“Eu nasci na
iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” Salmo 51:5
Esta confissão de Davi não foi uma tentativa de se justificar pelo que ocorrera
quando adulterou com Bate-Seba. Foi uma profunda descoberta do real estado no
pecado. Ali estava um homem segundo o coração de Deus que foi ao fundo do poço
para descobrir quem ele era e de onde veio. Ali estava um genuíno crente que
amava seu Deus e que queria de volta a alegria da sua salvação.
A doutrina da depravação do homem no pecado é o mais odiado de todos os ensinos
da bíblia. A lei de Deus faz o glorioso trabalho de desbravar o estado do homem
no pecado e mostra o horror do coração de todos. Davi mostra no verso lido que
sua situação na iniquidade é desde o nascimento e que sua condição no pecado
foi desde que sua mãe ficou grávida dele. Quem gosta de ouvir a respeito disso?
A pregação moderna adorna o homem de flores religiosas e prescreve paliativos
para os problemas do homem. O resultado é terrível com profunda ausência de
temor a Deus e profanação do Nome Dele e da Sua Palavra. Sem o conhecimento da
verdadeira condição do homem no pecado não teremos conversões genuínas
trazendo, com efeito, piedade, temor e santidade.
O povo de Deus precisa conhecer o que é o homem no pecado. Cada crente precisa
conhecer a si mesmo em Adão como precisa conhecer a si mesmo em Cristo. Satanás
se fortalece com a ignorância dos crentes nessas verdades tão preciosas e
axiais para nosso viver. Habitamos ainda neste corpo pecaminoso com uma
natureza inclinada a descer, e cada crente é convocado à guerra contra a
investida do maligno pecado (Colossenses 3:5). Cada dia numa dependência
profunda do poder da graça é o segredo para livrar o santo de Deus dos perigos
que lhe rodeiam. Muitos são os crentes que tem chorado e lastimado por causa de
terríveis quedas no pecado. Fomos salvos pela graça e vivemos pela graça.
Tomemos a atitude de Paulo: “Quando sou fraco, então sou forte”.
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