TEXTO CHAVE: “Aquele que não conheceu pecado,
Ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”
2 Coríntios 5:21.
INTRODUÇÃO: O livro do profeta Daniel tem sido um dos mais queridos livros da
bíblia, tanto pela sua profecia como pela sua história. No cap. 5 vemos a
narrativa de um dramático acontecimento que ocorreu com o rei Belsazar e que
pôs um ponto final no poderoso império babilônico.
O
profeta Daniel fora chamado para interpretar o que foi escrito na parede por
aquela mão sobrenatural. Aquele breve escrito paralisou repentinamente a festa
pagã e impiedosa promovida por aquele orgulhoso monarca. Em lugar de algazarra,
bebedeira e luxúria, o recinto foi tomado por um verdadeiro terror. O que
estava realmente dizendo aquele enigma que desafiava qualquer intérprete? Mesmo
com tanta riqueza cortejando os corações presentes, foi impossível achar alguém
entre os ilustres súditos do rei, até que o ignorado judeu entrou em cena. Parece que o
rei mais interessava na interpretação e não na seriedade daquilo que fora dito
na interpretação do profeta. Belsazar não sabia que o palácio estava cercado
pelo exército medo-persa e que ele seria morto naquela mesma noite, como de
fato veio a acontecer.
Mas
o que nos interessa aqui é o que foi dito pelo profeta na segunda palavra
escrita: “TEQUEL”: “Pesado foste na balança, e foste achado em falta”. O que
significava aquilo para o rei? Ausência de justiça conforme o padrão de Deus,
por isso o juízo certamente cairia sobre sua cabeça.
AUSÊNCIA
DE PERFEITA JUSTIÇA
A
triste história da raça humana é que perante Deus homens e mulheres, todos em
todos os lugares deste planeta carecem de justiça. A triste verdade é que
habitamos num mundo onde reina a injustiça. O padrão que Deus requer para que o
pecador seja salvo é perfeita justiça. O padrão exigido não é de uma igreja,
nem pode ser a opinião particular, nem tampouco da vida religiosa de cada um. O
Justo Juiz do universo, o Glorioso Senhor em Seu perfeito juízo, colocou toda
raça sobre Sua perfeita “balança da justiça” e todos, à semelhança de Belsazar,
foram achados em falta. O Espírito
Santo anuncia por boca de Paulo em Romanos 3:10: “Como está escrito: não há
justo, nem sequer um”. Que triste fato!
PERIGO
DA JUSTIÇA PRÓPRIA
A
realidade religiosa em nossos dias proclama em alto e bom som que há uma
urgente necessidade da doutrina bíblica da justificação pela fé em Cristo. O humanismo que
tem assolado o mundo tem transportado sua influência perniciosa para os
recintos sagrados. Grandes partes daqueles que afirmam ser crentes em Cristo
está confiando em seus atos meritórios de justiça. Satanás procura sempre banalizar a doutrina
da salvação, e ele o faz furtivamente atraindo a justiça humana para dentro das
igrejas. A grande preocupação com números tem feito com que pastores e
pregadores adociquem suas mensagens adaptando-a aos gostos da multidão.
Quão
perigoso é isso! A natureza humana que é avessa à verdade bíblica odeia a
Justiça que há no filho de Deus. Prefere continuar cobrindo sua nudez espiritual
com “folhas de figueira” das atividades religiosas, especialmente em círculos
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evangélicos. A verdade da justiça
própria fica tão encoberta que as pessoas não se apercebem dos perigos, e assim
continuam achando que estão salvas. Entretanto, nunca conheceram a Misericórdia
de Deus; nunca foram despidos do seu orgulho próprio; nunca conheceram a Cristo
como realmente o seu Salvador, porquanto jamais viram sua própria condenação.
O EFEITO
DESASTROSO NO VIVER
Quem
jamais soube o que significa “invocar o Nome do Senhor” para ser salvo, não
poderá ser um representante da perfeita justiça do Filho de Deus neste mundo.
Muitos que estão de forma encoberta, confiantes em sua própria justiça são
pessoas excelentes, trabalhadoras, honestas e religiosamente sinceras. Mas não
esqueçamos que homens no pecado podem ter naturalmente excelentes qualidades no
viver, e ainda assim continuam debaixo da condenação.
Deus
afirma que a justiça humana não passa de “trapo de imundície” (Isaías 64:6).
Sem conhecer pela fé a Justiça de Cristo imputada ao pecador que Nele crê, não
há possibilidade alguma da pessoa expor essa justiça em sua maneira de viver
diariamente. Algumas razões:
1.
Desconhece o Deus de misericórdia, que visita o “pobre de espírito”
(Mateus 5:3) quando este se encontra na aflição do pecado. Na justiça própria a
pessoa confia na sua própria fé, porquanto está estribada em seus próprios
recursos..
2.
Nunca houve “fome e sede de justiça” (Mateus 5:6). Não houve um
vívido interesse pela Verdade revelada. Sempre estará se escondendo quando a
Palavra de Deus chega como “fogo” ou “martelo”, descobrindo sua verdadeira
condição no coração.
3.
Nunca será “perseguido por causa da justiça (Mateus 5:10). A
perfeita Justiça de Cristo no salvo é motivo de zombaria e de escárnio por
parte do mundo. Este reino de mentiras detesta essa Justiça que é manifestada
no viver daquele que é crente. Agora tal pessoa há de glorificar a Cristo no
seu viver. Sua religião agora é mostrada pela sua piedade e temor ao Senhor.
4.
Não tem estrutura para crescer em justiça e santidade (Efésios
4:24). Aquele que confia em suas obras
disfarçadas, normalmente é atraído por cultos que atraem a carne, ou mesmo,
sempre estará em busca de novidades, sem falar aqui de tanto mau exemplo e
escândalos que aparecem hoje “em nome de Jesus”. Exatamente nos tempos
difíceis, quando a mentira religiosa sobressai e avoluma a maldade humana, é
que há de brilhar o viver do justo.
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