“Amo o Senhor, porque
Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas, porque inclinou para mim os seus
ouvidos, invocá-Lo ei enquanto eu viver” (Salmo 116)
A HISTÓRIA DESSE
TESTEMUNHO: “Porque inclinou para mim...”.
Amado leitor, hoje posso avançar um
pouco mais na exposição do texto do
Salmo 116:1. Precisamos diferenciar entre o verdadeiro testemunho de uma vida
transformado, da fé falsa, aliás, tão cheia de luzes da nova era, a qual
abrilhanta o palco “evangélico” de nossos dias. O Salmo 116 inteiro trata da
conversão, do viver do salvo neste mundo e da esperança eterna após a morte
(verso 15). Veja bem que na continuidade da exposição do texto não há mudança
de assunto, mas sim um caminhar desse testemunho por parte da pessoa que foi
salva. Ela começa com a declaração bem peremptória: “Amo o Senhor...” e mostra
o porquê essa é a definição de sua vida e que vive assim pela fé.
A segunda lição que sobressai no texto é
que ele imediatamente começa a contar a história do que Deus fez. Veja bem que
sua experiência revela onde ele foi achado; que sua condição era humilhante e
que não havia nele qualquer esperança para sair do fundo do poço, da vil
situação de um miserável. A sua experiência não é contada do ponto de vista
psicológico e social. Ele não cita quais foram seus pecados, nem a situação
familiar ou mesmo financeira. As suas palavras proclamam a miséria do homem e
que Deus é soberano em salvar os perdidos. Em poucas palavras o salmista conta
essa história: “...porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei
enquanto eu viver”.
Veja bem amigo, que se Deus se inclina
para socorrer alguém é porque a situação é de miséria da pessoa. É como
acontece quando alguém que está se afogando no mar e clama desesperadamente
pelo socorro do salva-vidas na praia. A mensagem moderna é tão diferente da
mensagem bíblica, porque em nada os homens são vistos como pecadores caídos no
pecado e completamente incapazes de dar qualquer passo em direção a Deus. A
mensagem hoje diz aos homens para que eles deem uma chance a Jesus, que basta
um passinho só e tudo está resolvido. Os resultados desse evangelismo são por
demais devastadores, porque em nada vemos os homens sendo postos em seu lugar
de perdidos e errantes, que vivem sem Deus no mundo, precisando urgentemente de
humilhação e arrependimento (Atos 17:30).
É claro que nem toda conversão é igual,
porque experiências são diferentes. Nem todos vão cair como Saulo de Tarso na
entrada de Damasco. Mas todos os que são chamados ao arrependimento caem em si
diante da glória do Senhor e da necessidade de salvação. Ninguém vai ao médico
sem sentir sua enfermidade; ninguém bebe água sem estar com sede. Assim, ninguém
é salvo sem que no íntimo saiba da sua condição de miséria, precisando do
socorro do Senhor. Como os homens serão salvos se não invocarem o nome do
Senhor? A fé que não abriu os olhos da alma, a fim de que os homens vejam sua
real condição de condenado, não é a fé verdadeira. Tal fé foi embalada e
empacotada pelos homens.
Caro leitor, os pecadores devem ser
arrancados da vaidade, de viver arrogantemente contra a liderança de Deus em
todos os aspectos da sua vida. Quem faz isso? Deus! Eu nada posso fazer e não
há nenhum pregador ou circunstância que possa levar o pecador à realidade de
sua miséria e condenação. Enquanto a fé verdadeira não brotar no peito do
perdido, ele seguirá firmemente no pecado, mesmo sendo religioso e afirmando
que irá para o céu.
Não importam as circunstâncias, os
homens precisam saber que tombaram em Adão, que em nada são diferentes uns dos
outros neste mundo e que irão perecer, caso não se arrependam. As multidões
caminham juntas no caminho largo, com muito ou com pouco pecado. A ordem do céu
é que todos se arrependam, se é que querem conhecer de perto o maravilhoso
Salvador.
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