quarta-feira, 8 de junho de 2016

O TESTEMUNHO DE UMA VIDA TRANSFORMADA (2)




“Amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas, porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-Lo ei enquanto eu viver” (Salmo 116)
MUDANÇA DO CORAÇÃO: “Amo ao Senhor...”
        Amado leitor, estamos diante do desafio de entender a mensagem que o Espírito Santo tem para nosso bem eterno nesse Salmo 116. Claramente é uma exposição daquilo que a Bíblia fala em Isaías, no Salmo 145, em Joel, em Atos 2 e em Romanos 10: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. O Salmo 116 é a dinâmica dessa tremenda verdade experimentada por todos os salvos. Ontem dei a introdução desse tema, como o salvo fala acerca do que ocorreu em sua vida, e porque ele é o que agora e vive como vive. É claro que neste tema só irei falar do ensino que nos trazem os versos 1 e 2, e com a permissão do Senhor tratarei dos outros assuntos que dão prosseguimento ao tema central em todo esse maravilhoso e revelador Salmo.
        O que esse Salmo nos mostra de imediato é que quando o pecador invoca o nome do Senhor para sua salvação, eis que ocorre uma mudança no coração. Como vemos essa mudança? O evangelho moderno, aliás, tão cheio de emoções e supertições, nada apresenta, a não ser fantasias, vaidades e fogo passageiro. Nada há de fundamento para um viver sólido e inabalável num mundo cheio de perigos. O mundo moderno se ajustou bem a esse sistema intitulado de evangélico, de tal maneira que vemos homens e mulheres utilizando os meios religiosos como trampolim, a fim de saltarem para suas iniquidades.
        Mas o fato é que a mensagem santa traz poderosa e permanente mudança no coração do homem, e tal mudança é vista logo no verso primeiro: “Amo o Senhor...”. Posso mostrar o quanto tal verdade firma um firme fundamento de uma fé inabalável e exemplifica isso no viver daquele que obteve a tão grande salvação. Por que digo isso? A resposta simples e lógica aparece com clareza no fato que é impossível para o homem amar a Deus, assim como é impossível para um leão passar a comer erva em lugar de carne. Como poderá o homem amar ao Senhor, enquanto ele estiver vivendo no pecado? Para o homem amar a Deus é preciso um milagre, assim como precisa de um milagre o conviver amigavelmente com uma cascavel. A natureza pecaminosa do homem sente o maior prazer pelo pecado e anseia conviver diariamente com esse amigo do coração. Os homens podem falar que amam a Deus, que têm Deus no coração, mas a verdade é que tudo não passa de engano criado pelo próprio pecado no íntimo.
        Pode parecer sentimentalmente que ama, mas o viver demonstrará que Deus sequer faz parte da sua imensa lista de amores. A sua infindável lista mostra que tudo o que ele ama, são realmente os filhotes do pecado que nasceram consigo. Judas era chamado de discípulo, mas o título em nada mudou seu forte amor pelo dinheiro; nada lhe pode arrancar da torpe ganância que enchia seu ser e que foi usado para lhe arrastar para o abismo. Judas amava o dinheiro, por isso não podia dizer em confissão: “Amo o Senhor...”! Em seu coração jamais foi implantada a fé dada aos salvos pelo Espírito de Deus. O amor ao pecado no íntimo é permanente e só participa dessa comunhão se for membro da mesma família do pecado.
        Outro detalhe que considero importante é que a natureza do pecado é diametralmente oposta a Deus. Então, se ama o pecado é óbvio que fica impossível amar a Deus ao mesmo tempo. Da boca jamais sairá uma confissão como essa em santa confissão: “Amo o Senhor...”. Não há motivo no homem natural para amar a Deus; não qualquer conhecimento do Senhor que possa lhe levar a declarar algo assim. A confissão brota do coração, por isso alguém que declara o que o Salmista confessou, certamente tem razões preciosas para isso.

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