quarta-feira, 15 de junho de 2016

DESEJO POR UMA VIDA PIEDOSA (7)




“Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51:14-17).
PROCLAMA OS LOUVORES DE DEUS.
        Amado leitor, ninguém poderá proclamar os louvores do Senhor se não conhecer a justiça Dele. A verdade é que Deus é justo e eu sou um perdido; Deus é justo e eu entrei neste mundo para perverter Seus caminhos e tentar pisar em Sua santidade e glória. Deus é justo e aqui vou eu achando que meus trapos de imundície são belos, suntuosos e que causo grande admiração. Bastou a graça soltar Davi um pouco e ele se encheu de presunção, tentou criar uma muralha em torno dos seus direitos e egoísmo, achando que jamais seus pecados seriam odiados e detestados.
Se não fosse a mensagem do evangelho que proclama que Deus é justo, eis que os homens subiriam às alturas da soberba. Satanás faz com os homens soberbos o que as crianças fazem empinando papagaios.
        Amado leitor reitero aqui que os homens jamais proclamarão a justiça de Deus, se não forem descobertos como réus culpados e condenados. Veja Isaías, como sentiu seus próprios pecados e sob a ameaça de cair no inferno, assim que pode contemplar a santidade do Senhor naquela visão tão aterradora para a natureza humana (Isaías 6). A verdadeira piedade cristã ela brota da perfeita justiça, e isso significa que enquanto o homem não experimenta a verdadeira salvação que há em Cristo, é impossível que ele possa viver piedosamente neste mundo. Insisto nesse assunto porque vemos em nossos dias uma profunda ausência de homens e mulheres piedosos. Por que isso? A razão é que o evangelho da glória de Cristo foi deixado e seu lugar tem sido ocupado com uma mensagem humanista. As consequências são graves, porque os homens se tornam mais duros, mais arrogantes, mais rebeldes quando estão vestidos de uma justiça que parece ser de Deus, mas não é.
        Então, se a graça de Deus não abrir a boca do pecado; se seus lábios não forem purificados, mediante a purificação dos seus pecados pelo sangue remidor (Sofonias 3:9). Os homens podem pular, saltar, gritar aleluia e amém, mas tudo isso pode ser resultado das atividades da carne. Os anseios pelo mundo e para assentar à roda das “panelas de carne” do Egito pululam no íntimo do homem não salvo (Êxodo 16:3). Eles veem o caminho para o céu como uma jornada num deserto abrasador, e é certo que eles não querem ficar distante de Sodoma e Gomorra. Os homens mudaram com o tempo? Tornaram-se mais espirituais e mais achegados a Deus? Claro que não! A queda de Davi é a amostra clara do que o homem é capaz de fazer em qualquer lugar e em qualquer época.
        O começo de tudo está na descoberta da nossa nudez espiritual. Deus fez com que toda camuflagem fosse tirada de Davi; Deus não teve dó do Seu servo; Deus não se apiedou daquele que era o homem segundo o coração de Deus. Deus declarou que Davi merecia a morte. O que Davi fez? Foi ele saltar, pular e declarar que amava Deus e que queria viver para adorá-Lo? Não! O rei Assuero não teve nem sequer um pouco de compaixão de Hamã, quando voltou e o viu rogando que a rainha Ester tivesse misericórdia dele (Ester 7). Davi entrou em santa confissão, reconhecendo que Deus é santo, justo, fiel, etc. A solução para Davi era apelar para um Deus misericordioso, que é movido no íntimo para perdoar e aceitar o homem que se arrepende e se aproxima Deus humildemente.

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