quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O PURO EVANGELHO (15)




Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
         Caro leitor, quão preciosa e singular é a mensagem do evangelho puro aos corações santificados pela graça! A confissão: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...” revelam o quanto essa verdade triunfal é suficiente para os que creem. Veja caro leitor como a verdade eterna da gloriosa conquista na cruz está plena e eternamente ligada a todos os santos em todos os tempos e em todos os lugares, unindo perfeitamente a fé e fazendo dos santos um povo, uma família só. Mesmo que milhares de santos já tenham partido; mesmo que milhares nem sequer conhecem uns aos outros, mas a verdade que numa só voz estão entoando a mesma canção e confessando a mesma coisa: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...”.
         Posso acrescentar, que sendo algo realizado por Deus no coração é impossível para o mundo e o diabo anular essa verdade registrada pelo Espírito de Deus no santuário da alma de todo crente. Essa verdade habita no homem interior e mesmo que o homem externo seja anulado, nada pode estorvar aquilo que fez erguer o novo homem em Cristo. Enquanto estava ligado ao velho homem em Adão, era simplesmente impossível anular a insensatez, loucura e ignorância do pecador. Mas o salvo é obra da nova criação, algo sobrenatural, porquanto o que ele afirma ser não pode ser entendido nem explicado pelos homens. Assim que Saulo foi erguido para ser Paulo, Jerusalém precisou de um alguns dias para verificar que algo ocorreu de extraordinário naquele homem outrora tão zeloso pela religião judaica. A vida que há em Cristo, não pode ser entendida nem explicada pela vida que há em Adão.
         Digo mais, que essa confissão que parte do coração do salvo: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...” é a demonstração de que Deus tem realizado Sua inaudita obra no meio dos homens. Deus tem cumprido o que prometera, de dar ao pecador um novo coração e lábios purificados, a fim de louvá-lo. Agora essas bocas vão em gratidão proferir santos louvores ao Senhor e Salvador; vão fazer isso em espírito e em verdade (João 4:24). Homens e mulheres agora têm seus pensamentos cheios da verdade; estão plenamente conscientes de que foram envolvidos de uma vez por todas pelo amor eterno. Agora andam na luz, por isso podem cantar com certeza de que pertencem a Cristo e que marcham para o céu sob Sua liderança.
         Também essa confissão brilha anula toda mentira religiosa. Toda mentira, toda heresia, tudo o que parece ser de Deus, mas não passa de trapaça do inimigo, certamente cai por terra ante aquilo que foi conquistado pelo sangue do Cordeiro. É essa verdade que realmente distingue o santo do profano, o falso do verdadeiro e que por isso atrai tanto o ódio deste mundo.
         Por fim, digo que é essa confissão que une toda sã doutrina. Essa confissão é que abre o cenário da eternidade para mostrar com destreza as maravilhas da graça conforme tudo o que fora planejado na eternidade pelo conselho de Deus. Mostra o harmonioso trabalho feito pelo Deus triuno, exaltando assim a glória de Deus. Sendo assim, essa confissão mostra como a bíblia inteira está em plena harmonia e como o sofrer do Cordeiro tem seus resultados em vidas transformadas.
         Mas não posso encerrar esse tópico, sem mostrar que essa confissão aponta a glória futura no céu; mostra de antemão o que será a canção de todos os salvos; o que motivará os salvos do mundo inteiro a prostrar perante o Rei para proclamar que Ele é digno de louvor, pois comprou com Seu sangue pecadores do mundo inteiro. Uma boca que confessa que Cristo morreu pelos seus pecados está pronunciando a mais gloriosa confissão; é a confissão que celebra festa no céu; é a confissão que emudece este mundo e que exalta a majestade do grande Salvador.

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