sábado, 4 de julho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (12 de 12)


                               
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia” JOÃO 6:44
ONDE ESTÁ A SOLUÇÃO PARA O PECADOR? “...e eu o ressuscitarei...”
        Hoje encerro meus comentários sobre esse tema, porém precisamos ver o quanto nosso Deus enche o cenário de tão gloriosa esperança e nós, pobres pecadores jamais poderíamos presenciar isso se não fosse a revelação de um Deus que Se compadeceu de nós num mundo amordaçado pelo pecado e liderado pelo pai da mentira. Não temos qualquer esperança sem essa luz que nos foi entregue, que é a palavra de Deus e fico tão triste em presenciar o quanto muitos, até mesmo os chamados crentes desprezam essa maravilhosa provisão que nos foi dada.
        Vamos ao texto, porque estamos lidando com Aquele que veio para enfrentar e derrotar de uma vez por todas o poder da morte. O próprio verso 37 nos posiciona perante a misericórdia do nosso Senhor: “Ninguém pode vir a mim...”. Nessas palavras podemos ver onde foi que o pecado nos deixou e visto que o resultado do pecado é sempre a morte, podemos compreender que nossa situação é de morte, porque se ninguém pode ir ao Filho é porque está morto. Veja que Ele diz: “Ninguém pode...”. Não é um caso de que a vida ficou fraca, espiritualmente impotente, ou mesmo na ignorância mental. O pecado nos jogou na desgraça de sermos perante Deus defuntos espirituais. É essa a terrível lição que vemos no capítulo 5 de João. Por que por natureza não podemos ir ao Filho de Deus? A razão óbvia é que nada há no pobre homem qualquer condição de chegar a Cristo, se não for pela obra graciosa de Deus. Ó como essa verdade nos mostra o quanto a salvação bíblica nos envolve num ato de pura compaixão de Deus em nosso favor. O crente é aquele que percebe que foi chamado por Deus, que foi uma alma bem-aventurada para alcançar o perdão de Deus e a justificação, conforme o ensino do Salmo 32:1 e 2.
        Também, o verso nos posiciona diante da verdade que, espiritualmente a morte nos desligou completamente da vida de Deus, que nessa condição não passamos de estranhos da vida que há em Cristo, que respiramos o mundo natural, a vida natural e desejamos ter aquilo que este sistema transitório nos oferece. Que vida miserável do homem no pecado! O que temos aqui nos traz essa vida que parece plena e satisfatória, mas que logo é tragada pela morte eterna, para uma miséria que jamais terá fim. Nem mesmo no inferno a morte nos desligará dessa triste condição, porque lá não é ambiente de vida, mas de morte; lá não há a vida que há somente em Cristo; a família do inferno é a família que o homem no pecado tanto ama aqui; lá é a cólera de Deus numa chama que jamais apagará.
        Mas a esperança aqui está no fato que o pecador pode sim ser despertado dessa vil condição onde o pecado lhe colocou. Deus é o Deus de compaixão; Ele é o Deus que se compadece da alma humilhada, daquele que é despertado por Ele mesmo. Não há um acontecimento mais maravilhoso para alguém do que ser abraçado por um Deus que amor perdidos na eternidade e que veio busca-los. Todo esse ensino visto em João 6:44 arranca qualquer esperança de poder confiar no homem. Quem me poderá salvar? Quem poderá tirar o homem da morte para a vida? O poder, domínio, força, energia majestade, glória, grandeza, pertencem a Deus.
        Eu me lembro de ver os restos mortais de minha mãe, no sepultamento do meu irmão. Eu nada podia fazer, não podia trazê-la à vida. Vejo agora milhares de homens e mulheres andando por este mundo como homens naturais, mas espiritualmente são defuntos para Deus. Como posso dar—lhes vida? Mas Deus chama os mortos pelo poder do evangelho. Ele é o único que chama à existência aquilo que não existe. Não é maravilhosa notícia? O que Ele fez por mim Ele fará também por outros. Glórias pois ao Seu grande nome!

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