“...quando sou fraco,
então é que sou forte” 2 Coríntios
12:10
QUANDO A FRAQUEZA É
ENCOBERTA E APARECE MAJESTOSA FORÇA, NESTE CASO SOU FRACO QUANDO PENSO QUE SOU
FORTE.
Amado leitor, consideremos um pouco mais
essa força que parece ser proveniente da graça, mas trata-se do engano do
coração. A razão é que essa força aparece sob o dinamismo da carne e é muito
contagiante além de influente. Nota-se que tal força tem sua própria estrutura,
não na verdade, mas tem como base a natureza, a capacidade intelectual ou mesmo
as habilidades naturais. Quando Pedro afirmou que iria até à morte por Cristo,
eis que ele mostrou tal força confiando em si mesmo, em sua capacidade como
homem para enfrentar o homem. Ali estava um pobre homem imaginando que a obra
de Deus podia ser realizada com base em guerras. Pedro desconhecia o fato que o
caminho pelo qual seu Senhor havia tomado, somente o Filho de Deus podia
atravessar; Pedro desconhecia o quanto a carne é zero para enfrentar o poder da
morte, do diabo, dos demônios, do mundo e até da ira de Deus.
Muitos pensam assim e agem assim no
serviço do Senhor, mas logo percebem que no serviço santo a força do homem, com
suas habilidades, seus recursos materiais e outras dinâmicas provenientes do
homem não têm valor para Deus. Foi pela graça que Deus ensinou Paulo a ter
prazer naquilo que nós detestamos por natureza. O rei Uzias era um rei
incrivelmente capacitado e com muitos recursos para ser bem sucedido em todos
os aspectos em Jerusalém. Mas qual foi seu real problema? O fundamento de tudo
era ele mesmo e por isso reconheceu ser ele auto-suficiente; seu orgulho
próprio lhe atirou na miséria, por Deus mesmo o feriu, atirando-o na miséria de
uma enfermidade mortal (2 Crônicas 26).
Amado leitor, quanto precisamos ser
alertados! Quantos homens correm para o ministério sem o chamado do alto,
porque confiam em sua capacidade, quando nunca, jamais conheceram sua miséria
pessoal. Já vi muitos correrem adiante de Deus, fazendo propósito de santidade,
de servir, de obedecer, etc. Mas logo percebem o quanto a carne suplanta toda
essa disposição. A carne parece ser poderosa no momento, mas logo mostra ser um
saco vazio que não para em pé. Se quiser servir aos homens, para tal feito a
carne serve sim. Se quiser mostrar suas habilidades, seu fervor e zelo, para
tal feito a carne serve. Mas não para Deus, pois a graça só pode operar quando
a carne mostrar ser enferma, vazia, inútil e o ego lançado fora.
Amado leitor, o combustível da carne é a
soberba oculta no coração. A força da fé genuína opera na suficiente obra de
Cristo. No altar da consagração eis que a carne é queimada, o ego é destruído e
tudo passa a ser derivado da graça, porque a glória pertence a Deus, e não ao
homem. Nosso Senhor não precisa das atuações da carne; nosso Senhor não é
exaltado na precipitação de uma fé que não veio Dele mesmo. Os homens podem até
tentar avançar; podem até mesmo subir às alturas do sucesso que parece ser de
Deus. Mas as obras da carne mostrarão lá adiante que satanás vem solidificar e
autenticar tais feitos.
Ó caro leitor, que aprendamos o real
significado da humilhação. Vivemos em dias quando prevalece a soberba religiosa
e ela aparece bem travestida de espiritual. Mas não é obra da graça, é a carne
se erguendo com seu veneno de víbora; é satanás enchendo os homens dessa
disposição de vanglória. Mas não esqueçamos que tudo na vida cristã começa e
prossegue pela graça e essa graça opera somente na fraqueza. Quando os homens
se arrependem de todo coração e se convertem a Cristo, eis que é aí que tudo
começa e prossegue até ao fim.
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