“...quando sou fraco,
então é que sou forte” 2 Coríntios
12:10
QUANDO A FRAQUEZA É
INCREDULIDADE, NESTE CASO, QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FRACO.
Amado leitor estamos vendo o perigo de
pensar que a incredulidade é sinal de bênção e que a fraqueza que deriva disso
é força. A verdade é que tal fraqueza é realmente manifestação de fraqueza. E podemos
avançar em explicar isso, porque quando a fraqueza é vista em atitudes de
justiça própria. Nesse caso a fraqueza aparece com sua coroa de profunda
humildade e aparentemente causando dó. Mas a verdade é que tal fraqueza está
revelando as atividades da carne no íntimo. Quantas atividades cheias de
sacrifícios! Quantas disposições para “consagração”! Quantas belas orações!
Quantas músicas e louvores! Tudo aos olhos dos homens parecem ser humildade,
devoção e submissão a Deus. Mas a verdade é que não passa de ser a carne
querendo se mostrar e a rebelião contra a Palavra da verdade querendo
sobrepujar e estar acima da autoridade de Deus. Tal manifestação de fraqueza é
vista e denunciada como sendo fraqueza mesmo.
Também, essa fraqueza é a arrogância
disfarçada. As vezes tudo parece ser sinal de fraqueza, quando homens e
mulheres querem argumentar contra Deus e contra o caminho santo; quando muitos
querem exibir seus direitos e que estão cheios de problemas. Para a mulher de
Jó o caminho certo para seu marido tão atribulado era revoltar-se contra Deus,
amaldiçoá-Lo e dar cabo da própria vida (Jó 2:9). Para um Israel rebelde, era
sinal de fraqueza revoltar-se contra a situação e retornar para o “conforto” do
Egito. Mas tal fraqueza era vista por Deus como obra da incredulidade vil e
digna de toda desaprovação da parte de Deus. A incredulidade nunca foi nem será
motivo de elogio e nem digna de bênção. A incredulidade é terrena e diabólica;
ela pode ser vista como sinal de uma manifestação de humildade, mas na
realidade é a força da soberba carnal se erguendo contra Deus.
Caro leitor, neste caso essa fraqueza é
a mais terrível manifestação daquilo que o homem é. Tal fraqueza aparece bela e
atraente aos olhos dos homens, mas aos olhos de Deus jamais receberá o
combustível da graça. Tal fraqueza já tem consigo seu próprio combustível, tem
sua própria opinião, pois nega a Deus e anseia viver conforme o mundo e seus
padrões. Tal fraqueza quer seguir a Cristo, mas não avalia os custos e o
sofrimento. Tal fraqueza não pode orar no Espírito; tal fraqueza recusa
veementemente dar glórias e graças a Deus por tudo; tal fraqueza só espera algo
desta vida porque não tem como meta caminhar rumo à glória eterna. Tal fraqueza
continuará sempre fraca, imobilizada para subir às alturas da confiança em
Deus.
Então caro leitor, não foi essa a
fraqueza que Paulo mostrou ter, a fim de saber pela fé que era forte. Cuidemos
com a vil incredulidade, porque ela é o orgulho disfarçado de religioso e
pintado de santidade por fora. Incredulidade é a carne querendo mostrar que crê
em Deus, mas seu modo de crer não tem qualquer base bíblica, por isso não pode
agradar a Deus em nada (Hebreus 11:6). Estamos presenciando essa “fraqueza” em
nossos dias. A verdadeira fraqueza é aquela que corre para buscar o lugar de
socorro na Palavra de Deus. A verdadeira fraqueza é aquela que Deus vê, mas que
encontra refúgio Nele (Salmo 46:1). A verdadeira fraqueza sente sua miséria quando
contempla o Senhor e busca Sua compaixão para sua vida aqui.
É assim que começa a vida cristã. Ela
inicia com essa fraqueza, pois o pecador reconhece seus pecados e busca em
Cristo o perdão e purificação de sua alma. Jesus chama os fracos ao
arrependimento; Jesus veio erguer os fracos, os cansados e quebrantados de
coração, a fim de conceder-lhes essa suficiente e eterna salvação.
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