“...quando sou fraco,
então é que sou forte” 2 Coríntios
12:10
QUANDO A FRAQUEZA É
VISTA À LUZ DA GRAÇA, ASSIM, QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FORTE.
Amado leitor, sou fraco quando a minha
fraqueza é vista sob a luz da graça de Deus, e não sob o meu frágil e enganoso
modo de avaliar as coisas. Seguindo esse princípio, posso afirmar que o homem é
realmente fraco, quando vê que nada é diante do poderio do diabo, do mundo e da
carne. Os verdadeiros santos sempre lutaram e batalharam na luta contra o mal;
com seus olhos espirituais abertos puderam ver que precisavam da intensa
proteção e dos contínuos cuidados de Deus. Foi assim que Daniel sentiu ante a
presença majestosa do Senhor e quando viu as impressionantes visões acerca de
acontecimentos futuros (Daniel 10). Então, diante das grandezas de Deus; diante
da realidade das coisas quando mostradas pelo Senhor, eis que assim posso ver o
quanto sou realmente fraco e carente do poder da graça.
Também, posso afirmar que sou forte, quando
percebo que não posso andar sozinho; quando percebo que neste mundo sou como
uma ovelha indefesa ante o poderio do diabo e as investidas do mundo com suas
tentações. Sou forte quando percebo que preciso me humilhar e confessar
continuamente minha fraqueza; quando a todo momento vejo que a santa presença
invisível está por perto e meu forte Senhor se manifesta para me socorrer. Sou
forte quando realmente vejo a necessidade de sair da minha zona de conforto, a
fim de aprender a orar, clamar, suplicar e invocar o nome do Senhor. Sou fraco
quando me desespero, ao ver que nada há em mim que possa me conceder força na
luta contra o mal, que sou um zero à esquerda e que qualquer atitude de orgulho
pode me levar à completa reprovação.
Amado leitor, creio que diante desses
fatos tão evidenciados em nosso viver, podemos entender o que passava na mente
e na vida emocional de Paulo. Realmente não podemos afirmar que somos crentes,
se negarmos essas verdades em nossas vidas. Nós somos os fracos nos meio dos
fracos e é imensa a nossa fraqueza. Como posso fugir disso? O fato é que não
estamos lidando com coisas deste mundo; não estamos lidando com os homens,
porque perante eles podemos mostrar que temos valor, que somos fortes e
espertos. Quando estamos tratando de fraqueza eis que estamos perante coisas
invisíveis e somente a fé pode entrar nesse santo terreno. Ao encarar de perto
nossa inutilidade é que começamos a compreender como foi que o pecado nos
tornou tão arrogantes e como realmente éramos loucos ao agir assim.
Mas quero mostrar que é assim que
começamos a mostrar o que realmente significa ser homem. Todo sistema de engano
do pecado precisa ser desmontado, assim como é desmanchada uma velha casa de
madeira. O fogo do altar vem para transformar tudo em ruína; todos os escombros
devem ser lançados fora, a fim de que a face do novo homem em Cristo apareça. A
graça está em plena atividade no viver de cada crente e Deus está realizando em
nós Sua perfeita obra, a fim de que o homem do céu resplandeça na terra. Este
mundo dá valor à força, à vaidade, ao poder e à personalidade; o mundo venera
tudo isso e corre atrás dessas vaidades. Mas deixemos isso e volvamos nosso
olhar da fé para um João Batista, tão desprezado e considerado inútil pelos
homens. Qual era o motivo do seu viver e do seu serviço? Não foi o Filho de
Deus? Suas palavras refletem o quanto foi poderosa a atuação da graça em seu
viver: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30).
Como podemos recuar diante dessas aulas?
Como nós, os santos podemos fugir da face bondosa e santa Daquele que nos amou
na eternidade e provou no tempo esse abnegado amor por nós?
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