terça-feira, 18 de novembro de 2014

A DIFERENÇA FEITA PELA CRUZ (20)




 “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gálatas 5:24).
Paixão e concupiscência – a diferença: “...com as suas paixões e concupiscências”:
         Prezado leitor estou chegando ao fim da abordagem em torno desse incrível e precioso verso de Gálatas 5:24. Para mim é motivo de gozo e regozijo ver o povo de Deus sendo edificado na verdade. Fui chamado para pregar o evangelho da glória de Cristo num momento quando a “infecção” da apostasia tem se alastrado na sociedade e nas igrejas e tem desafiado os mais poderosos “antibióticos” inventado pelos religiosos. O poderoso evangelho da glória de Cristo (2 Coríntios 4:4) é a única arma capaz de derrotar satanás e destruir todo arsenal inimigo: “Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo” (Salmo 46:9).
         Tenho me esforçado em mostrar aos meus leitores a diferença entre “paixão” e “concupiscência”. Terminei a abordagem anterior mostrando que as concupiscências incendeiam as paixões. Percebe-se que a função do pecado é utilizar as normalidade das paixões e transformá-las em focos de concupiscências. Eis aí o reino do pecado! Eis aí o modo como que a iniquidade promove seu paraíso de prazer! Eis aí a forma como os súditos do pecado vivem impregnados dessa vanglória de prazeres que vêm e vão e são continuamente transformados em terrores da morte! (Romanos 6:23). Para Judas a paixão pela fama e pela fortuna fez com fosse transformada em concupiscência. Aquela brasa foi constantemente ativada por satanás em seus sentimentos. No princípio tudo era normal; parecia que seus desejos eram santos e próprios, pois era contado entre os apóstolos do Senhor. Mas, logo o fogo foi se avolumando e o anseio pela fortuna e pelos prazeres foi tomando forma. Não demorou muito para que aquilo que o que fora concebido em seu coração tomasse a forma de pecado por fora. Aquele que antes parecia um apóstolo e amigo do Senhor mostrou-se ser um traidor e filho da perdição.
         Estou certo que muitos vivem religiosamente enganados e não percebem que a concupiscência por algum tipo de iniquidade está em forma embrionária em seu íntimo. Quão inocente e puro parecia ser o rei Joás (2 Crônicas 24). Enquanto seu tutor – Joiada vivia, Joás parecia ser o rei que Jerusalém precisava. Aliás, a forma como ele foi preservado foi providencialmente de Deus. Mas, naquele coraçãozinho inocente carregava um ódio mortal contra Deus e um ardente amor pela fama e prazeres. Assim que Joiada morreu, tudo o que estava oculto em seu coração apareceu. Assim Joás mostrou que era um lobo enjaulado e um verdadeiro assassino.
         Mas os verdadeiros e genuínos crentes não estão isentos dos perigos da concupiscência da carne. Se as obras da carne não forem encaradas na vitória da cruz; se alguém que afirma ser crente atrever a brincar com os prazeres, certamente depararão com a força do inimigo. Sem o poder da graça, nós que somos fracos, quão fracos realmente somos! Quando o rei Davi deixou de estar na batalha para ficar ocioso em casa (2 Samuel 11:1), as concupiscências simplesmente amordaçaram sua mente e trouxe à lume todos os anseios que o engano do pecado costuma chamar de “meus direitos”. Aquela experiência foi amarga para um servo de Deus por todo resto da sua vida.
         Caro leitor, o espírito de libertinagem tem invadido os arraiais evangélicos e levados muitos ao engano de pensar que podem satisfazer suas concupiscências. Não há mais vestígios de temor e tremor de Deus nos cultos! Corações inflamados de paixões mundanos têm enchido as igrejas e atraído as maldades da carne para os lugares santos. Mas digo e afirmo que os verdadeiros crentes não podem tolerar o mal. Faz parte da nova natureza amar a justiça e odiar a iniquidade. Os santos verão o Senhor face a face, por isso amam santidade!
          

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