segunda-feira, 13 de junho de 2016

DESEJO POR UMA VIDA PIEDOSA (5)



                      
“Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51:14-17).
ELE PROCLAMA A JUSTIÇA DE DEUS.
        Caro leitor, que todo meu esforço possa ajudar-lhe na compreensão da justiça de Deus e que somente o uma alma contrita e arrependida pode proclamar essa justiça. Foi essa a dramática, mas venturosa experiência de Davi quando sentiu a miséria do seu pecado e aproximou-se de Deus para a reabilitação de sua comunhão e andar com Deus. Estou dando ênfase a isso porque o que mais falta em nossos dias são homens e mulheres piedosos, e piedade é em resumo a justiça de Cristo no viver (Romanos 6:18). Quando não há isso, eis que a religiosidade será uma celebração à justiça própria, exatamente como vemos em nossos dias.
        Creio que posso avançar um pouco mais. O que saiu da boca de Davi, conforme sua petição a Deus foi realmente uma confissão da grandeza de Deus, de Sua graça e misericórdia e da penúria do homem. Nunca antes Davi se conscientizou dessa verdade na prática. Agora ele pode saber o quão terrível é o pecado; o quanto somos nós inclinados à maldade e como é perigoso ser enlaçado pela soberba. O que nós hoje precisamos saber é que temos a mesmíssima inclinação de Davi, pois somos provenientes do pecado, conforme ele mesmo confessa no verso 5. Nós também somos da mesma massa e se somos salvos foi porque o Senhor estendeu Sua infinda compaixão, a fim de nos socorrer. Continuamente precisamos ser tomados desse temor; continuamente devemos prostrar-nos aos pés do Senhor em santa confissão de nossa maldade e em louvor da Sua graça para conosco. Continuamente devemos conhecer os atos maravilhosos dessa tão imensa compaixão que nos tirou de um mundo vil e do desespero iminente, a fim de nos tornar herdeiros de Deus e coherdeiro com Cristo.
        Caro leitor, devo ser ainda mais enfático quanto a esse assunto, porque estamos num mundo mergulhado de mentiras, especialmente quando agora vemos aumentando cada vez mais o mistério da iniquidade ao nosso derredor. Se não houver humilhação perante o Senhor, certamente seremos arrastados para mais perto de tantas perversidades oferecidas “gentilmente” neste mundo. Se não entendermos a necessidade de humilhação, quebrantamento, e se não buscarmos de coração a piedade no viver, certamente sempre estaremos reclamando de Deus; sempre andaremos queixando de nossa sorte e consequentemente acompanharemos o mundo com essa mesma mentalidade tão perversa. O caminho para terríveis quedas sempre é pavimentado do orgulho.
        Tenho percebido como muitos crentes se desviam do caminho certo porque não cuidaram em conservar seus corações em santa dependência de Deus. Quando esquecemos dos atos de misericórdia de Deus em nosso favor, é certo que estamos apressando nossos passos para caminhos imperceptivelmente letais. O mundo está aí para imprimir nas mentes dos crentes o mesmo que acontece hoje na mente dos ímpios. Cada vez mais vemos os crentes querendo dos ensinos da Palavra na vida; nada querendo de um viver de oração e dependência da liderança de Deus na vida diária. É muito. Davi percebeu que a única forma de escapar da crueldade da carne e da vileza deste mundo era um viver piedoso; seria entrando no terreno da santidade e buscando isso do Senhor à cada dia. Com Davi Deus usou de compaixão, mas não pense que será assim conosco, caso tropecemos nos miseráveis pecados.  

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