quarta-feira, 22 de julho de 2020

A GRANDE RECONCILIAÇÃO (11 de 12)


                        
“Sendo o caminho do homem agradável ao Senhor, este reconcilia com ele os seus inimigos” Provérbios 16:7
INIMIGOS RECONCILIADOS.
        Para finalizar a mensagem devo mostrar quais são os inimigos que Deus reconcilia com aquele cujo caminho agrada a Deus. É claro que qualquer pecado traz consequência danosa ao viver. Davi não podia esperar que bênçãos viessem depois de seu desastroso ato com Bate-Seba e com Urias. Até mesmo seu filho se tornou inimigo. Quando Israel se afastava de Deus, eis que logo nações eram impelidas pelo próprio Deus para atacar e matar o povo, como vemos no livro de Juízes. Ora, o assunto é dinâmico e eu sou tão pequeno para aprofundar-me num assunto como este. Mas farei o possível para expor as lições, mesmo sendo de modo superficial.
        O primeiro inimigo que quero tratar aqui na reconciliação é o próprio Deus. Muitos nem sequer imaginam o fato que o homem, devido ao pecado, está debaixo da ira de Deus, conforme nosso Senhor mesmo trata em João 3:36. Essa tendência atual de colocar o homem como um ser importante e digno de admiração tem feito com que a doutrina do pecado e da ira de Deus não seja bem recebida. Mas o fato é que Deus, em todas as pessoas da divindade está profundamente irado com o homem. Paulo pregava essa verdade onde chegava. Em Tessalônica essa foi sua mensagem, de tal maneira que trouxe temor aos convertidos (1 Tessalonicenses 1:10). Essa verdade é mostrada também em Efésios 2, onde Paulo mostra que os crentes eram filhos da ira. A verdade é que Cristo é o instrumento de Deus na obra de reconciliação, a fim de que por Sua justiça os que são salvos sejam reconciliados com Deus e escapam da ira.
        A reconciliação com Deus deve ser o tema a ser constantemente pregado em nossos dias, se quisermos um avivamento. A força do terrível movimento ecumênico tem enchido o coração dos homens com a falsa paz  e isso é terrivelmente perigoso para a sociedade, bem como para a igreja. É impossível haver conversão genuína, sem que os pecadores entendam sua condição de inimigos de Deus e de que Deus é inimigo deles. Muitos pensam que essa situação de inimizade de Deus contra os homens passou com a morte de Cristo na cruz e com a vinda da graça. Mas quão enganados estão! A morte de Cristo reconciliou o povo por quem Cristo morreu, mas mesmo assim, os homens só entendem isso na conversão. A mensagem dos apóstolos sempre foi de advertência, para que os pecadores fugissem e refugiassem na provisão salvadora que há em Cristo Jesus. Os que se convertem escapam da ira de Deus, os que não se convertem permanecem em extremo perigo. Essa mensagem de um Deus profundamente irado com as nações e com homens rebeldes é a tônica dos profetas e dos Salmos.
        Portanto, a paz com Deus deve ser o alívio dos corações dos que encontram a salvação. Deve ser a alegria que envolve os corações purificados e perdoados pelo sangue do Cordeiro. Não tem outra esperança para os perdidos. Sem a reconciliação com Deus tudo aqui e no universo está voltado contra o homem. Não há um amigo igual a Deus, mas também não há inimigo igual a Ele. Nosso povo moderno precisa saber disso; a mensagem pode ser chocante, mas é imensamente salutar às almas enganadas e iludidas.

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