quinta-feira, 23 de junho de 2016

A FRAGILIDADE NATURAL DOS HOMENS (3)



                       

“Mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapo da imundície; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)
CONHECENDO ONDE O PECADO NOS COLOCOU.
        Caro leitor podemos lembrar com humildade que o homem era originalmente a coroa da criação de Deus e foi criado para reger a criação, oferecendo como sacerdote adoração a Deus. Agora tudo foi invertido, pois fomos colocados como cauda e não como cabeça (Deuteronômio 28:13); agora a criação toda sente o peso terrível do pecado que lançou tudo num ambiente de vaidoso enfado. Agora não podemos sequer pensar em como mudar a situação; a criação geme à busca de sobrevivência e até mesmo nossa carne faz parte do cardápio de uma criação atirada a um constante gemido.
        Vemos também que nossa fragilidade é vista na fraqueza da nossa carne, pois até mesmo os animais superam nisso. Eles podem enfrentar os rigores do tempo, da chuva, do clima, etc., mas nós os homens em que podemos orgulhar? Na nossa aparência e força? Ó quão medíocres somos! Têm animais invisíveis aos nossos olhos, os quais desejam devorar nossos corpos e beber nosso sangue. Têm seres vivos capazes de por um ponto final em nossa vã existência aqui, trazendo doenças terríveis. Tudo isso e muito mais pode mostrar o quanto somos frágeis e inúteis perante uma criação que ficou submetida a esse caos e desespero por causa de nossa desobediência.
        Vou mais além para afirmar o quanto os animais são ferozes testemunhas contra nós. Eles não foram feitos capazes de pensar, falar e decidir. Nós fomos sim, temos consciência do bem e do mal, enquanto eles vivem cada um naquela habilidade que Deus lhes deu, a fim de lutarem aqui em busca daquilo que lhes dê subsistência. A morte para os animais é o fim, mas para os homens não, pois a morte é o início da eternidade. Os animais não são convocados a darem contas a Deus, mas nós somos; os animais não são chamados ao arrependimento, mas nós somos. A responsabilidade é terrivelmente grande e paira sobre nossas cabeças. Veja como Deus prova em Sua Palavra o quanto Deus manifesta Sua santa ira contra seres humanos que pronta e unanimemente se voltaram contra Deus. Agora no pecado tudo o que é material nos puxa à escravidão. Aqueles que foram feitos para curtir a glória de Deus, agora precisam trabalhar e lutar, a fim de lutar pela sua sobrevivência. Agora não há mais lugar para conforto num edênico paraíso, pois fomos lançados fora para curtir nosso sofrimento e experimentar a aproximação da morte que chega para silenciar nossa pobre e mísera existência na terra.
        Veja amigo, o quanto Deus pôs em Sua ira cortou nosso privilégio de viver; veja o quanto o Soberano Senhor decretou que nossos anos fossem diminuídos drasticamente (Salmo 90). O filme de nosso viver é contado com perfeita sabedoria pelo Senhor em Sua Palavra e nossos anos de vida aqui só provam a fidelidade de Deus em face da nossa miséria. Talvez você no engano do coração esteja pensando que vai viver mais. Quanto engano! Há um Deus que reina acima de tudo e de todos. Eu e você estamos curtindo aqui, não o reino dos homens, mas sim daquele que reina para sempre. Ele lida com os homens na base de que eles são responsáveis. Ele afirma que cada ser humano precisa se arrepender, porquanto não haverá qualquer desculpa diante Dele. Homens e mulheres, ricos e pobres, cultos e ignorantes terão que comparecer perante o Seu trono de juízo. Quem poderá escapar da face do grande Juiz?
        Uma vez ciente dessas coisas, resta que nos humilhemos e caídos aos Seus pés pela fé confessemos nossa miséria e indignidade, pedindo o socorro desse Deus por meio do Seu Filho, que veio ao mundo para nos salvar.

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