quinta-feira, 23 de junho de 2016

QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FORTE (4)




“...quando sou fraco, então é que sou forte”    2 Coríntios 12:10
QUANDO A FRAQUEZA É INCREDULIDADE, NESTE CASO, QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FRACO.
        Amado leitor estamos vendo o perigo de pensar que a incredulidade é sinal de bênção e que a fraqueza que deriva disso é força. A verdade é que tal fraqueza é realmente manifestação de fraqueza. E podemos avançar em explicar isso, porque quando a fraqueza é vista em atitudes de justiça própria. Nesse caso a fraqueza aparece com sua coroa de profunda humildade e aparentemente causando dó. Mas a verdade é que tal fraqueza está revelando as atividades da carne no íntimo. Quantas atividades cheias de sacrifícios! Quantas disposições para “consagração”! Quantas belas orações! Quantas músicas e louvores! Tudo aos olhos dos homens parecem ser humildade, devoção e submissão a Deus. Mas a verdade é que não passa de ser a carne querendo se mostrar e a rebelião contra a Palavra da verdade querendo sobrepujar e estar acima da autoridade de Deus. Tal manifestação de fraqueza é vista e denunciada como sendo fraqueza mesmo.
        Também, essa fraqueza é a arrogância disfarçada. As vezes tudo parece ser sinal de fraqueza, quando homens e mulheres querem argumentar contra Deus e contra o caminho santo; quando muitos querem exibir seus direitos e que estão cheios de problemas. Para a mulher de Jó o caminho certo para seu marido tão atribulado era revoltar-se contra Deus, amaldiçoá-Lo e dar cabo da própria vida (Jó 2:9). Para um Israel rebelde, era sinal de fraqueza revoltar-se contra a situação e retornar para o “conforto” do Egito. Mas tal fraqueza era vista por Deus como obra da incredulidade vil e digna de toda desaprovação da parte de Deus. A incredulidade nunca foi nem será motivo de elogio e nem digna de bênção. A incredulidade é terrena e diabólica; ela pode ser vista como sinal de uma manifestação de humildade, mas na realidade é a força da soberba carnal se erguendo contra Deus.
        Caro leitor, neste caso essa fraqueza é a mais terrível manifestação daquilo que o homem é. Tal fraqueza aparece bela e atraente aos olhos dos homens, mas aos olhos de Deus jamais receberá o combustível da graça. Tal fraqueza já tem consigo seu próprio combustível, tem sua própria opinião, pois nega a Deus e anseia viver conforme o mundo e seus padrões. Tal fraqueza quer seguir a Cristo, mas não avalia os custos e o sofrimento. Tal fraqueza não pode orar no Espírito; tal fraqueza recusa veementemente dar glórias e graças a Deus por tudo; tal fraqueza só espera algo desta vida porque não tem como meta caminhar rumo à glória eterna. Tal fraqueza continuará sempre fraca, imobilizada para subir às alturas da confiança em Deus.
        Então caro leitor, não foi essa a fraqueza que Paulo mostrou ter, a fim de saber pela fé que era forte. Cuidemos com a vil incredulidade, porque ela é o orgulho disfarçado de religioso e pintado de santidade por fora. Incredulidade é a carne querendo mostrar que crê em Deus, mas seu modo de crer não tem qualquer base bíblica, por isso não pode agradar a Deus em nada (Hebreus 11:6). Estamos presenciando essa “fraqueza” em nossos dias. A verdadeira fraqueza é aquela que corre para buscar o lugar de socorro na Palavra de Deus. A verdadeira fraqueza é aquela que Deus vê, mas que encontra refúgio Nele (Salmo 46:1). A verdadeira fraqueza sente sua miséria quando contempla o Senhor e busca Sua compaixão para sua vida aqui.
        É assim que começa a vida cristã. Ela inicia com essa fraqueza, pois o pecador reconhece seus pecados e busca em Cristo o perdão e purificação de sua alma. Jesus chama os fracos ao arrependimento; Jesus veio erguer os fracos, os cansados e quebrantados de coração, a fim de conceder-lhes essa suficiente e eterna salvação.

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