“Sendo
o caminho do homem agradável ao Senhor, este reconcilia com ele os seus
inimigos” Provérbios 16:7
INIMIGOS
RECONCILIADOS.
Para finalizar a mensagem devo mostrar
quais são os inimigos que Deus reconcilia com aquele cujo caminho agrada a
Deus. É claro que qualquer pecado traz consequência danosa ao viver. Davi não
podia esperar que bênçãos viessem depois de seu desastroso ato com Bate-Seba e
com Urias. Até mesmo seu filho se tornou inimigo. Quando Israel se afastava de
Deus, eis que logo nações eram impelidas pelo próprio Deus para atacar e matar
o povo, como vemos no livro de Juízes. Ora, o assunto é dinâmico e eu sou tão
pequeno para aprofundar-me num assunto como este. Mas farei o possível para
expor as lições, mesmo sendo de modo superficial.
O primeiro inimigo que quero tratar aqui
na reconciliação é o próprio Deus. Muitos nem sequer imaginam o fato que o
homem, devido ao pecado, está debaixo da ira de Deus, conforme nosso Senhor
mesmo trata em João 3:36. Essa tendência atual de colocar o homem como um ser
importante e digno de admiração tem feito com que a doutrina do pecado e da ira
de Deus não seja bem recebida. Mas o fato é que Deus, em todas as pessoas da
divindade está profundamente irado com o homem. Paulo pregava essa verdade onde
chegava. Em Tessalônica essa foi sua mensagem, de tal maneira que trouxe temor
aos convertidos (1 Tessalonicenses 1:10). Essa verdade é mostrada também em
Efésios 2, onde Paulo mostra que os crentes eram filhos da ira. A verdade é que
Cristo é o instrumento de Deus na obra de reconciliação, a fim de que por Sua
justiça os que são salvos sejam reconciliados com Deus e escapam da ira.
A reconciliação com Deus deve ser o tema
a ser constantemente pregado em nossos dias, se quisermos um avivamento. A força
do terrível movimento ecumênico tem enchido o coração dos homens com a falsa
paz e isso é terrivelmente perigoso para
a sociedade, bem como para a igreja. É impossível haver conversão genuína, sem
que os pecadores entendam sua condição de inimigos de Deus e de que Deus é
inimigo deles. Muitos pensam que essa situação de inimizade de Deus contra os
homens passou com a morte de Cristo na cruz e com a vinda da graça. Mas quão
enganados estão! A morte de Cristo reconciliou o povo por quem Cristo morreu,
mas mesmo assim, os homens só entendem isso na conversão. A mensagem dos
apóstolos sempre foi de advertência, para que os pecadores fugissem e
refugiassem na provisão salvadora que há em Cristo Jesus. Os que se convertem
escapam da ira de Deus, os que não se convertem permanecem em extremo perigo.
Essa mensagem de um Deus profundamente irado com as nações e com homens
rebeldes é a tônica dos profetas e dos Salmos.
Portanto, a paz com Deus deve ser o
alívio dos corações dos que encontram a salvação. Deve ser a alegria que
envolve os corações purificados e perdoados pelo sangue do Cordeiro. Não tem
outra esperança para os perdidos. Sem a reconciliação com Deus tudo aqui e no
universo está voltado contra o homem. Não há um amigo igual a Deus, mas também
não há inimigo igual a Ele. Nosso povo moderno precisa saber disso; a mensagem
pode ser chocante, mas é imensamente salutar às almas enganadas e iludidas.
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