“Livra-me dos crimes
de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua
justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus
louvores. Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e
não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito
quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo
51:14-17).
PROCLAMA OS LOUVORES
DE DEUS.
Amado leitor, posso entrar agora em mais
um assunto que mostra a dinâmica do texto. Precisamos saber que é na genuína humildade
que conquistamos piedade no viver. Enquanto estivermos dirigindo nossas vidas
sem a liderança do Senhor, nossa tendência é ficar ainda mais rebaixado na vida
espiritual. Davi precisou sofrer uma terrível queda, a fim de saber que a graça
opera nessa fraqueza. Quanto mais humilhante eu for; quanto mais minha alma
estiver na penúria, ao contemplar minha disposição para o mal, somente assim
estaremos no caminho certo para viver uma vida piedosa. O que Davi faz é
proclamar os louvores do Senhor; ele quer esse tipo de viver; ele deseja
agradar ao Senhor; ele está ciente que ofendeu ao Rei dos reis, que se igualou
aos perversos. Seu ser está cheio de tristeza, de angústia pelo que havia
feito; o arrependimento o faz sempre olhar para trás, a fim de ver quão perversos
foram seus atos. É na humilhação que ele contempla o quanto Deus é maravilhoso,
santo e cheio de majestade e de glória.
Então, veremos o que acontece quando nos
humilhamos perante o Senhor. A graça imediatamente abre nossas bocas para um
viver cheio de ações de graças. O que Davi diz? “...e a minha língua exaltará a
tua justiça!”. Que santo desejo! Ele quer proclamar essa notícia incrível de
que Deus é perfeitamente justo e que sendo assim nós os homens somos exatamente
o contrário disso. Foi essa a confissão de Daniel no cap. 9 do seu livro. Ali
estava um homem santo se identificando com a situação do seu povo: “Contigo
está a justiça, conosco o corar de vergonha”. Que lição de piedade. O que ele
iria pedir a Deus? Teria ele coragem de pedir que a nação fosse bem sucedida? Que
voltasse a ser a poderosa nação de Israel? Que tivesse domínio material, sendo
cabeça e não cauda ao ser comparada com outras nações? Claro que não! Daniel
prossegue mostrando que quando estamos no pó realmente carecemos de compaixão e
não de sucesso mundano.
Amado leitor, o que acontece é que uma
alma cheia de justiça própria jamais pode louvar a Deus. Os louvores que vemos
em nossos dias é barulho de latas vazias; é uma tentativa de cativar as emoções
de Deus; é a natureza proclamando em forma de cânticos o quanto ela é
impressionantemente espiritual e capaz de fazer coisas incríveis para Deus. Mas
os homens ficam mudos quando veem seus pecados, sua miséria, sua condição tão
triste e que se não for a compaixão de Deus eles realmente poderão cair no
inferno a qualquer momento. A graça de Deus não tem sociedade com o ego; a
graça não opera enquanto o velho homem se revela inchado de soberba, a fim de
desafiar a Deus. A graça opera quando o homem é visto na condição onde o pecado
lhe atirou e que o fez menos do que nada. A justiça de Deus aparece em sua
plenitude quando a justiça do homem é realmente vista com sendo trapo imundo.
Foi exatamente isso o que ocorreu com
Davi e é assim que pode ocorrer com pecadores, que agora mesmo se humilham
perante a verdade revelada. Cristo é o Salvador de perdidos; Seus olhos fitam a
alma atribulada, que agora sofre no íntimo. Cristo veio buscar pecadores assim.
Então, neste momento homens e mulheres podem ser achado por esse maravilhoso
Senhor para alcançarem eterna salvação.
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