“Moisés respondeu:
Mas eis que eles não vão acreditar em mim, nem ouvirão que vou dizer; pois
dirão: O Senhor não apareceu a ti”. Então o Senhor perguntou a Moisés: Que é
isso que tens na mão? Ele respondeu: Uma vara...”
O QUE TENHO EM MÃO:
Estou tentando mostrar a lição que
envolve a reação de Moisés diante do grande EU SOU, e como tendemos a confiar
naquilo que temos. Por exemplo, vemos que por fora Moisés parecia humilde em
achar desprovido de poder e capacidade para realizar o que Deus estava
ordenando. Mas o que ocorre é que no fundo Moisés estava ainda confiando em sua
habilidade. O que aos nossos olhos parece humildade, bem pode ser o orgulho
travestido diante de um Deus que vê o coração e não a aparência. Deus não falou
que Moisés tinha poder ou qualquer outro recurso aparente. O poder para o
trabalho de Deus vem de Deus e isso Moisés iria aprender no decorrer de sua
jornada. Nosso dinheiro, habilidades naturais, filhos, etc. nada disso Deus
conta para a realização da sua obra. Mas o que ocorre é que confiamos demais
nessas coisas.
Quero destacar esse assunto um pouco
mais. Israel, assim que recebeu de Deus todo bem material, como casa, agua,
plantação e outras provisões materiais entregues na terra prometida,
imediatamente passou a confiar no que tinha. A vida confortável normalmente é o
caminho ideal para abandonar a Deus. Por que? A resposta é que confiamos
naquilo que temos, como se essas coisas fossem nossa torre forte, nosso castelo
de refúgio. Outro detalhe acerca de Moisés, é que a vida no deserto, casado com
uma midianita e livre de qualquer confronto bélico pode ter feito acomodado. A
ordem de Deus veio para tirar Moisés do seu conforto. Mas agora é diferente.
Antes ele não foi enviado por Deus, por isso fugiu de Faraó, mas agora Deus o
enviava para enfrentar o inimigo frontalmente.
Não precisamos fugir desse confiança
carnal? Os santos de Deus são aqueles que foram convocados para a batalha santa
neste mundo. Nosso Senhor Jesus deu Sua prova de como deve ser a vida dos
servos de Deus na terra. Ele, sendo Deus, jamais confiou em Si mesmo; desde o
princípio ele sempre se humilhou e se atirou em submissão ao Espírito Santo. Em
tudo não tomou posse sequer de uma gota de seu poder divino; como homem Ele
aprendeu a crer e confiar em Seu Deus. Como precisamos aprender com nosso
Mestre! Deus sempre lidou com Seu povo retirando dos santos as coisas terrenas,
a fim de lhes confiar coisas eternas. Nas disciplinas diárias aprendemos com
Deus que as coisas terrenas normalmente vêm estorvar nossa jornada, nossa fé e
nossas conquistas eternas. Foi assim que nosso Senhor ensinou Israel de uma
forma jamais entendida ou aceitável à mentalidade humana.
Os santos participam de uma escola onde
ninguém, exceto os que creem pode entrar. Na faculdade da graça, somente os que
têm a mente espiritual poderão entender as matérias ali dadas. Na maior parte
da vida de Moisés Deus escondeu Sua face do Seu servo, mas não retirou Sua mão;
em tudo Deus queria preparar um servo livre de qualquer ocupação com o ego e
com as vantagens terrenas. Moisés aprendeu? Não de uma vez, mas sim aos poucos
no trajeto com Seu Senhor, até que a carta aos Hebreus nos informa a que ponto
ele avançou na fé, alegrando por abandonar o Egito e desejando o galardão
celestial.
Será que podemos nós aprender essa lição
no viver? Se formos ensinados por Deus sim, caso contrário nos perderemos. Os
que não são discípulos jamais aprenderão porque não são humildes, são como os
incrédulos israelitas que sucumbiram no deserto por causa da incredulidade. Os
que não creem se perdem porque confiam em si mesmo, por isso não poderão
avançar na estrada da santidade e do verdadeiro serviço prestado ao Senhor.
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