“Mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapo
da imundície; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um
vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)
AVALIANDO A
COMPARAÇÃO FEITA: “murchamos como a folha...”
Amado leitor, veja o que o Espírito
Santo usa como comparação, a fim de mostrar nossa miséria e insignificância.
Ele declara que nós estamos em processo de deterioração, assim como acontece
com uma folha que cai da árvore. Que valor tem uma folha? Se passarmos debaixo
de uma árvore nem sequer consideramos suas folhas verdes, quanto mais as que já
caíram. Amado leitor, olhemos para nós mesmos e consideremos bem essa lição, porque
ela nos traz humildade, e é na nossa humilhação que começamos a aprender
sabedoria. Podemos nós ignorar esses fatos? Podemos nós viver na cegueira e
insensatez do pecado, achando que somos incrivelmente importantes?
Pois é, lembremos que a folha não tem o
valor de fruto. Nós não achamos folhas para serem vendidas, mas sim os frutos.
Quando vamos colher não temos interesse em buscar as folhas de um laranjal, mas
sim as preciosas frutas. Deus está declarando no texto que somos como folhas caídas
de uma árvore. A verdade é que nossa queda lá no Éden prova isso, porque viemos
de uma gigantesca árvore, da genealogia adâmica. A queda de Adão ali em pleno
paraíso não foi a queda de um mero indivíduo, mas sim a queda de milhares e
milhares, e nós estávamos lá. Que tombo terrível! “...porque todos pecaram”
(Romanos 5:12). Na simbologia de uma árvore, estávamos todos ali, criados para
dar fruto, para servir ao Criador e à criação, mas eis que no pecado aquela
árvore veio a produzir frutos amargos, venenosos (Isaías 5:2).
Diante desses fatos, será que não
podemos nós olhar para o espelho, a fim de considerar que estamos realmente
murchando? Não vemos nós os traços da morte em nossa total constituição física?
Será que acreditamos que ainda estamos na árvore? Que não sejamos tão iludidos
assim pela nossa loucura! Que vejamos como a morte aparece em todos os lugares
para ceifar vidas e aniquilá-las. Por que isso? Porque viemos de uma
descendência pecaminosa; porque tudo o que é ligado a nós foi envenenado pela
miséria da iniquidade. Onde foi que a morte não nos atingiu? Onde não sentimos
a miséria da dor? Onde em nós que a morte não chega para nos pisar e nos
humilhar? Que esperança temos de viver um pouco mais nesta vida marcada pelas
ameaças?
Mas acredito que posso ser ainda mais
persuasivo diante da verdade que esse texto revela. Acaso o Deus Santo tem
alguma ligação com a morte? A morte foi derivada das mãos do Senhor? Claro que
não! “...e pelo pecado, a morte...” (Romanos 5:12). Ora, nem nós mesmos
queremos algo tocado pela morte. Por mais que amemos alguém, assim que a morte
física lhe atinge, para nada mais serve. Não queremos um corpo em decomposição
perto de nós, seu lugar é na sepultura. Para que serve o homem no pecado, visto
que pelo pecado veio a morte? O que o Deus da vida tem a ver com meros mortais?
Para que eles servem? Servimos para alguma coisa que venha alegrar o Senhor? O
que Ele mesmo dirá naquele dia para os que aqui se atrevem a viver no pecado? “Amarrai-o
e lançai-o no fogo”.
É verdade que isso traz tanto desespero!
É verdade sim, mas é salutar. O que aprendemos neste mundo a nosso respeito é
mentira. O que aprendemos de Deus a nosso respeito é verdade. O que vamos
aceitar? Não é o momento certo para que temamos e tremamos perante o soberano e
maravilhoso Deus? Quando os homens entram em desespero perante a verdade
revelado, eis que é esse o cenário para que Deus comece a agir de forma
salvadora em suas vidas.
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