quinta-feira, 9 de junho de 2016

O TESTEMUNHO DE UMA VIDA TRANSFORMADA (3)




“Amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas, porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-Lo ei enquanto eu viver” (Salmo 116)
MUDANÇA DO CORAÇÃO: “Amo ao Senhor...”
        Caro amigo leitor, se não houver uma mudança feita pelo poder do evangelho no coração, é impossível para o homem amar a Deus. O amor a Deus é provado pela forma como que a pessoa ama a justiça e odeia a iniquidade. Foi assim com o Senhor Jesus, porquanto provou como Homem que de fato amou a justiça e odiou a iniquidade (Hebreus 1:9). Veja o amor que o salmista professa ter ao Senhor e mostra a razão. Se quisermos ver convertidos em nossos dias, olhemos esse amor que tais homens e mulheres passarão a ter por Deus diariamente: “...invocá-Lo-ei enquanto eu viver”. Não significa que os salvos são perfeitos, mas é pelo fato que eles são imperfeitos que provarão que odeiam aquilo que nesta vida tenta esmagá-los, na tentativa de levá-los à queda.
        Também posso afirmar aqui que foi esse amor ao Senhor que contagiou a vida dos santos em toda história. Meditemos na vida de grandes vultos da história bíblica. Homens como Enoque, Noé, Abraão e outros citados nas Escrituras do Velho Testamento. Eles não somente amavam ao Senhor, como também mostravam esse amor odiando toda e qualquer iniquidade. É claro que eram imperfeitos, mas a fé em Deus provou o quanto eram capazes de passar esmagando o mundo e triunfando sobre todo mal. Encaremos a vida de Moisés; como foi o viver desse grande servo de Deus? Veja seu amor ao Senhor provado no fato que ele abandonou o Egito com todas as suas promessas de riquezas e famas, a fim de sofrer com o simples povo de Deus e andar com a nação escolhida rumo à terra prometida. Por que Moisés fez isso? Por que preferiu a pobreza aqui? A resposta está no fato que Moisés buscava o galardão celestial. Talvez um dos maiores exemplos do que significa amor genuíno por Cristo está na vida de Paulo. O fervor dele pelo Senhor foi tanto que ele expressou isso por palavras e por atos. Ele diz em Filipenses 3 que seu alvo era conhecer esse Senhor que tanto o amou. Foi assim também com milhares de santos de Deus que passaram por este mundo, e provaram em seu viver o quanto estavam dispostos a gastar suas vidas, a fim de que outros pudessem conhecê-Lo também.
        Mas posso afirmar que o amor ao Senhor revela de forma definitiva o ministério do Senhor em vir ao mundo buscar e salvar perdidos. Eis aí a diferença entre a lei e a graça. A lei de Deus revela o coração do homem cheio de ódio e pronto para desafiar os céus. Mas a graça prova o poder transformador, poder que ultrapassa qualquer entendimento, de como somente Deus pode dar um novo coração ao homem, fazendo assim capaz de amá-Lo. Que história incrível! Como homens podem ser mudados assim? Tem uma razão óbvia para isso? Claro! Veja na própria linguagem do Salmista: “Amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz e a minha súplica...”. Que testemunho impressionante! Aqui está um homem que foi levado ao fundo do poço; que pode conhecer sua miséria pessoal; que foi humilhado por Deus, mas que pode conhecer o real significado do arrependimento.
        Então, a verdade está estampada no próprio texto, com o fato que ninguém pode amar a Deus enquanto viver na cegueira do pecado. Ninguém verá o Senhor, enquanto estiver surdo sem poder escutar o Seu chamado. Ninguém poderá amar o Senhor enquanto não sentir o fato que realmente merece a condenação eterna. Ó que Deus de amor! Que doce compaixão do Senhor pelos perdidos! O salmista entendeu isso, passou a temer esse Senhor e Salvador e a amá-Lo de todo coração.


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