sexta-feira, 31 de julho de 2020

O PERIGO DA INCREDULIDADE (8)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Conhecendo melhor o trabalho sutil e malicioso de um coração incrédulo, posso afirmar que a incredulidade vil se enfeita de adornos da justiça própria. Ela trabalha de forma escancarada, publicando a todos e todos presenciando e saudando esses atos de justiça própria. A incredulidade se posta como capaz e digna de toda aceitação, porque continuamente ela está dizendo que não precisa dos recursos divinos, nem das revelações gloriosas e perfeitas de Deus na palavra. A incredulidade simplesmente se coloca como surda, recusando a santíssima provisão pelo sangue do Justo Cordeiro. A incredulidade de Caim é a modelo perfeita de como a incredulidade atua neste mundo. O pecado acalenta sua própria justiça e declara que a justiça de Deus não serve. Ela não quer ir para o céu, porquanto não tem qualquer aspiração pela Nova Jerusalém. A incredulidade vil, cega e surda segue seu caminho e se arma contra todos quantos se opõem a ela, assim como Caim resistiu seu irmão.
        Precisamos ir longe nisso? Claro que não! A incredulidade não morreu, ela sempre se desponta em cada ser que aqui nasce, e como serpente que saiu do ovo ela já se sente pronta para se virar sozinha com seu veneno. A incredulidade vil exibe o seu “guarda-roupa”, e mostra o quanto é abarrotada de vestimentas diferentes. Tem até vestes com as quais ela se mostra disfarçada de pastores, padres e charlatões espirituais. Mas o alvo dela é seguir a vida por este mundo e se houver caminhos melhores para atingir suas metas de prosseguir no mundo de um modo que lhe agrada, ela irá tomar as vestimentas que servirem. Ela quer passar como boa, justa e zelosamente religiosa; facilmente se curvará para aquilo que a fará mais egoístas. A incredulidade tem ouvidos prontos a ouvir suas e melosas palavras que enfeitam seu coração; ela se encanta com charmes religiosos e se abarrotará de costumes e modos que a farão mais encantada e atraente com tantos belos trajes da justiça própria.
        Quer ver a encantadora incredulidade? Veja a grande babilônia, a famosa meretriz que aparece no capítulo 18 de Apocalipse. Como aparece religiosamente linda, porque a grande e famosa meretriz é a reunião de todas as incredulidades. Ajunte todas as mentiras religiosas e verá o quanto todas as incredulidades darão as mãos para celebrar uma divindade desconhecida. Examinemos um pouco as atividades da incredulidade vil numa igreja, porque ela consegue dissimular-se bem e passar como autêntico crente. Ela consegue definir um credo religioso e se estabelece como alguém de fé e zelo. Mas tudo vai bem até que a verdade do evangelho vem perfurar seu coração e deixa-lo amedrontado, pelo fato que está caminhando para a perdição eterna.
        Porém, não há quem possa curar um coração tomado por essa moléstia do pecado. A incredulidade chora, faz pacto de andar certo, toma algumas decisões que parecem espirituais, mas como ela vive da aparência, logo essa nuvem se dissipa e sua face destruidora aparece para reagir. Não há como tentar acender a luz da verdade num ambiente evangélico porque a maliciosa incredulidade vai apaga-la. Assim como os judeus incrédulos tiraram seus disfarces e se revoltaram contra o próprio Senhor encarnado. A incredulidade não se levanta contra os adornos santos que aparecem na construção do tabernáculo do evangelho. A incredulidade odeia a glória do Senhor da glória e quer fugir dali. A mensagem santa descobre seu perverso coração e fere sua visão mundana. A mensagem santa tira a incredulidade do seu conforto, porque a luz é forte e a faz fugir.
        Não há como lidar com a incredulidade, ela é imutável em seu propósito e anseia em seu plano de arrancar a glória da tão grande salvação. A incredulidade não tem parte com as ovelhas, porque estas creem no Senhor, porquanto são elementos cujos corações foram mudados para temer ao Senhor e segui-Lo.

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