“Esforçai-vos
por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar
e não poderão”(Lucas 13:24)
A PORTA ESTREITA (continuação)
Na mensagem
anterior, procurei salientar que, o entrar pela porta estreita é um
trabalho individual. Deus age e opera na vida de indivíduos. É um de cada vez.
A morte de Cristo na cruz, a morte expiatória do Filho de Deus, só tem valor em
sua vida, se você pode dizer “Ele (Jesus)
morreu em meu lugar. Ele sofreu o castigo que eu merecia. Eu estava desgarrado
como ovelha, mas Deus fez cair sobre o Filho a minha iniquidade”. Deus
opera assim amigo. A morte de Cristo tem valor prático na vida daquele que Ele
salva. O pecador que Cristo salva sabe bem que foi Jesus que bebeu o amargo fel
do castigo da fúria de Deus em seu lugar. Ele sabe que Jesus nunca conheceu
pecado, mas Deus o fez pecado por ele.
Hoje
quero, com a graça de Deus, mostrar outra explicação da razão porque Cristo
falou da porta estreita. Já falei que é porta estreita porque é individual. Mas
é porta estreita justamente porque não é algo natural. Não é algo do homem.
Não fique aí a pensar que você deseja ira a Cristo por sua natureza. Não é da
sua vontade natural. Diz a Bíblia que isso não vem de nós, é dom de Deus
(Efésios 2:8). É uma obra da graça. Não é uma resolução natural, pois o homem
não quer, e não deseja isso.
Deixe-me
então, invadir o território da natureza humana e mostrar essa natureza como ela
é. O homem por natureza odeia o caminho estreito. Não quer esse caminho. Ele
não quer direcionar-se à vida. Ele sente-se à vontade no caminho largo. Segue
com prazer o curso desse mundo. Ele prefere o Egito com seus prazeres que
caminhar para Canaã Celeste. Ele não quer seguir esse caminho estreito. É um
caminho desértico, cheio de problemas. Então ele prefere a escravidão do
pecado, que estar debaixo do controle de Cristo, da liderança de Cristo em sua
vida. Ele não quer isso. Essa é a natureza humana. Ele prefere a comida que
Satanás oferece neste mundo, do que o maná que desceu do céu para dar vida ao
pecador.
Então
amigo, não se espera que o homem natural tomará a resolução de ir à porta
estreita. Ele prefere o conselho dos ímpios, que ser guiado pelos sábios
conselhos de Deus. O homem natural prefere o temor aos homens, prefere o
respeito aos homens, que o temor de Deus. Diz a Bíblia que não há o temor de
Deus diante dos seus olhos (Salmo 36:1). Então amigo, baseando nisto, digo e
afirmo que não se pode esperar conversão e decisão vindas da parte do homem.
Não! Ele não quer. Ele odeia isso. A decisão é de Deus para o homem e não do
homem para Deus. Por quê? O coração do homem natural está em pé de guerra
contra Deus. Ele está revoltado contra Deus. Ele está de punho erguido contra
Deus. Ele prefere o caminho ímpio. Por isso ele detesta santidade. Ele odeia a
justiça divina. Então ele prefere ficar do lado de fora, para enfrentar os
horrores do juízo, do que entrar na arca da salvação e estar seguro na graça.
Sim. É essa a atitude natural do homem. Espera-se essa atitude dele.
Então
caro leitor, com uma linguagem simples, com linguagem clara, procurei
esclarecer o estado natural do coração de cada ser humano. O homem é nascido em
pecado. O salmista diz: “Eu nasci em iniqüidade, e em pecado me
concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Que quadro horroroso! Que descrição
terrível a respeito do homem! Não se pode esperar outra coisa. Ele não vai
querer isso. Ele quer continuar no pecado. O lugar onde o homem habita é no
pecado. O que nós vemos na descrição bíblica a respeito do homem é o ser humano
dizendo NÃO para Deus. Não queremos Deus.
Não queremos as leis de Deus. Não queremos esse curso que Deus tem para nós.
Nós queremos viver do jeito que nós quisermos. Nós mesmos vamos dirigir nossas
vidas.
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