“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de
ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente
com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
Caro leitor, não
devemos esquecer que a maior luta de satanás contra a verdade revelada é
publicar ao mundo uma mensagem humanista, carregada de justiça humana.
Paulatinamente a justiça própria vai ganhando terreno e enchendo o mundo de
trevas, de ignorância e de ditadores religiosos. Aos poucos satanás semeia a
melosa e venenosa justiça própria por meio do falso evangelho. O Falso
evangelho é em sua essência, justiça própria. A mensagem religiosa de satanás é
justiça própria. A mensagem humanista do mundo como vemos hoje é justiça
própria.
O evangelho que mais
lisonjeia a carne e atrai a multidão é o evangelho da justiça própria. O que é
justiça própria? É o ser humano tentando tirar da imundícia alguma coisa boa
(Jó 14:4). É o homem saindo do seu esconderijo e se apresentando disfarçado
perante Deus, encobrindo sua nudez espiritual e afirmando que não é tão culpado
assim. É o homem dirigindo ofensas a Deus e desprezando Sua mensagem salvadora
por meio do Seu Filho bendito. É a rebelião humana contra a religião celestial;
é a tentativa humana de tomar de Deus a glória que pertence tão somente a Ele.
A justiça própria
aparece em forma de tradição. Biblicamente os fariseus são exemplos de como
o ser humano pode fabricar seu próprio sistema religioso e enfeitiçar corações
com suas tradições. Aparece em forma de sacrifícios. A justiça própria pode
levar o homem a extremos atos de sacrifícios como acontece no mundo e aqui no
Brasil.
A justiça própria
aparece em forma de mercador espiritual. É a disposição do homem em tentar
adquirir coisas espirituais por meio dos seus bens materiais. O jovem rico
claramente exibia sua condição de comprar o que quisesse com sua fortuna, até
mesmo um lugar na vida eterna (Lucas 18:18-23). Ela aparece em forma de zelo
sem entendimento. Saulo de Tarso foi um exemplo disto. Cegado no coração pela
incredulidade, pensava que tudo o que fazia na sua religiosidade era feito para
Deus (Filipenses 3:6).
A justiça própria
aparece em forma de adoração. Os cânticos, louvores, orações, levantar de
mãos, etc., podem ser atitudes da carne para promover uma paz religiosa a
corações mundanos, em guerra contra Deus. Quão sutil é a justiça própria! Não
passa de ser o enganoso coração humano forjando meios para encobrir sua
drástica situação perante Deus. É uma pintura espiritual por fora para encobrir
a sujeira da casa por dentro. Ela concede uma paz momentânea, mas que se torna
a mais perigosa paz que existe.
A justiça própria
na sua obstinação é uma tentativa de enganar a Deus. Mais do que isso, ela
é contaminadora, perversa e idólatra. Ela encobre a real situação do homem no
pecado e serve de um gostoso “colchão” que mantém o pecador no sono que o
transporta para o abismo eterno. Na salvação do pecador o homem lança fora
todos os seus fétidos trajes de justiça própria. Eles são imundos diante do
Senhor. O pecador que busca a salvação chega com toda sua sujeira perante o
Bendito Salvador, em sincera confissão, buscando de todo seu coração a completa
limpeza e purificação da sua alma.
Caro leitor, toda
minha luta tem como meta tirar todos os tropeços de sua frente, a fim de
mostrar o glorioso caminho do arrependimento. Certamente a verdade de que
alguém foi até à cruz para ocupar o lugar de perdidos pecadores, em nada é
agradável à natureza arrogante do homem. Mas a mensagem do evangelho nos
humilha, mostra nossa ruína e dissipa toda esperança em nós mesmos a fim de que
homens e mulheres arrependidos corram para o Salvador bendito e invoquem Seu
glorioso Nome para serem salvos!
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