“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu
pelos nossos pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
O CONTEUDO DA MENSAGEM: “...que Cristo morreu pelos nossos pecados...”
Caro leitor, creio que
a introdução trouxe certa iluminação ao nosso entendimento, no que diz respeito
ao evangelho. Não há uma época tão carente da verdade como a nossa, porque até
mesmo dentro das igrejas é perceptível um evangelho que não é o mesmo de Paulo,
ou o evangelho dos mistérios eternos de Deus. Precisamos saber que qualquer
elemento estranho à verdade revelada vem prejudicar a mensagem; é contaminador.
Mas precisamos avançar
no exame minucioso desse verso de 1 Coríntios 15:3. Veremos agora o conteúdo
da mensagem. Esse precioso conteúdo aparece na frase: “...que
Cristo morreu pelos nossos pecados...”.
Eu sei que a natureza enganosa do pecado impede que vejamos a seriedade dessas
palavras, especialmente em nossos dias quando pecado não é visto como
algo tão letal, venenoso e corrosivo à alma. Creio que quanto mais luz tivermos
dessas maravilhas reveladas, maior será nossa capacidade espiritualmente
perceptiva. Ora, se encararmos essa frase com seriedade e temor veremos o
quanto ela revela nossa miséria; o quanto nos humilha e nos atira ao pó. Por
quê? É simples. A frase mostra a nossa
triste história, contada por Deus e também revela nossa triste condição atual e
o que realmente merecemos a condenação eterna.
Veja caro leitor, o
quanto nossa terrível e tremenda culpa aparece nas palavras: “...nossos
pecados”. Satanás é a mesmíssima serpente do Éden; o que ele fez ali,
semeando dúvidas quanto ao caráter santo, puro e fiel de Deus, ele ainda está
fazendo. Ele consegue fazer com que as multidões ignorem que toda miséria dos
homens; toda essa enxurrada de destruição vista neste mundo diariamente é por
causa dos nossos pecados. Satanás sempre semeia nas mentes dos homens que a
culpa foi e é de Deus; que os homens não merecem essa situação tão vil; que não
merecem sofrer nem aqui, nem tampouco na eternidade. Ele faz que os homens
creem que finalmente Deus cedeu; que os anos que passaram fizeram com que Deus
meditasse bem e concluísse que o erro foi Dele e que agora Ele quer todos de
volta a Ele; que todos são seus filhos e que todos encontrarão com Ele no céu
um dia. Ora, essa mentalidade tão vil e perniciosa tem sido levada na carruagem
ecumênica para o mundo todo.
Por incrível que
pareça, em nossos dias até mesmo os púlpitos têm cedido aos apelos humanistas.
Por essa razão o evangelho chega aos corações, tão cheio de melado do favor
humano. Precisamos entender que as multidões querem abrir todos os caminhos de
paz que as religiões apresentam; querem se ajuntar, dando as mãos para que
todos juntamente numa só voz e numa só alma possam proclamar que são de Deus e
que Deus se arrependeu do que fez com os homens. A situação é gravíssima e
cheira a chegada do justo juízo de Deus sobre a nação e sobre a igreja aqui no
Brasil.
Mas quero voltar ao
texto para mostrar que a mensagem acerca de “...nossos pecados...”
precisa voltar a ser pregada. Precisamos de leais pregadores da doutrina da
culpa e da depravação do homem. Carecemos de homens cheios da compaixão de Deus
e cheios da Palavra da verdade. Ouso afirmar aqui que sem a pregação da culpa
do homem e de sua condição debaixo da Ira de Deus, nada vai resolver, nem mesmo
falar sobre eleição, predestinação ou mesmo acerca da segurança eterna.
Noutras palavras, os
homens precisam ser levados imediatamente à visão da queda e de que continuam
sendo malignos, vis, idólatras e carregados de paixões. Eles precisam sentir
que seus pecados são aterrorizantes dentro e fora deles; que precisam urgente
da mensagem de salvação e que Cristo Jesus é o Cordeiro puro, o único que veio
para trazer salvação eterna; que só no sangue Dele a alma encontra a paz com
Deus e que poderão ser aceitos perante o glorioso Juiz do universo sem qualquer
culpa.
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