terça-feira, 18 de novembro de 2014

PERTO DO REINO, SEM SALVAÇÃO (4)



LUCAS 18:18-23
ELE CHEGA A CRISTO COM UMA LINGUAGEM LISONJEIRA: “...bom Mestre,que farei para herdar a vida eterna?
         Caro leitor estamos vendo como aquele homem chegou a Jesus, aparentemente com desejo de ter a vida eterna, mas suas palavras logo revelaram os segredos de um coração humanista, pervertido, que guardava intenções ímpias. Suas palavras mostram que Ele realmente não buscava a verdade; que no íntimo não tinha fome pela justiça de Deus; que estava ali na presença do Senhor a fim de ostentar seu poderio financeiro e sua religiosidade da aparência.
         Homens assim normalmente são envolventes em suas religiões; são capazes de fazer amizades fortes com elementos interesseiros. Eles são como o rei Acabe, tendo ao derredor pessoas com habilidades para falar-lhe palavras que interessam aos seus ouvidos carnais. Homens assim têm recursos para pagar muito bem aos pastores avarentos, a fim de que orem em favor de seus interesses mundanos. Acabe queria ter Micaías de longe; queria manter os profetas de Deus bem distantes, porque não queria ser descoberto em suas reais intenções de poder, fama e glórias às custas do sofrimento dos outros.
         Então, aquele homem se depara, não com um profeta como Elias, Eliseu, Micaías e outros homens de Deus do passado. Ele compareceu perante o Sumo profeta. Aquele que estava ali perante a sua face incrédula era o próprio Deus. Um profeta humano, mas fiel seria suficiente para desbravar seu coração. Mas acontece que muitos homens de Deus, devido sua fraqueza, algumas vezes são vencidos pelos homens. Mas nosso Senhor não. Aquele homem chegou trazendo palavras melosas, bonitas, atraentes. Ali estava o velho homem querendo agir como o diabo agiu; ali estava o velho adão no anseio por glórias humanas, querendo ser exaltado pelo homem, querendo obter melhor plataforma para alcançar seus desígnios cruéis, querendo mais favores para continuar sua jornada de impiedade.
         Ó quanto o homem quer se exaltar no pecado! Ó quanto ele quer subir às alturas, a fim de ser igual a Deus! Ó quanto segue firmemente o caminho do engano, da manipulação religiosa, da disposição de encarar e desafiar os atributos divinos! Ó como no pecado os homens lançam fora qualquer temor e não reconhecem que não passam de meros mortais! Suas intenções malignas ficam encobertas aos olhos dos homens, mas não podem prevalecer quando estão diante da luz penetrante e cortante do evangelho da glória de Cristo. Foi assim com aquele homem rico; ele foi ao encontro de um homem – Jesus; não foi Jesus que foi ao encontro dele. Não houve ali um encontro entre a graça e a fé, mas sim um encontro da incredulidade perante o Senhor, o qual conhece de longe o soberbo.
         Esses encontros normalmente resultam em maiores prejuízos para os corações incrédulos. Quando Félix se postou para ouvir a mensagem de Paulo, nada houve ali de atração para o governador. Ao querer ouvir um homem, sua incredulidade ouviu palavras desagraveis de juízo, por essa razão fugiu. A incredulidade é assim, ela se espanta e foge como uma víbora que sente o calor do fogo. A incredulidade só se sente bem enquanto transita pelo tapete mundano; não pode suportar a presença da luz e prefere viver na escuridão como vivem os morcegos.
         Ó meu caro leitor, como tem sido sua reação diante da verdade que nos foi revelada? Há um santo prazer em seu coração diante do evangelho? É tesouro para sua alma? Cuidado com os lugares pintados de cores reluzentes! Cuidado com satanás, porque espertamente ele cria ambientes que parecem de luz, mas não passa de mentiras, porque seu alvo é atrair corações soberbos para o caminho da perdição e mantê-los longe, o mais distante possível da salvação.

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