“Antes
de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos
pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
A CONFISSÃO DESSA MENSAGEM: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...”
Caro leitor tenho me
esforçado para mostrar àquele que leva a Palavra de Deus a sério, que a frase: “...Cristo
morreu pelos nossos pecados...” só faz sentido à alma quando é dita em
confissão e não por um mero falar, ou recitação. Isso é de fundamental importância
no entendimento prático do evangelho. Então é certo que não há ninguém que
possa afirmar que Cristo morreu pelos seus pecados, senão por uma genuína e
sincera confiança que de fato isso ocorreu. Posso afirmar que o orgulho de um
coração ímpio e perverso tapará a boca para impedir essa confissão. Se o
coração não foi visitado pela obra do Espírito Santo, dando convicção de
pecado, a fim de chegar a Cristo para o perdão e purificação de seus pecados,
jamais a pessoa poderá afirmar segura e confiantemente que isso ocorreu de
fato.
Então, tal fato traz
implicações sérias para a vida, porque a morte de Cristo na cruz foi para
libertar o pecador da pena e do poder subjugador e escravizador do pecado. Se
não puder confessar com firme e segura confiança na verdade revelada que Cristo
morreu pelos seus pecados; que a morte do Senhor teve o propósito de lhe
substituir, para lhe arrancar da perdição eterna, então significa que seus
pecados não foram atirados Nele, como se faz com lixo para ser queimado. Amado
leitor, o propósito da morte de Cristo foi para que Ele fosse o substituto dos
perdidos; tinha em vista realmente remover a Ira de Deus quando levou sobre Si
todos os nossos pecados, lançando-os na profundeza do mar (Miquéias 7:19).
Então, caro leitor,
vamos avaliar esse ensino, porquanto a verdadeira fé toma posse dessas verdades
eternais para o viver. Caso haja dúvida disso; caso a alma não estiver
desfrutando desse fato é um sinal claro de que o orgulho prevalecerá e a
rebeldia ficará até a morte. Todo verdadeiro crente pode afirmar
categoricamente que, de fato Cristo morreu pelos seus pecados ali na cruz. É nisso
que reside sua paz; é essa verdade que lhe faz confiante e pronto para viver
pela fé durante a peregrinação; é nisso que brota sua felicidade, em saber que
não há mais ira, que a paz que reside em seu coração foi conquistada
triunfantemente pelo seu Salvador e Senhor ali na cruz. Digo mais que o segredo
de uma vida eficaz, forte, ativo, corajoso e pronto para encarar a guerra
contra o mal vem dessa verdade. Tudo começa na cruz; não há uma circunstância
que fará a diferença mais adiante; não há uma segunda bênção; não há um novo
encontro com Deus. Ora, Paulo trata desse assunto em Romanos 6. Ele afirma ali
que todo poder do crente para viver em justiça e oferecer os membros do seu
corpo em santificação está no fato que ele estava com Cristo na sua morte,
sepultamento e ressurreição.
Amado leitor sei que
preciso ser enfático, sem ser enfadonho ao tratar desse assunto, porquanto isso
é de axial importância para o entendimento do crente. Veja bem o que acontece
quando o crente está em dúvida de sua salvação. O que acontece? Imediatamente
ele entra numa depressão espiritual, perdendo o vigor e toda motivação. Sem
essas verdades entronizadas no coração pelo Espírito de Deus, imediatamente a
agitação ocupa o lugar do descanso e as atividades vêm para compensar essa
ausência da paz com Deus mediante o sangue.
Então, caro leitor
insisto nessa verdade, a fim de que a luz da glória de Cristo penetre em seu
ser. Não é o momento para uma confissão carnal; não é o momento agora para
sentir-se convencido em si mesmo que Cristo morreu pelos seus pecados. A cena
da cruz deve ser a visão da fé bíblica; o salvo deve estar ciente e consciente
do amor do Redentor por ele; que fora alcançado por compaixão; que o Cordeiro
foi imolado em seu lugar. Isso deve levar-lhe à humilhação e gratidão, a fim de
viver consagrado e dedicado ao Senhor.
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