segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A PACIENCIA DE DEUS (15)


Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 PEDRO 3:9)
A DEMONSTRAÇÃO DA PACIÊNCIA: “...senão que todos cheguem ao arrependimento
         Caro leitor, vemos o quanto esse verso nos revela as maravilhas da graça! Vemos a gloriosa e soberana vontade de Deus em plena ação e vemos o quanto Ele está usando tudo, até mesmo os inimigos, a fim de que Seus planos eternais sejam compridos. Anjos e homens caídos, sem saber estão trabalhando para dinamizar a glória de Deus em todo universo e para que o povo eleito do Senhor seja alcançado. Caro leitor, quando pela fé encaramos as Escrituras, então nossa visão é aberta paulatinamente, a fim de ver que não é satanás quem está no comando; não são os grandes deste mundo, pois tudo isso não passa de mero pó na balança divina (Isaías 40). Durante os anos tudo e todos estão sendo movidos no cumprimento dos santos, soberanos e eternais propósitos; nada pode frustrar o Senhor e nunca houve nem haverá um instante sequer na história, quando Deus será surpreendido.
         Agora vamos checar bem a parte final do verso, pois ali vemos o quanto Deus, em Sua história de amor e de juízo demonstra Sua paciência. A Palavra de Deus não somente tem por meta mostrar os planos de Deus, os quais foram idealizados na eternidade, como também mostra isso na prática. Nossa intenção final é mostrar a grandeza e força dessa verdade no meio dos homens e como isso realmente acontece. A frase final revela exatamente aquilo que nosso Senhor sempre proclamou e que Seus apóstolos fielmente manifestaram perante os homens. Vem à nossa mente o que Ele disse aos arrogantes religiosos, quando entrou na casa de um publicano: “Não vim chamar justos, mas sim pecadores ao arrependimento” (Mateus 9). Caro leitor, não esqueçamos que a doutrina sempre mostra sua força na prática e é na  pregação do evangelho, como a bíblia ordena, que vemos como Deus está revelando no meio dos homens a grandeza da Sua longanimidade, quando convida homens e mulheres ao arrependimento.
         Quero agora esforçar-me para mostrar como isso acontece. Vejo que o Senhor demonstra Sua paciência na Sua força contra os inimigos: “...nenhum pereça...”. Essas duas palavras são sobremaneira importantes e fortes. Elas sublinham profundamente a força da conquista da cruz, pois foi ali que o Cordeiro de Deus deu o golpe certeiro e fatal contra tudo aquilo que parecia ser completa derrota. Ora, quem é capaz de derrotar o pecado e Seus efeitos terríveis? Quem pode enfrentar os horrores da morte e do inferno? Quem pode encarar satanás e suas hostes perversas e homicidas? Homens e mulheres não passam de meros mosquitos diante desses terríveis poderes que neste mundo os controlam e que os aguardam no sofrimento eterno. Mas, foi o braço forte do Senhor; foi quando o próprio Deus deixou o céu e na mais profunda e inexplicável humilhação se tornou homem e veio a este mundo para remir homens e mulheres dessa condição tão triste. Foi o Cordeiro amado que realmente amou um povo e se entregou a Si mesmo para comprar com Seu sangue um povo. Sua conquista foi a mais gloriosa e triunfante que já existiu, porque foi sozinho, em profunda humilhação; aparentemente vencido e derrotado, e na visão de satanás e do mundo, a vitória das trevas tinha sido consumada ali. Mas a verdade é que nada pode explicar o triunfo da graça, porquanto todo reino inimigo foi pego de surpresa com o golpe dado contra a morte.

         O alvo do Senhor era enfrentar todos esses horrores sozinho, e assim foi. Ele foi à cruz, a fim de impedir que cada pecador por quem Ele morreu viesse a perecer. Ele simplesmente tomou toda raça eleita pela mão e impediu que eles caíssem no inferno. Sozinho Ele veio e sozinho enfrentou toda flechada da Ira de Deus, a fim de cada pecador salvo escapasse de uma eternidade de sofrimento e dor; para que nenhum deles fosse banido da Ira de Deus.      

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