“Antes
de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos
pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
A CONFISSÃO DESSA MENSAGEM: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...”
Prezado leitor, não
podemos esquecer que a morte de Cristo tem um efeito prático à fé do salvo,
porque de fato o poder escravizador e enganador do pecado é destruído. Quando o
pecador não consegue confessar esse fato, realmente não há como prosseguir como
um crente. Sua fé não será perseverante e todas as suas atividades religiosas
serão realizadas na força da carne. Também, quando está ausente essa firme e
constante confissão: “...Cristo morreu pelos meus pecados”, a pessoa jamais
conhecerá o conforto de Cristo no viver. A fé genuína prossegue à luz daquilo
que fora realizado na cruz; o facho de glória que brilha pela vereda do salvo
vem do calvário; é dali que tudo tem início e prossegue para o crente.
Porém, se os lábios
não conseguem confessar essa verdade no viver; se estiver ausente o temor do
Senhor, resultado do arrependimento e da fé no Salvador e Senhor, certamente, viverá
aqui sentindo o conforto de seus pecados e morrerá
em seus pecados. Caro leitor, se Cristo não levou na cruz os seus pecados,
então eles estão presentes no viver; eles fazem parte de sua vida. Por essa
razão está ausente essa confissão que vem do coração. Ora, se Cristo não morreu
pelos seus pecados, certamente estes serão seus amigos presentes em sua vida;
eles participam da casa de sua vida, são seus amados e compartilham momento
após momento de seu viver.
Caro leitor, se Cristo
não levou nem pagou na cruz pelos seus pecados, você tem uma aliança no coração
com eles no coração, uma aliança tão íntima que nem mesmo você por fora
consegue explicar. A amizade é secreta no coração e mostrará que realmente
existe essa aliança por meio de seus lábios e pela maneira de proceder. Judas
tinha um contrato no íntimo com o pecado e por muito tempo isso não foi
perceptível, mas aos poucos seu ódio contra o Senhor foi manifestando e o
amante de sua alma começou a aparecer com suas unhas e garras; era a terrível avareza,
a torpe ganância que com seus tentáculos dominava todo ser daquele falso
apóstolo.
Pedro parecia
controlado e fascinado com sua pretensa coragem, mas quando viu sua covardia,
se humilhou e chorou amargamente por ter negado seu Mestre. Os verdadeiros
crentes quando são pegos pelos pecados nos quais viveram outrora, sentem
profunda tristeza e mostram ódio e desprezo, anelando ficar livres deles para
sempre. Mas a alma que desconhece essa confissão não pode tolerar o fato que
seus amantes foram odiados tanto. Não conseguem admitir a verdade da cruz; não
suportam a mensagem que revela o fato da Ira de Deus ter sido despencada do céu
contra o Cordeiro, o verdadeiro e exclusivo substituto dos perdidos.
Digo mais, que se seus
pecados não foram punidos na cruz é porque eles habitam com você; são seus tesouros
no coração. São seus bichinhos de estimação; são seus deleites aqui; são seus
verdadeiros amores, por isso Cristo será odiado no viver. Não conseguirá
admitir que alguém veio ao mundo para punir os pecados. Então esse Cristo não
deve viver, deve ser morto. Se houver qualquer sinal de que Ele está vivo, deve
ser achado e punido. Como alguém há de odiar tanto aquilo que tanto amo?
Eis aí caro leitor, a
razão óbvia por que a confissão não pode brotar dos lábios de alguém não salvo.
Há um emudecimento; essa verdade não existe em seu ser, porque realmente não
ocorreu na cruz. Talvez essa verdade esteja chegando ao seu coração agora.
Talvez você esteja sendo levado ao pó, ao desespero, porquanto o Senhor está
lhe atraindo, a fim de mostrar Seu amor a você e como foi que tudo ocorreu ali.
Que Ele veio ao mundo buscar você, meu amigo. Veio para ser seu substituto
perfeito, e na cruz de fato foi punido para destruir o poder do pecado em seu
viver.
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