quinta-feira, 2 de junho de 2016

AS INÚTEIS OBRAS DO PECADO (8)




“As suas teias não prestam para vestes nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de iniquidade, e obra de violência há nas suas mãos” (Isaías 59:6)
        A INUTILIDADE NO VIVER SOCIAL: “...atos de violência há nas suas mãos...”
        Caro leitor, prosseguindo vemos como a inutilidade das obras do pecado aparece: “...e se apressam para derramar sangue inocente”. Ontem dei início a esse assunto, mas convém que eu mostre um pouco mais, porque a nossa tendência é olhar os homens na nossa maneira tão mundana de avaliação. A Palavra é vinda de Deus; o ponto de vista é Dele e não nosso; nós somos os alunos e é Ele nosso Sumo Professor. Por essa razão convém que humildemente aceitemos de bom grado Seus santos ensinos, se é que realmente queremos servir a Ele neste mundo que jaz no maligno.
        As obras do pecado têm consigo um tremendo ódio contra tudo o que se opõe. A mentira não suporta qualquer obstáculo; a mentira é em si mesma dominante e cruel. Uma Jezabel não pode suportar que um Nabote recuse vender a sua vinha, por isso ela há de tomar a força (2 Reis 21). Sendo assim, importa que saibamos que as obras do pecado mostram seus desígnios cruéis quando a verdade aparece para arrancar toda maquiagem. Saulo de Tarso era uma “benção” enquanto servia aos propósitos tiranos dos fariseus, mas assim que sua vida foi transformada pelo poder da graça, eis que agora o perseguidor passa a ser perseguido com um verdadeiro ranger de dentes. A mulher de Potifar se manifesta com seus lábios cheios de mel, a fim de seduzir o jovem José, mas quando a recusa aparece em nome de Deus, eis que a perversidade proveniente de um coração adúltero aparece motivada a atirar um moço inocente na prisão, a fim de ela pudesse livrar sua pele.
        Caro amigo, veja bem que os atos inúteis do pecado não podem conviver com os atos úteis da verdade vinda de Deus. O povo judeu podia ser bem religioso, parecia bem disposto a ensinar os bons princípios da lei de Moisés. Mas perante a luz gloriosa do Salvador, eis que eles foram vistos como filhos do diabo e amantes da mentira, por essa razão não podiam suportar a verdade proveniente da boca do Filho de Deus. (João 8). Qual foi o resultado? Foi de bênção, de harmonia e de paz? Claro que não! Toda aquela raça de religiosos mostrou que tinha seus pés velozes para derramar sangue inocente, pois pegou pedras na tentativa de eliminar o bondoso e fiel Senhor.
        Também, é claro que haverá uma associação com os que têm os mesmos propósitos. Não há desunião na mentira. Os obreiros da iniquidade podem parecer desunidos e convictos de suas crenças e atividades diferentes. Mas quando a verdade aparece na luz do evangelho da glória de Cristo, eis que eles se mancomunam e preparam suas armas para dispararem contra o Deus da verdade. Os caminhos da mentira parecem diferentes, mas a verdade é que no final eles formam um grande rio de imundícies e de perversidades. Os leitores atentos perceberão que a guerra neste mundo sempre se volta contra Deus e contra Seus santos. Sangue inocente é derramado quando as obras de iniquidade se avolumam.
        Estamos vivenciando os dias mais terríveis desta geração, porquanto avança o mistério da iniquidade. De imediato as obras da iniquidade proclamam paz a todos; os iníquos querem estabelecer a paz com todo tipo de pecado. Eles não querem que censurem seus adultérios e fornicações, suas malícias e perversões, seus roubos e todos os atos desonestos. Por quê? Porque o alvo das obras da iniquidade é que todos digam “Amém” e que aceitem tudo, tratando o mal como se fosse o bem.
        Não há como mudar isso, a não ser que desça do céu a compaixão de Deus. Uma Nínive perversa não mudará, por isso precisa de juízo. Mas quando o Senhor envia Sua compaixão, eis que tudo muda com os perversos moradores daquela iníqua cidade. É assim que Deus faz com os pecadores que se arrependem.

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