“Mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapo
da imundície; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um
vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)
AVALIANDO A
COMPARAÇÃO FEITA: “murchamos como a folha...”
Amado leitor, eu estou convicto de que
esse texto de Isaías vem desmanchar nosso orgulho próprio; vem exibir a nossa
desgraça e apagar toda essa disposição carnal de querer vangloriar-se. Que
valor tem uma folha seca? Lembremos que tornamo-nos assim quando ocorreu a
queda ali no Éden. Perdemos a vida, tornamos aos olhos de Deus defuntos
espirituais. Deus mesmo afirma que para nada servimos; que como folhas estamos
desprovidos do verdor da vida, e que por isso jamais poderemos dar fruto. Não é
triste isso? Não é o momento para que caiamos humilhados, prostrados aos pés do
grande Senhor? Não é verdade que o homem no seu estado natural só serve para
ser varrido e ajuntado para ser lançado no fogo, como acontece com palha seca?
Então, prossigo para mostrar também que
a folha seca é levada pelo vento: “Os ímpios...são como a palha que o vento
dispersa” (Salmo 1:4). Que humildemente à luz da verdade revelada possamos
considerar essas lições. Veja o homem sem salvação, que peso ele tem? Há nela a
força da verdade? Não! Por essa razão é levado pela força do vento, pois crê
sempre em seus ídolos vãos, inúteis e detestados por Deus. Veja que tais palhas
são empurradas pelo forte vento das trevas, por isso pode ser visto em seus
pecados, vencido pelos vícios, dominado pela maldade e sem qualquer poder
contra o mal. Eles são considerados assim, mais leves que uma pena, por esse
fato não tem poder para correr para Deus. Já vi quando os homens no pecado
prometem safar-se do mal onde estão presos, mas não conseguem. São palhas
levadas pela força do vento do mal
que controla este mundo.
Quão poderoso é o engano do pecado no
coração! Mesmo vendo tudo o que está acontecendo ao seu derredor, os homens não
consideram sua miséria e a força dessa declaração de Deus. Eles não veem como
são arrastados para seus vícios; como são escravos de suas paixões e se
entregam voluntariamente para tais prazeres; como servem voluntariamente o
pecado neste mundo. Também, eles não
veem como a inutilidade aparece com suas enfermidades; que enquanto têm saúde e
amigos, tudo parece estar indo bem, mas logo são desamparados e entregues à sua
própria desgraça. Nem mesmo a morte encoraja os homens ao reconhecimento de sua
condição vil neste mundo, porquanto assim que alguém é sepultado, eis que as
agitadas águas da paixão voltam a circular em seu ser e eles continuam prontos
e aptos para prosseguir. Meu amigo, veja bem o quanto somos inúteis! Para que
servimos nós neste mundo? Para viver apenas curtindo os prazeres momentâneos e
depois ser atingido pela morte? Há razão e bom senso nisso? Claro que não!
Nosso Senhor mostrou quão loucos e estúpidos são os homens no pecado: “Que
adianta o homem ganhar o mundo e perder a alma?”.
Mas, agora é o momento adequado, para
que mediante a ação da misericórdia de Deus homens e mulheres caiam em si,
reconhecendo diante de Deus que nada são. Amigo que ver a obra da nova criação?
Quer ver o milagre de Deus acontecendo? Pois é, isso ocorre quando homens caem
perante a majestade gloriosa; quando homens e mulheres reconhecem sua miséria
diante de Deus. Nossa festa começa quando sentimos nossa ruína; quando Deus
entra no terreno do arrependimento e lá encontra homens caídos, chorando seus
pecados, prontos para a confissão. O Salvador está perto, realmente próximo de
homens e mulheres nessa condição.
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