
MORTE:
Caro leitor, creio que é preciso dinamizar um
pouco mais o assunto referente ao reino do pecado e da morte, porque precisamos
conhecer biblicamente o que acontece ali onde o pecado só pode produzir morte,
e mais do que isso, nesta vida enfrentamos esse atroz inimigo. Quando a pessoa
é crente, a Palavra de Deus a desperta para a realidade deste mundo
entenebrecido pelo pecado. Ainda no pecado a alma está cega e ludibriada pelo
engano e transitoriedade das paixões. O tema da meditação de hoje é “a morte na
morte”, visto que só conseguimos vislumbrar a ação da morte quando ela surge
para sugar a alma, empurrando-a para o abismo eterno. Mas a alma está em
continua atividade como um salário entregue aos homens no pecado.
Primeiramente é perceptível que no
pecado os homens tendem a fazer uma aliança com a morte. Incrível! Mas é
exatamente isso que os homens fazem cada dia, renovando um contrato com a
morte. Para isso quero conduzir o leitor atento na consideração do cap. 28 de
Isaías. O que estava acontecendo em Jerusalém? A liderança política e religiosa
da nação de Judá tinha abandonado o Senhor, e assim todo povo embarcou junto
nesse abandono proposital do seu Deus, sem, contudo ter se afastado da sua
religiosidade. O prazer do povo era pecar e governar suas vidas por princípios
religiosos. Era simples, eles confeccionavam as leis de Deus fazendo delas como
que “colchas de retalhos” espirituais para encobrir suas maldades. Observe bem
o verso 10: “Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra
sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali”. Mesmo diante da
mensagem da compassiva mensagem de arrependimento: “... Este é o descanso, daí
descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir”.
Onde estava a aliança daquele povo com
a morte? Ora, o grande Senhor conhecia as atitudes encobertas deles: “Porquanto
dizeis: Fizemos aliança com a morte e com o além fizemos acordo; quando passar
o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque, por nosso refúgio, temos a
mentira e debaixo da falsidade nos temos escondido” (verso 15). Que verso
esclarecedor temos diante de nós! Quem pode esconder seus planos dos olhos
perscrutadores do Todo Poderoso? O que
os governantes de Jerusalém faziam cada manhã? Queriam anular suas consciências
culpadas; queriam passar desapercebidos sem que fossem julgados e punidos; Eles
achavam que podiam renovar o contrato com a morte e com o inferno. Como assim?
Eles simplesmente achavam que podiam viver como queriam, desonrando a Deus,
quebrando Suas leis, sem, contudo haver qualquer perigo de sofrerem qualquer
castigo pelos seus atos. Afinal, eles se abrigavam debaixo da mentira e da
falsidade.
Amigo leitor, não assim que vivem
milhares de pessoas? Agem exatamente como faziam os líderes religiosos e
políticos de Jerusalém. Quanto mais aumenta a perversidade dos homens, mais
religião da aparência surge, porque não há um melhor lugar para tentar
esconder-se de Deus do que numa mentira e falsidade religiosa. Milhares vivem
na perigosa paz com o pecado, de que não vão enfrentar o terrível juízo
vindouro.
Meu amigo leitor, você tem andado nessa
condição tão triste? Quão perigoso é aliar-se com a morte e com o além! Que
surpresa sua alma pode obter a qualquer momento! Deus não tem outro meio para
que o pecador escape da Ira vindoura (1 Tessalonicenses 1:10), a não ser
mediante o sangue remidor. Arrependa dos seus pecados e chegue a Cristo para
obter o perdão e purificação. Quão frágeis somos neste mundo! Quão forte é a
morte, e quanto anseio tem ela para arrancar o ímpio da terra e empurrá-lo para
na destruição!
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