“Não retarda o Senhor a Sua
promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para
convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem
ao arrependimento” (2 PEDRO 3:9)
A DEMONSTRAÇÃO DA PACIÊNCIA: “...senão
que todos cheguem ao arrependimento”
Caro
leitor, vemos o quanto esse verso nos revela as maravilhas da graça! Vemos a
gloriosa e soberana vontade de Deus em plena ação e vemos o quanto Ele está
usando tudo, até mesmo os inimigos, a fim de que Seus planos eternais sejam
compridos. Anjos e homens caídos, sem saber estão trabalhando para dinamizar a
glória de Deus em todo universo e para que o povo eleito do Senhor seja
alcançado. Caro leitor, quando pela fé encaramos as Escrituras, então nossa
visão é aberta paulatinamente, a fim de ver que não é satanás quem está no
comando; não são os grandes deste mundo, pois tudo isso não passa de mero pó na
balança divina (Isaías 40). Durante os anos tudo e todos estão sendo movidos no
cumprimento dos santos, soberanos e eternais propósitos; nada pode frustrar o
Senhor e nunca houve nem haverá um instante sequer na história, quando Deus
será surpreendido.
Agora
vamos checar bem a parte final do verso, pois ali vemos o quanto Deus, em Sua
história de amor e de juízo demonstra Sua paciência. A Palavra de Deus não
somente tem por meta mostrar os planos de Deus, os quais foram idealizados na
eternidade, como também mostra isso na prática. Nossa intenção final é mostrar
a grandeza e força dessa verdade no meio dos homens e como isso realmente
acontece. A frase final revela exatamente aquilo que nosso Senhor sempre
proclamou e que Seus apóstolos fielmente manifestaram perante os homens. Vem à
nossa mente o que Ele disse aos arrogantes religiosos, quando entrou na casa de
um publicano: “Não vim chamar justos, mas sim pecadores ao arrependimento”
(Mateus 9). Caro leitor, não esqueçamos que a doutrina sempre mostra sua força
na prática e é na pregação do evangelho,
como a bíblia ordena, que vemos como Deus está revelando no meio dos homens a
grandeza da Sua longanimidade, quando convida homens e mulheres ao arrependimento.
Quero
agora esforçar-me para mostrar como isso acontece. Vejo que o Senhor demonstra
Sua paciência na Sua força contra os inimigos: “...nenhum pereça...”. Essas
duas palavras são sobremaneira importantes e fortes. Elas sublinham profundamente
a força da conquista da cruz, pois foi ali que o Cordeiro de Deus deu o golpe
certeiro e fatal contra tudo aquilo que parecia ser completa derrota. Ora, quem
é capaz de derrotar o pecado e Seus efeitos terríveis? Quem pode enfrentar os horrores
da morte e do inferno? Quem pode encarar satanás e suas hostes perversas e
homicidas? Homens e mulheres não passam de meros mosquitos diante desses
terríveis poderes que neste mundo os controlam e que os aguardam no sofrimento
eterno. Mas, foi o braço forte do Senhor; foi quando o próprio Deus deixou o
céu e na mais profunda e inexplicável humilhação se tornou homem e veio a este
mundo para remir homens e mulheres dessa condição tão triste. Foi o Cordeiro
amado que realmente amou um povo e se entregou a Si mesmo para comprar com Seu
sangue um povo. Sua conquista foi a mais gloriosa e triunfante que já existiu,
porque foi sozinho, em profunda humilhação; aparentemente vencido e derrotado,
e na visão de satanás e do mundo, a vitória das trevas tinha sido consumada ali.
Mas a verdade é que nada pode explicar o triunfo da graça, porquanto todo reino
inimigo foi pego de surpresa com o golpe dado contra a morte.
O
alvo do Senhor era enfrentar todos esses horrores sozinho, e assim foi. Ele foi
à cruz, a fim de impedir que cada pecador por quem Ele morreu viesse a perecer.
Ele simplesmente tomou toda raça eleita pela mão e impediu que eles caíssem no
inferno. Sozinho Ele veio e sozinho enfrentou toda flechada da Ira de Deus, a
fim de cada pecador salvo escapasse de uma eternidade de sofrimento e dor; para
que nenhum deles fosse banido da Ira de Deus.
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