“Mas vós não credes
porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A
TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
Prossigo mostrando o quanto é terrível a
incredulidade e como todo pecado procede dessa atitude perversa do coração.
Sabemos que a incredulidade é resultado da queda no Éden e que nessa atitude de
rebelião todos nós tornamo-nos servo do pecado em todas as suas manifestações.
Se é servo do pecado, então não é servo de Deus; se todo sentimento,
pensamentos e decisões pertencem ao domínio do pecado, então é certo que nada
disso será oferecido a Deus para Seu serviço e louvor. Um Labão incrédulo,
mesmo sendo advertido por Deus em sonhos, ainda assim terá seu coração
endurecido e rebelde contra Deus (Gênesis 31)
Também, a incredulidade do coração
revela que há desobediência a Deus e obediência à voz do pai da mentira. Mesmo
tendo conhecimento das Escrituras do Velho Testamento, os judeus mostraram que
odiavam o Senhor e amavam satanás. Nem um pouquinho eles simpatizaram o Filho
de Deus, nem sequer pararam para examinar Suas obras e Seus ensinos. Eles
queriam ter o Senhor como o milagreiro, a fim de melhorar a vida deles na
terra; eles eram humanistas na religião, por isso confiavam em Abraão, a fim de
entrar no céu, mas no tocante ao grande EU SOU, eles estavam prontos a mata-Lo
por apedrejamento.
A incredulidade mostra o quanto o homem
no íntimo é orgulhoso e a soberba no íntimo é a essência do pecado, porque o
resumo de tudo é que pecado é não dá a Deus a glória que é devido a Ele só. O
coração endurecido é totalmente lacrado e está longe de reconhecer que Deus é
Deus em todas as atividades desta vida. A incredulidade declara que somos
ferventes de amor por nós mesmos; que sou habilidoso para cuidar da minha vida
e buscar meus interesses. Os homens no pecado são individualmente pessoas que
se veem como deuses; cada um segue seu próprio caminho, pensa o que quiser, usa
as emoções para envolver a si mesmo na felicidade que busca e acha que tem o livre-arbítrio
para seguir na direção que achar melhor.
A incredulidade declara que não precisa
de Deus; a incredulidade não crê num ser onipotente, onisciente e onipresente.
Isso nem mesmo é levado em consideração. A ausência desse santo temor que é visto
somente nos salvos é a manifesta loucura da incredulidade. A incredulidade nem
mesmo cede aos sinais das manifestações da ira de Deus. As pragas do Egito
vinham, assombravam o Faraó, mas não demorava e o arrogante monarca achava que
devia voltar ao que era antes. Às vezes conseguimos espantar uma mosca, mas não
demora e ela retorna. Passa o calor do medo e quando as ameaças de juízo somem,
eis que logo a incredulidade ergue sua cabeça e movimenta todo seu ser na
direção daquilo que sempre quis e quer. A incredulidade permanece em sua
obstinada jornada pelo caminho do mal e nem mesmo as chibatadas da vida farão
com que a incredulidade vil abandone sua residência no coração.
A bíblia fala sobre os milhares de
Israelitas que morreram no deserto, sem que pudessem entrar na terra prometida.
Diz Hebreus que eles não entraram por causa da incredulidade. Ó quanto ódio
Deus tem da hostil incredulidade! Mesmo os crentes devem fugir dessa atitude de
ser levados pela influência da carne. Aqueles discípulos do caminho de Emaús
estavam tão levados pela atitude de achar que Jesus não passava de um profeta,
que seus olhos simplesmente estavam cegos. Mesmo com o Senhor ao lado deles,
caminhando com eles, ainda assim não conseguiam ver a realidade daquilo que a
própria bíblia falou a respeito da vinda do Messias. “Ó tardos de coração!”
Essas palavras do Senhor mostram o quanto Deus jamais há de justificar a
incredulidade. Nossa atitude deve ser firme na meta de confiar em nosso Deus em
qualquer circunstância desta vida, porque a nota que Deus dá para a
incredulidade é zero.
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