“Mas vós não credes
porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A
TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
Conhecendo melhor o trabalho sutil e
malicioso de um coração incrédulo, posso afirmar que a incredulidade vil se
enfeita de adornos da justiça própria. Ela trabalha de forma escancarada,
publicando a todos e todos presenciando e saudando esses atos de justiça
própria. A incredulidade se posta como capaz e digna de toda aceitação, porque
continuamente ela está dizendo que não precisa dos recursos divinos, nem das
revelações gloriosas e perfeitas de Deus na palavra. A incredulidade
simplesmente se coloca como surda, recusando a santíssima provisão pelo sangue
do Justo Cordeiro. A incredulidade de Caim é a modelo perfeita de como a
incredulidade atua neste mundo. O pecado acalenta sua própria justiça e declara
que a justiça de Deus não serve. Ela não quer ir para o céu, porquanto não tem
qualquer aspiração pela Nova Jerusalém. A incredulidade vil, cega e surda segue
seu caminho e se arma contra todos quantos se opõem a ela, assim como Caim
resistiu seu irmão.
Precisamos ir longe nisso? Claro que
não! A incredulidade não morreu, ela sempre se desponta em cada ser que aqui
nasce, e como serpente que saiu do ovo ela já se sente pronta para se virar
sozinha com seu veneno. A incredulidade vil exibe o seu “guarda-roupa”, e
mostra o quanto é abarrotada de vestimentas diferentes. Tem até vestes com as
quais ela se mostra disfarçada de pastores, padres e charlatões espirituais.
Mas o alvo dela é seguir a vida por este mundo e se houver caminhos melhores
para atingir suas metas de prosseguir no mundo de um modo que lhe agrada, ela
irá tomar as vestimentas que servirem. Ela quer passar como boa, justa e
zelosamente religiosa; facilmente se curvará para aquilo que a fará mais egoístas.
A incredulidade tem ouvidos prontos a ouvir suas e melosas palavras que
enfeitam seu coração; ela se encanta com charmes religiosos e se abarrotará de
costumes e modos que a farão mais encantada e atraente com tantos belos trajes
da justiça própria.
Quer ver a encantadora incredulidade?
Veja a grande babilônia, a famosa meretriz que aparece no capítulo 18 de
Apocalipse. Como aparece religiosamente linda, porque a grande e famosa
meretriz é a reunião de todas as incredulidades. Ajunte todas as mentiras
religiosas e verá o quanto todas as incredulidades darão as mãos para celebrar
uma divindade desconhecida. Examinemos um pouco as atividades da incredulidade
vil numa igreja, porque ela consegue dissimular-se bem e passar como autêntico
crente. Ela consegue definir um credo religioso e se estabelece como alguém de
fé e zelo. Mas tudo vai bem até que a verdade do evangelho vem perfurar seu
coração e deixa-lo amedrontado, pelo fato que está caminhando para a perdição
eterna.
Porém, não há quem possa curar um coração
tomado por essa moléstia do pecado. A incredulidade chora, faz pacto de andar
certo, toma algumas decisões que parecem espirituais, mas como ela vive da
aparência, logo essa nuvem se dissipa e sua face destruidora aparece para
reagir. Não há como tentar acender a luz da verdade num ambiente evangélico
porque a maliciosa incredulidade vai apaga-la. Assim como os judeus incrédulos
tiraram seus disfarces e se revoltaram contra o próprio Senhor encarnado. A
incredulidade não se levanta contra os adornos santos que aparecem na
construção do tabernáculo do evangelho. A incredulidade odeia a glória do
Senhor da glória e quer fugir dali. A mensagem santa descobre seu perverso
coração e fere sua visão mundana. A mensagem santa tira a incredulidade do seu
conforto, porque a luz é forte e a faz fugir.
Não há como lidar com a incredulidade,
ela é imutável em seu propósito e anseia em seu plano de arrancar a glória da
tão grande salvação. A incredulidade não tem parte com as ovelhas, porque estas
creem no Senhor, porquanto são elementos cujos corações foram mudados para
temer ao Senhor e segui-Lo.
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