quarta-feira, 29 de junho de 2016

QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FORTE (7)



                     
“...quando sou fraco, então é que sou forte”    2 Coríntios 12:10
QUANDO A FRAQUEZA É VISTA À LUZ DA GRAÇA, ASSIM, QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FORTE.
        Caro leitor, chegou o momento para que miremos bem a realidade desse precioso ensino à luz da mensagem graciosa de Deus aos crentes. Tudo na graça opera pelo milagre, ao contrário daquilo que se espera a mente natural. Onde estiver a força do homem, então é certo que não é Deus operando Suas maravilhas. Para Paulo a experiência foi dramática, mas a lição foi aprendida na santa e bendita escola de Deus. Portanto, vale a pena que analisemos essas verdades para a compreensão do povo salvo, bem como para que os pecadores entendam que é assim que eles podem encontrar em Cristo a segura e eterna salvação.
        A primeira lição que essa verdade nos traz é que sou forte, quando compreendo à luz da verdade bíblica a minha própria miséria perante Deus. Veja bem que quando estamos diante das Escrituras, então nossa luz imediatamente é apagada e nossa condição vil aparece. O que está acontecendo em nossos dias é que o evangelho da glória de Cristo é desconhecido, porque em seu lugar entrou outro evangelho. Por essa razão o homem e suas necessidades tem sido o enfoque do momento. Tudo hoje gira em torno do bem-estar do homem nesta vida e toda programação tem sido feita para que todos sejam felizes, até mesmo a salvação tem sido apresentada assim, como um presente que Deus dá, a fim de que a alma se tranquilize, uma vez que está ciente de que não há mais perigo do inferno.
        Porém, posso afirmar que tudo isso vai diametralmente contra os santos ensinos da Palavra de Deus. O evangelho da glória de Cristo atinge pecadores e nada promete de uma vida maravilhosa e cheia de gozo e felicidade num mundo que odeia Deus. O caminho da salvação é a via mais dolorosa que uma alma pode tomar, porque vai em completa oposição aos seus desejos naturais (João 6:44). Quando Deus atrai uma alma, eis que a luz da glória de Cristo imediatamente o leva à miséria, a constatar que nada o homem é, a não ser um miserável condenado atingido pela misericórdia de Deus. A vida espiritual começa assim e sem essa santa constatação da fé, não há possibilidade de andar no caminho santo da graça. Na conversão do pecador, eis que a espada do Espírito chega com sua função de abater o mais terrível opositor e rebelde contra Deus – o velho homem (Salmo 45:5).
        Por que é assim? A resposta é que a graça opera na fraqueza e não na força do homem. Quando a graça é vista como um ato de Deus em presentear um pecador que faz uma decisão e não como a mais poderosa e portentosa obra da mão de Deus salvar perdidos, eis que jamais haverá possibilidade do homem mostrar ser doravante dependente apenas da graça; jamais ele sentirá sua miséria, a fim de que o poder de Deus venha atuar em sua fraqueza. Por essa razão que vemos em nossos dias uma gritante necessidade de homens piedosos (Salmo 12). Qual a razão? O poder de Deus opera onde a fraqueza humana é vista.
        É bem verdade que mesmo os verdadeiros crentes são susceptíveis ao orgulho; um apóstolo como Paulo era susceptível a se gloriar diante de tantas revelações lhe conferidas. Mas a verdade que a graça não opera apenas no começo da fé; ela continua sua obra (Filipenses 1:6). Mas há uma real diferença na atitude dos salvos, é que eles realmente aprendem, pois são discípulos. Seus ouvidos estão apuradas para entender os santos ensinos e querem viver em oração e prontidão para agradar a Deus.
        Amigo, não é o momento agora para essa santa disposição de se humilhar perante essas verdades que nos foram reveladas?

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