sexta-feira, 24 de junho de 2016

A FRAGILIDADE NATURAL DOS HOMENS (4)




“Mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapo da imundície; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)
AVALIANDO A COMPARAÇÃO FEITA: murchamos como a folha...”
        Amado leitor, veja o que o Espírito Santo usa como comparação, a fim de mostrar nossa miséria e insignificância. Ele declara que nós estamos em processo de deterioração, assim como acontece com uma folha que cai da árvore. Que valor tem uma folha? Se passarmos debaixo de uma árvore nem sequer consideramos suas folhas verdes, quanto mais as que já caíram. Amado leitor, olhemos para nós mesmos e consideremos bem essa lição, porque ela nos traz humildade, e é na nossa humilhação que começamos a aprender sabedoria. Podemos nós ignorar esses fatos? Podemos nós viver na cegueira e insensatez do pecado, achando que somos incrivelmente importantes?
        Pois é, lembremos que a folha não tem o valor de fruto. Nós não achamos folhas para serem vendidas, mas sim os frutos. Quando vamos colher não temos interesse em buscar as folhas de um laranjal, mas sim as preciosas frutas. Deus está declarando no texto que somos como folhas caídas de uma árvore. A verdade é que nossa queda lá no Éden prova isso, porque viemos de uma gigantesca árvore, da genealogia adâmica. A queda de Adão ali em pleno paraíso não foi a queda de um mero indivíduo, mas sim a queda de milhares e milhares, e nós estávamos lá. Que tombo terrível! “...porque todos pecaram” (Romanos 5:12). Na simbologia de uma árvore, estávamos todos ali, criados para dar fruto, para servir ao Criador e à criação, mas eis que no pecado aquela árvore veio a produzir frutos amargos, venenosos (Isaías 5:2).
        Diante desses fatos, será que não podemos nós olhar para o espelho, a fim de considerar que estamos realmente murchando? Não vemos nós os traços da morte em nossa total constituição física? Será que acreditamos que ainda estamos na árvore? Que não sejamos tão iludidos assim pela nossa loucura! Que vejamos como a morte aparece em todos os lugares para ceifar vidas e aniquilá-las. Por que isso? Porque viemos de uma descendência pecaminosa; porque tudo o que é ligado a nós foi envenenado pela miséria da iniquidade. Onde foi que a morte não nos atingiu? Onde não sentimos a miséria da dor? Onde em nós que a morte não chega para nos pisar e nos humilhar? Que esperança temos de viver um pouco mais nesta vida marcada pelas ameaças?
        Mas acredito que posso ser ainda mais persuasivo diante da verdade que esse texto revela. Acaso o Deus Santo tem alguma ligação com a morte? A morte foi derivada das mãos do Senhor? Claro que não! “...e pelo pecado, a morte...” (Romanos 5:12). Ora, nem nós mesmos queremos algo tocado pela morte. Por mais que amemos alguém, assim que a morte física lhe atinge, para nada mais serve. Não queremos um corpo em decomposição perto de nós, seu lugar é na sepultura. Para que serve o homem no pecado, visto que pelo pecado veio a morte? O que o Deus da vida tem a ver com meros mortais? Para que eles servem? Servimos para alguma coisa que venha alegrar o Senhor? O que Ele mesmo dirá naquele dia para os que aqui se atrevem a viver no pecado? “Amarrai-o e lançai-o no fogo”.
        É verdade que isso traz tanto desespero! É verdade sim, mas é salutar. O que aprendemos neste mundo a nosso respeito é mentira. O que aprendemos de Deus a nosso respeito é verdade. O que vamos aceitar? Não é o momento certo para que temamos e tremamos perante o soberano e maravilhoso Deus? Quando os homens entram em desespero perante a verdade revelado, eis que é esse o cenário para que Deus comece a agir de forma salvadora em suas vidas.

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