quinta-feira, 2 de julho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (11 de 12)



“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia” JOÃO 6:44
O PODER ATERRORIZANTE DA SEGUNDA MORTE: “... e eu o ressuscitarei no último dia”
        Posso continuar esse assunto que considero de tremenda e insondável profundidade. Não devemos desanimar, porque estamos lidando com assuntos desconhecidos nesta vida, mas com atuação prática no mundo inteiro e relatado na  história deste mundo caído. Nosso Senhor afirma no texto acima que Ele veio ao mundo para lidar com a morte em todas as suas funções. Ele veio trazer a ressurreição espiritual, porque os homens no pecado estão mortos. Ora, este fato está bem esclarecido em todo capítulo 5 do evangelho de João e Paulo liga o mesmo tema em Efésios 2:1: “Ele vos deu vida estando vós mortos...”. Mas também nosso Senhor mostra que no último dia Ele lidará com a parte física dos que foram salvos: “...e eu o ressuscitarei no último dia”. Assim percebemos o quanto tratar sobre a morte é tão importante quanto tratar sobre o pecado. O propósito supremo da cruz era enfrentar e derrotar para sempre esses inimigos aparentemente invencíveis.
        Se analisarmos bem entenderemos que o pecado trouxe aos homens o mais trágico desespero que as almas experimentam aqui e vão experimentar após a morte. Toda luta da parte dos homens neste mundo é tentar derrotar a morte; todo esforço é anular os efeitos terríveis da maldição caída sobre toda raça. Não queremos morrer, não queremos nem sequer pensar nessa calamidade; não queremos encarar o fato que estaremos um dia deixando tudo aqui para enfrentar a casa eterna e nunca mais voltar. Paulo deixa claro em 1 Coríntios 15 que se Cristo não ressuscitou, os próprios crentes seriam os mais miseráveis existentes na terra. Se não houvesse alguém que viesse para derrotar a poderosa morte, quão miserável seria a vida aqui para os que creem, pois estariam labutando inutilmente.
        Vejamos melhor esse assunto, porque o pecado impôs seu poderoso decreto aqui, pois entramos nesta vida para morrer. O pecado pois uma porta de entrada e pôs uma porta de saída. Paulo elucida isso ao usar o termo grego “ayom”, que no singular é traduzido por “século”. A ideia que entramos no mundo para experimentar um breve período de tempo chamado de “século”. Esta palavra mostra o quanto é diferente a vida aqui quando comparada à vida eterna. Entramos no mundo para morrer e as consequências da morte são assuntos profundos e imperceptíveis ao entendimento dos homens naturais. Entregues às trevas os homens arriscam tudo por um viver melhor aqui, achando no íntimo que o sucesso nesta vida será como um pacto com a morte e com o além. Quando são forçados a encarar a vida após a morte, eis que as mais absurdas proposições são apresentadas, como a reencarnação, um suposto limbo, onde as almas ficarão por muito tempo até ser completamente purificadas, ou mesmo a aceitação de que “eu não sei, Deus sabe”.
        Ó, quão forte é o poder do pecado e do diabo em manter as almas enganadas! Há um triângulo maligno que opera nos corações com impressionante habilidade: O pecado, a morte e o diabo. O pecado trouxe aos homens um ambiente de paixão pela vida aqui presente, onde até mesmo satanás é iludido em achar que não haverá juízo. Satanás consegue estabelecer no mundo um sistema de vida que parece inigualável, no que diz respeito a um paraíso terreno e a morte serve também de consoladora aos corações. O Salmo 49 vem ensinar como a morte dá um nó nos pensamentos e emoções, fazendo com que os homens pensem que o que eles mais amam irão levar consigo na sepultura. Eles não percebem o quanto a famigerada morte vem abraçar, consolar falsamente e inutilizar tudo, a fim de destruir corpo, bens, sonhos e vaidades, porque sua meta é derrubar a alma no abismo, onde o inferno aguarda ansiosamente.


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