“Moisés respondeu:
Mas eis que eles não vão acreditar em mim, nem ouvirão que vou dizer; pois
dirão: O Senhor não apareceu a ti”. Então o Senhor perguntou a Moisés: Que é
isso que tens na mão? Ele respondeu: Uma vara...”
INTRODUÇÃO:
Nós os crentes entendemos que toda
Escritura veio a nós para nossa bem, em especial as experiência adquiridas por
homens de Deus, como Moisés. Sempre lembramos dos gigantes na fé como se eles
fossem super homens, mas Tiago lança fora essa tendência supersticiosa nossa,
mostrando que aqueles homens eram semelhantes a nós. Os homens de Deus não
foram gigantes, mas sim homens cheios de fraquezas, os quais foram habilitados
pela graça, a fim de cumprir os santos e eternos propósitos de Deus. Cada santo
de Deus tem seu devido papel, onde ele ocupa seu lugar de importância nos
propósitos de Deus. Ninguém poderá realizar qualquer trabalho para Deus se não
for chamado e habilitado para a função. Sem a ação de Deus um Moisés quererá ser
forte e usará a força para matar os homens. Um Pedro há de puxar a espada para
agir com violência.
Deus usa circunstância e tempo para
lidar com os que Ele chama, como foi no caso de Moisés. Foi pela santa
providência que ele, quando criancinha não foi assassinado, como outras
milhares de crianças, ante a crueldade de Faraó. Foi por milagre que ele passou
de um réu para um príncipe do Egito. Mas na sua juventude e força ele tomou a
frente de Deus e foi preciso que fugisse às pressas para escapar da morte,
deixando sua posição privilegiada, a fim de ficar quarenta anos no deserto,
como pastor de ovelhas e aprendendo a ser humilde. Mas foi quando viu a glória
de Deus na sarça ardente que Deus mostrou o quanto a natureza adâmica é
terrivelmente enganosa e tendenciosa a descrer em Deus. Por natureza tendemos a
confiar em nós, em nossa força ou habilidade, mas ao chegarmos diante dos
desafios da fé então murchamos como a folha.
Creio que essa experiências de Moisés foi
necessária, a fim de levar Moisés à humilhação. Pensamos que os longos 40 anos
vivendo no meio dos midianitas foram suficientes para quebrar-lhe o ego, mas
não foi assim, pois Moisés saltou da soberba para a soberba; do extremo da
autoconfiança para o extremo do medo. O que Deus fez foi mostrar-lhe que da
primeira vez Moisés confiou em si mesmo e não sabia que ao lidar com o sistema
deste mundo fora do tempo de Deus, simplesmente percebeu que a serpente
voltou-se contra ele mesmo. E agora, após quarenta anos? Moisés mudou? Não! Era
o mesmo Moisés, só que estava se guardando e se protegendo, por essa razão foi
mostrado o que ele era nele mesmo.
Que lição para nós! Saltamos da valentia
para o medo. Somos oito ou oitenta nos assuntos espirituais. Com habilidade
mato um inimigo, mas logo adiante me vejo fugindo de uma ordem dada por Deus. É
humildade isso? Não! É pura manifestação da soberba humana. Cremos em Deus,
essa é nossa confissão, mas na hora H fugimos de medo. Ora, Deus chama os santos
Dele para a Missão Impossível, e é aí que tropeçamos, por que? A razão simples
é que não cremos em Deus, duvidamos dele. Mas no trabalho dele não há lugar
para nossa força física ou habilidade mental. Tudo isso no trabalho de Deus é
ferramenta enferrujada e frágil.
O poder é de Deus e não do homem, e foi
essa a lição que Deus queria passar para Moisés, mas ele, como nós estava lerdo
em confiar em Deus. O que parecia humildade, realmente era orgulho encoberto.
Deus não coroa a incredulidade vestida de humildade. Ele reveste a fé de Sua
santa unção e habilita Seus servos, enchendo-os de Seu poder. Por essa razão
devemos apreender essas lições, passando-as para nossas pobres almas, tão cansadas
de por oposição à frente de tudo aquilo que Deus nos manda fazer.
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