“Amo o Senhor, porque
Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas, porque inclinou para mim os seus ouvidos,
invocá-Lo ei enquanto eu viver” (Salmo 116)
INTRODUÇÃO:
Querido leitor, quero chamar sua
preciosa atenção para este Salmo. Creio que ao pregar nessa passagem nosso
Senhor há de nos guiar em verdades preciosas daquilo que somente o evangelho
poderoso faz nas vidas de homens e mulheres. Sei que ultimamente os testemunhos
que ouvimos são dignos de dó e só mostram o quanto o povo em geral desconhece a
verdade acerca de Deus e de Sua obra salvadora. Estou trazendo essa verdade à
lume, porque eu sei o quanto nossa natureza se engana, ao pensar que o
testemunho de uma vida transformada é mostrado por alguém que cometera grandes
pecados e que vivera dissolutamente. Sempre pensamos assim, mas a verdade é que
nós estamos iludidos. É certo que Paulo teve uma experiência inaudita quando
foi salvo ali na entrada de Damasco, mas seu testemunho não foi contado duas
vezes por causa dessa atuação incrível da parte do Senhor. Paulo contou a fim
de mostrar aos judeus e ao rei Agripa o que ocasionou sua salvação e seu
chamado ao ministério.
Por favor, não me entenda mal. Não estou
dizendo que as grandes experiências de salvação são espúrias. Quero apenas
dizer que salvação é igual a todos. Não existe uma salvação mais dramática do
que outra, pois o poder de Deus age igualmente. Tanto faz ressuscitar um morto,
que está no sepulcro muitos dias, quanto ressuscitar alguém que acabou de
falecer. Morte é morte. Assim, digo e afirmou que todos os salvos têm um
testemunho igual a dar. É claro que nem todos vão cair perante uma luz mais
forte do que o sol, como ocorreu com Paulo, mas a verdade que a salvação faz
com que todos caiam prostrados perante a verdade dos seus pecados e perante a
glória salvadora do Senhor. Alguns são chamados como o Senhor chamou Mateus;
outros são salvos na hora da morte; alguns vêm à igreja, ouvem a pregação e são
salvos ali, outros são salvos no leito da dor, à beira da morte. Mas a verdade
é que a salvação é igual e todos têm o mesmo louvor e o mesmo testemunho a dar.
Por essa razão chamo meus leitores para
ver como esse testemunho de uma vida transformada é mostrado no Salmo 116. O
leitor atento vai perceber que há assunto se destaca nesse Salmo. É o fato que
a invocação aparece em seu sentido glorioso e real: “...Invocá-lo-ei enquanto
viver”. Considero esse assunto como sendo de vital importância aqui, porque a
Bíblia claramente mostra que todos os que querem ser salvo hão de invocar o
Nome do Senhor para isso. Também, importa que saibamos que quando tudo começa
com invocação, certamente a santa invocação há de continuar: “...enquanto viver”.
O Salmo 116 vai expressar essa verdade em todos os sentidos da vida do
Salmista, e acima de tudo mostrando o que realmente significa a experiência de
um crente em Cristo.
Ora, trago esse fato aqui, também porque
o Salmo 116 mostra a nós a diferença entre o que o evangelho produz com aquilo
que o evangelho moderno tem produzido em nossos dias. O antigo evangelho leva o
homem à humilhação, ao reconhecimento de sua miséria, da sua inutilidade e
fraqueza, bem como da merecida condenação. Por essa razão o homem realmente
salvo há de ver quem é o Salvador e por essa razão clama a Ele, para que o
liberte da miséria eterna. O homem salvo olha para a cruz, vê o amor de Cristo
ali por ele e vê esse Filho de Deus como sua única esperança para livrá-lo da ira
de Deus para sempre. O homem salvo se apega a esse Salvador; ele realmente
entende o que significa “...socorro bem presente na angústia”. Não há engano,
não há hipocrisia, porque a graça puxa o homem ao pó e a misericórdia chega
para abraçá-lo e livrá-lo da punição eterna.
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