“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
Prezado amigo, que sua alma seja
atraída para os encantos do Rei da glória! Os salvos foram aperfeiçoados Nele,
e nossas vidas encontram satisfação somente Nele. Não há como ser um crente
Nele e ainda dividir o amor ao Senhor com o mundo. João deixa bem claro que
“... se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1João 1:15). São
chamados de infiéis, os que querem possuir dádivas mundanas e que ao mesmo
tempo carregam o nome de fiéis. Como o Espírito do Senhor sente ciúmes! (Tiago
4:4,5). O amor perfeito do Senhor pelos Seus santos traz consigo perfeita
disciplina, a fim de que a pureza da noiva seja conservada e naquele Dia ela
seja apresentada pura e incontaminada (Efésios 1:4).
Se você, amigo leitor carrega um
coração mundano e ainda confessa pertencer a Cristo, saiba que a ausência de
disciplina em sua vida indica o fato que você não pertence a Cristo. O amor ao
Senhor mostrado nas vidas dos santos é a prova clara que somos realmente
crentes. Atividades e mais atividades religiosas podem estar sendo usadas para
encobrir as maldades de um coração mundano e pervertido, entretanto, o Senhor
conhece os que Lhe pertencem e Ele ordena que os Seus se apartem da iniqüidade
(2 Timóteo 2:19).
Mas eu posso ir mais longe ao afirmar
que os santos de Deus lutam de forma atroz contra o poder da carne, e quão
necessária é essa luta! A carne precisa ser mortificada se quisermos andar rumo
à glória. Posicionemos para a batalha diária contra a carne! A viagem rumo à
glória é o caminho estreito da dificuldade, renúncia e batalha contra ferozes
inimigos que nos odeiam e que almejam destruir os santos. Até à entrada da Nova
Jerusalém não podemos largar nossas armas espirituais, portanto, equipemo-nos
com toda verdade, justiça, santidade, humildade e ousadia na fé bíblica. Uma
vida parada e amoldada aos padrões da carne não cabe aos santos.
Essa confissão: “Eu sou do meu Amado, e
o meu Amado é meu”, expressa santidade prática no viver. Um viver genuinamente
santo indica que somos totalmente do Senhor. Tem uma solicitação mais clara do
que essa por parte do Senhor para Seu povo? Tanto no Novo, como no Velho
Testamento a ordem do Senhor aos crentes é a mesma: “Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes
tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em todo o vosso procedimento, porquanto está escrito: Sereis
santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1:15,16). Somos Dele, propriedade de amor
eterno Dele, portanto, Ele exige de nós separação completa e em todos os
aspectos de nosso viver. Santidade não é algo apenas da aparência; não é uma
imposição de uma organização religiosa. Santidade é algo positivo, atitude de
um coração santificado onde habita o Senhor. Santidade é a beleza, o adorno, os
enfeites da perfeição de Cristo em nós. Santidade é o bom perfume de Cristo,
irradiando vida, prazer, amor e alegria. Santidade é contagiante, é luz que
brilha fazendo com que as trevas desapareçam
e
colocando as coisas em seus devidos lugares. Mesmo em meio à atmosfera de ódio,
a vida santa de João Batista trouxe o respeito do maligno e adúltero Herodes; a
firmeza e pureza de vida de Daniel trouxe ao reino dos Medos e Persas a
segurança tão necessária. O mundo odeia santidade, mas é essa presença de
Cristo por meio dos santos que tanto tem beneficiado este mundo ingrato e
perverso.
Amado leitor, eis aí o significado desse
verso de Cantares na prática: “Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é meu”. Vida cristã é obra de arte da graça (Efésios 2:10) e toda imitação
logo será revelada como algo falsificado. Tudo começa quando um pecador
arrependido encontra o Salvador bendito.
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