“Mas
vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito”
JOÃO 10:26
A
TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
Nem podemos imaginar o quanto o poder do
pecado sempre leva o homem a descer rumo aos mais tortuosos caminhos da
descrença em Deus e da confiança naquilo que é simplesmente nulidade. Nestes
dias em nosso país, quanto mais parece que evoluiu o culto religioso, na realidade
a incredulidade aparece bem trajada de suas profundas superstições. Quanto mais
o mundo parece mais belo e agradável, mais aumenta a descrença num Deus
sobrenatural, que se revelou em Sua Palavra. Notemos bem como os homens estão
sempre prontos a engolir as piadas evangélicas de nossos dias, porque foi
sempre assim, os filhos do diabo se aproximam dele, a fim de receber suas
orientações mentirosas. A incredulidade se adere bem a qualquer elemento
religioso onde as mentiras aparecem bem trajadas de servas dos homens. Quanto
mais os homens puderem saciar o egoísmo, eles se agarrarão às mentiras.
Nosso Senhor arrancou a capa religiosa
que encobria o coração dos judeus e declarou a eles que a liberdade externa que
eles usufruíam escondia o fato que não passavam de pobres escravos. Nosso
Senhor estava dizendo a eles que a escravidão do Egito foi apenas sombra
daquilo que envolvia suas almas e que era desconhecido aos seus olhos. No
capítulo 10 nosso Senhor mostra a cruel manifestação de incredulidade que fazia
seus corações extremamente endurecidos: “...vós não credes porque não sois das
minhas ovelhas”. Ele não diz que eles não criam porque não foram bem
informados, porque ignoravam os ensinos acerca Dele.
Ora, as obras, a vida e os ensinos do
Senhor provavam o fato que Ele era o Filho de Deus. Os discípulos viram as
obras do Senhor e testificaram ser Ele o Filho de Deus. Aqueles homens eram
ovelhas sim, mas ovelhas errantes, cada uma seguindo seu próprio rumo. Como
Caim, eles amavam o mundo; como Balaão amavam as riquezas terrenas e como Coré
ambicionavam uma posição melhor aqui. Esse trio humanista, mundano e egoísta fazia
parte daqueles corações que por várias vezes tentaram matar o Senhor. O Senhor
estava cercado de inimigos. Eles eram ovelhas na fragilidade diante dos lobos
invisíveis, mas eram leões na natureza perversa e extremamente corrompida pelo
pecado. Tinham aparência de piedosos, mas por dentro eram fanáticos pelos
caminhos idólatras, como procederam seus pais em toda história de Israel.
Que diferença há com os homens de hoje?
Nenhuma. O coração do homem é tão embrutecido na incredulidade hoje quanto foi
o coração de Caim, de Balaão e de outros nomes conhecidos. Se Deus não poupa
uma fé pequena dos seus servos; se Ele chamou os discípulos de “homens de pouca
fé”, quanto mais a incredulidade é vista por Ele como a atitude mais terrível,
assombrosa, criminosa e desafiadora da parte dos homens. Alguns dizem: “Eu
creio em Deus”. Outros dizem coisas semelhantes, mas o que é isso? Que tipo de
fé é essa que até os demônios possuem? A incredulidade é como uma parede de
pedra, onde os homens gravam o nome de Deus juntamente com seus ídolos. Ora,
eles refletem isso nos seus lábios, porque a mesma boca que transmite coisas
boas, também pronunciam as maldades que procedem de seus corações.
Ó, que triste situação dos homens na
incredulidade. A incredulidade diz que tem fé, que crê em Deus. Mas esse crê é
a atitude de inimigos que fogem, que se escondem, que se armam querem também
atacar. A incredulidade é lisonjeira, porque Deus aparece para tirar-lhe do seu
conforto e bem-estar. A incredulidade é vil, zombeteira, caluniadora, falsa
conselheira e pronta para atacar toda verdade, assim que aparece a
oportunidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário