“Ninguém pode vir a mim, se o Pai
que me enviou não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia” JOÃO 6:44
O PODER ATERRORIZANTE DA SEGUNDA
MORTE: “... e eu o ressuscitarei no último dia”
Posso
continuar esse assunto que considero de tremenda e insondável profundidade. Não
devemos desanimar, porque estamos lidando com assuntos desconhecidos nesta
vida, mas com atuação prática no mundo inteiro e relatado na história deste mundo caído. Nosso Senhor
afirma no texto acima que Ele veio ao mundo para lidar com a morte em todas as
suas funções. Ele veio trazer a ressurreição espiritual, porque os homens no
pecado estão mortos. Ora, este fato está bem esclarecido em todo capítulo 5 do
evangelho de João e Paulo liga o mesmo tema em Efésios 2:1: “Ele vos deu vida
estando vós mortos...”. Mas também nosso Senhor mostra que no último dia Ele
lidará com a parte física dos que foram salvos: “...e eu o ressuscitarei no
último dia”. Assim percebemos o quanto tratar sobre a morte é tão importante
quanto tratar sobre o pecado. O propósito supremo da cruz era enfrentar e
derrotar para sempre esses inimigos aparentemente invencíveis.
Se
analisarmos bem entenderemos que o pecado trouxe aos homens o mais trágico
desespero que as almas experimentam aqui e vão experimentar após a morte. Toda
luta da parte dos homens neste mundo é tentar derrotar a morte; todo esforço é
anular os efeitos terríveis da maldição caída sobre toda raça. Não queremos
morrer, não queremos nem sequer pensar nessa calamidade; não queremos encarar o
fato que estaremos um dia deixando tudo aqui para enfrentar a casa eterna e
nunca mais voltar. Paulo deixa claro em 1 Coríntios 15 que se Cristo não
ressuscitou, os próprios crentes seriam os mais miseráveis existentes na terra.
Se não houvesse alguém que viesse para derrotar a poderosa morte, quão
miserável seria a vida aqui para os que creem, pois estariam labutando
inutilmente.
Vejamos
melhor esse assunto, porque o pecado impôs seu poderoso decreto aqui, pois
entramos nesta vida para morrer. O pecado pois uma porta de entrada e pôs uma
porta de saída. Paulo elucida isso ao usar o termo grego “ayom”, que no
singular é traduzido por “século”. A ideia que entramos no mundo para
experimentar um breve período de tempo chamado de “século”. Esta palavra mostra
o quanto é diferente a vida aqui quando comparada à vida eterna. Entramos no
mundo para morrer e as consequências da morte são assuntos profundos e
imperceptíveis ao entendimento dos homens naturais. Entregues às trevas os
homens arriscam tudo por um viver melhor aqui, achando no íntimo que o sucesso
nesta vida será como um pacto com a morte e com o além. Quando são forçados a
encarar a vida após a morte, eis que as mais absurdas proposições são
apresentadas, como a reencarnação, um suposto limbo, onde as almas ficarão por
muito tempo até ser completamente purificadas, ou mesmo a aceitação de que “eu
não sei, Deus sabe”.
Ó,
quão forte é o poder do pecado e do diabo em manter as almas enganadas! Há um
triângulo maligno que opera nos corações com impressionante habilidade: O
pecado, a morte e o diabo. O pecado trouxe aos homens um ambiente de paixão
pela vida aqui presente, onde até mesmo satanás é iludido em achar que não
haverá juízo. Satanás consegue estabelecer no mundo um sistema de vida que
parece inigualável, no que diz respeito a um paraíso terreno e a morte serve
também de consoladora aos corações. O Salmo 49 vem ensinar como a morte dá um
nó nos pensamentos e emoções, fazendo com que os homens pensem que o que eles
mais amam irão levar consigo na sepultura. Eles não percebem o quanto a
famigerada morte vem abraçar, consolar falsamente e inutilizar tudo, a fim de
destruir corpo, bens, sonhos e vaidades, porque sua meta é derrubar a alma no
abismo, onde o inferno aguarda ansiosamente.
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