“Amo o Senhor, porque
Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas, porque inclinou para mim os seus
ouvidos, invocá-Lo ei enquanto eu viver” (Salmo 116)
MUDANÇA DO CORAÇÃO:
“Amo ao Senhor...”
Caro amigo leitor, se não houver uma
mudança feita pelo poder do evangelho no coração, é impossível para o homem
amar a Deus. O amor a Deus é provado pela forma como que a pessoa ama a justiça
e odeia a iniquidade. Foi assim com o Senhor Jesus, porquanto provou como Homem
que de fato amou a justiça e odiou a iniquidade (Hebreus 1:9). Veja o amor que
o salmista professa ter ao Senhor e mostra a razão. Se quisermos ver
convertidos em nossos dias, olhemos esse amor que tais homens e mulheres
passarão a ter por Deus diariamente: “...invocá-Lo-ei enquanto eu viver”. Não
significa que os salvos são perfeitos, mas é pelo fato que eles são imperfeitos
que provarão que odeiam aquilo que nesta vida tenta esmagá-los, na tentativa de
levá-los à queda.
Também posso afirmar aqui que foi esse
amor ao Senhor que contagiou a vida dos santos em toda história. Meditemos na
vida de grandes vultos da história bíblica. Homens como Enoque, Noé, Abraão e
outros citados nas Escrituras do Velho Testamento. Eles não somente amavam ao
Senhor, como também mostravam esse amor odiando toda e qualquer iniquidade. É
claro que eram imperfeitos, mas a fé em Deus provou o quanto eram capazes de
passar esmagando o mundo e triunfando sobre todo mal. Encaremos a vida de
Moisés; como foi o viver desse grande servo de Deus? Veja seu amor ao Senhor
provado no fato que ele abandonou o Egito com todas as suas promessas de
riquezas e famas, a fim de sofrer com o simples povo de Deus e andar com a
nação escolhida rumo à terra prometida. Por que Moisés fez isso? Por que
preferiu a pobreza aqui? A resposta está no fato que Moisés buscava o galardão
celestial. Talvez um dos maiores exemplos do que significa amor genuíno por
Cristo está na vida de Paulo. O fervor dele pelo Senhor foi tanto que ele
expressou isso por palavras e por atos. Ele diz em Filipenses 3 que seu alvo
era conhecer esse Senhor que tanto o amou. Foi assim também com milhares de
santos de Deus que passaram por este mundo, e provaram em seu viver o quanto
estavam dispostos a gastar suas vidas, a fim de que outros pudessem conhecê-Lo
também.
Mas posso afirmar que o amor ao Senhor
revela de forma definitiva o ministério do Senhor em vir ao mundo buscar e
salvar perdidos. Eis aí a diferença entre a lei e a graça. A lei de Deus revela
o coração do homem cheio de ódio e pronto para desafiar os céus. Mas a graça
prova o poder transformador, poder que ultrapassa qualquer entendimento, de
como somente Deus pode dar um novo coração ao homem, fazendo assim capaz de
amá-Lo. Que história incrível! Como homens podem ser mudados assim? Tem uma
razão óbvia para isso? Claro! Veja na própria linguagem do Salmista: “Amo o
Senhor, porque Ele ouve a minha voz e a minha súplica...”. Que testemunho
impressionante! Aqui está um homem que foi levado ao fundo do poço; que pode
conhecer sua miséria pessoal; que foi humilhado por Deus, mas que pode conhecer
o real significado do arrependimento.
Então, a verdade está estampada no
próprio texto, com o fato que ninguém pode amar a Deus enquanto viver na
cegueira do pecado. Ninguém verá o Senhor, enquanto estiver surdo sem poder
escutar o Seu chamado. Ninguém poderá amar o Senhor enquanto não sentir o fato
que realmente merece a condenação eterna. Ó que Deus de amor! Que doce
compaixão do Senhor pelos perdidos! O salmista entendeu isso, passou a temer
esse Senhor e Salvador e a amá-Lo de todo coração.
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