“Moisés respondeu:
Mas eis que eles não vão acreditar em mim, nem ouvirão que vou dizer; pois
dirão: O Senhor não apareceu a ti”. Então o Senhor perguntou a Moisés: Que é
isso que tens na mão? Ele respondeu: Uma vara...”
O QUE TENHO EM MÃO:
Ao introduzir este tema pude mostrar
acerca de Moisés e como nós somos tão envolvidos por confiar em nós mesmos. Foi
assim com Moisés e é assim conosco. Sempre vamos de um extremo para outro na
gangorra de nossa soberbo, a qual fica tão escondida no íntimo. Estava ali
Moisés que queria usar a força para libertar Seu povo, achando que ao matar um
egípcio seria o começo para a grande libertação, claro, se pudesse obter a
aprovação do seu povo. Mas logo se viu cercado pelo perigo de ser morto por
Faraó, devido ao crime cometido, por isso sua fuga foi uma forma como Deus lhe
levou para o deserto, a fim de ser humilhado. O trabalho de Deus não tem lugar
para quem confia na carne, por isso Pedro foi atirado ao desespero do medo que
o levou a negar seu Senhor. Quem confia em si e em sua capacidade de lutar com
o poder da natureza logo saberá que a carne nada tem para oferecer a Deus. A
espada de Pedro voltou imediatamente para sua bainha e o medo tomou posse do
seu coração, porque a guerra sem Deus é o caminho certo do fracasso.
Moisés também confiou na sua posição e
dependeu disso a fim de livrar Israel. Afinal era ele o príncipe treinado no
Egito e não demoraria para que ocupasse o trono e arrancasse seu povo daquela
escravidão. Mas o trono terreno é pura miséria, quando não está envolvido pela
autoridade do sublime trono de Deus. Quem era Israel? O povo de Deus! Foi Deus
que quase quinhentos anos antes havia enviado Israel para o Egito; era o povo
de Sua aliança e no tempo Dele haveria de trazer livramento. Ninguém frustra os
desígnios santos do Senhor. Mexer com o tempo Dele significa insucesso nos
planos. Sempre pensamos em nosso orgulho que somos melhores, que temos mais
compaixão que Deus e que Ele está atrasado em suas metas e nós que somos os
mais capazes.
Não é raro que nossas mãos e pés são
usados para intrometer nos planos de Deus. No intimo estamos dizendo: “Deus,
olha o povo sofrendo, crianças jogadas no rio Nilo e os idosos não tendo mais
forças diante de tanto sofrimento devido a maldade de Faraó”. Foi assim com
Moisés; o sonho de um mundo melhor, sem morte, escravidão, injustiça, etc. tudo
isso é a ativa e maligna natureza carnal embrenhada em mudar a situação.
Olhemos o que acontece nos filmes, com atores e atrizes querendo dizer que o mundo
deveria ser assim e assim; são os homens querendo dizer ao trono celestial que
as coisas funcionam melhor desse jeito. Não são esses os projetos dos homens?
Mas os anos passam, esses elementos morrem e seus planos são frustrados e
atirados ao pó no esquecimento.
Qual foi o problema com Moisés? Durante
quarenta foi treinado no Egito, por isso queria usar o esquema humano para
resolver as coisas. As intenções foram boas, seu dever patriota tomou posse do
coração e não demorou para entrar em ação, com os resultados vistos como
fracassos. Para onde Moisés foi? Saiu da riqueza para a pobreza; saiu da
condição de príncipe, para ser um simples pastor; percebeu que nem sequer foi
visto como herói pelo seu povo. Foi empurrado para o meio dos midianitas onde
passaria quarentas anos, onde todo equipamento movido pela posição mundana
deveria ser queimado e transformado em cinzas. Era para Moisés tirar os olhos
do povo. A visão de amor do homem não passa de capricho carnal. O povo era o
povo de Deus e não de Moisés. Muitos morreriam sob a tirania egípcia durante
aqueles quarenta anos? Sim! Mas a morte não atrapalha os planos eternos de
Deus, ela trabalha para a glória de Deus e os santos de Deus são o povo da
ressurreição.
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