sábado, 31 de agosto de 2013

SERVIDOS PELA PERFEITA JUSTIÇA II



 
TEXTO CHAVE: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” 2 Coríntios 5:21.

INTRODUÇÃO: O livro do profeta Daniel tem sido um dos mais queridos livros da bíblia, tanto pela sua profecia como pela sua história. No cap. 5 vemos a narrativa de um dramático acontecimento que ocorreu com o rei Belsazar e que pôs um ponto final no poderoso império babilônico.
         O profeta Daniel fora chamado para interpretar o que foi escrito na parede por aquela mão sobrenatural. Aquele breve escrito paralisou repentinamente a festa pagã e impiedosa promovida por aquele orgulhoso monarca. Em lugar de algazarra, bebedeira e luxúria, o recinto foi tomado por um verdadeiro terror. O que estava realmente dizendo aquele enigma que desafiava qualquer intérprete? Mesmo com tanta riqueza cortejando os corações presentes, foi impossível achar alguém entre os ilustres súditos do rei, até que o ignorado judeu entrou em cena. Parece que o rei mais interessava na interpretação e não na seriedade daquilo que fora dito na interpretação do profeta. Belsazar não sabia que o palácio estava cercado pelo exército medo-persa e que ele seria morto naquela mesma noite, como de fato veio a acontecer.
         Mas o que nos interessa aqui é o que foi dito pelo profeta na segunda palavra escrita: “TEQUEL”: “Pesado foste na balança, e foste achado em falta”. O que significava aquilo para o rei? Ausência de justiça conforme o padrão de Deus, por isso o juízo certamente cairia sobre sua cabeça.
                                                       
                                      AUSÊNCIA DE PERFEITA JUSTIÇA
         A triste história da raça humana é que perante Deus homens e mulheres, todos em todos os lugares deste planeta carecem de justiça. A triste verdade é que habitamos num mundo onde reina a injustiça. O padrão que Deus requer para que o pecador seja salvo é perfeita justiça. O padrão exigido não é de uma igreja, nem pode ser a opinião particular, nem tampouco da vida religiosa de cada um. O Justo Juiz do universo, o Glorioso Senhor em Seu perfeito juízo, colocou toda raça sobre Sua perfeita “balança da justiça” e todos, à semelhança de Belsazar, foram achados em falta. O Espírito Santo anuncia por boca de Paulo em Romanos 3:10: “Como está escrito: não há justo, nem sequer um”. Que triste fato!
                                              
                                      PERIGO DA JUSTIÇA PRÓPRIA
         A realidade religiosa em nossos dias proclama em alto e bom som que há uma urgente necessidade da doutrina bíblica da justificação pela fé em Cristo. O humanismo que tem assolado o mundo tem transportado sua influência perniciosa para os recintos sagrados. Grandes partes daqueles que afirmam ser crentes em Cristo está confiando em seus atos meritórios de justiça.  Satanás procura sempre banalizar a doutrina da salvação, e ele o faz furtivamente atraindo a justiça humana para dentro das igrejas. A grande preocupação com números tem feito com que pastores e pregadores adociquem suas mensagens adaptando-a aos gostos da multidão.
         Quão perigoso é isso! A natureza humana que é avessa à verdade bíblica odeia a Justiça que há no filho de Deus. Prefere continuar cobrindo sua nudez espiritual com “folhas de figueira” das atividades religiosas, especialmente em círculos
                                                                 

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evangélicos. A verdade da justiça própria fica tão encoberta que as pessoas não se apercebem dos perigos, e assim continuam achando que estão salvas. Entretanto, nunca conheceram a Misericórdia de Deus; nunca foram despidos do seu orgulho próprio; nunca conheceram a Cristo como realmente o seu Salvador, porquanto jamais viram sua própria condenação.
O EFEITO DESASTROSO NO VIVER
         Quem jamais soube o que significa “invocar o Nome do Senhor” para ser salvo, não poderá ser um representante da perfeita justiça do Filho de Deus neste mundo. Muitos que estão de forma encoberta, confiantes em sua própria justiça são pessoas excelentes, trabalhadoras, honestas e religiosamente sinceras. Mas não esqueçamos que homens no pecado podem ter naturalmente excelentes qualidades no viver, e ainda assim continuam debaixo da condenação.
         Deus afirma que a justiça humana não passa de “trapo de imundície” (Isaías 64:6). Sem conhecer pela fé a Justiça de Cristo imputada ao pecador que Nele crê, não há possibilidade alguma da pessoa expor essa justiça em sua maneira de viver diariamente. Algumas razões:
1.           Desconhece o Deus de misericórdia, que visita o “pobre de espírito” (Mateus 5:3) quando este se encontra na aflição do pecado. Na justiça própria a pessoa confia na sua própria fé, porquanto está estribada em seus próprios recursos..
2.           Nunca houve “fome e sede de justiça” (Mateus 5:6). Não houve um vívido interesse pela Verdade revelada. Sempre estará se escondendo quando a Palavra de Deus chega como “fogo” ou “martelo”, descobrindo sua verdadeira condição no coração.
3.           Nunca será “perseguido por causa da justiça (Mateus 5:10). A perfeita Justiça de Cristo no salvo é motivo de zombaria e de escárnio por parte do mundo. Este reino de mentiras detesta essa Justiça que é manifestada no viver daquele que é crente. Agora tal pessoa há de glorificar a Cristo no seu viver. Sua religião agora é mostrada pela sua piedade e temor ao Senhor.
4.           Não tem estrutura para crescer em justiça e santidade (Efésios 4:24). Aquele que  confia em suas obras disfarçadas, normalmente é atraído por cultos que atraem a carne, ou mesmo, sempre estará em busca de novidades, sem falar aqui de tanto mau exemplo e escândalos que aparecem hoje “em nome de Jesus”. Exatamente nos tempos difíceis, quando a mentira religiosa sobressai e avoluma a maldade humana, é que há de brilhar o viver do justo.

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