“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de
ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente
com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
Caro leitor, minha
esperança é que esse tema seja bem recepcionado em seu coração. Quando perante
os olhos santos e justos do Senhor vemos nossa própria indignidade e imundície,
certamente há de brilhar a preciosidade de Cristo perante nossos olhos. O
Cordeiro Amado nada tem de valor para os corações endurecidos, porquanto o real
valor do Seu glorioso ministério só é avaliado e aceito por homens e mulheres
que já conheceram sua triste condição em Adão, conforme o testemunho visto
nesse hino:
Minha
condição tão triste conheceu meu Salvador.
Que do céu
desceu à terra para ser meu Redentor.
Oh! Quão
grande é o amor do meu Senhor!
Caro leitor é
impossível conhecer a Justiça perfeita do segundo Adão, sem que sejamos
humilhados por nossa culpa, sujeira e merecida condenação. Ah! Que mudança
gloriosa acontece quando Deus arranca nossos trajes tão imundos e nos cobre
completamente dessa veste tão pura, tão alva! Caro leitor medite nesse Cordeiro
perfeitamente aprovado pelo Pai! É cercado de nossa própria indignidade que Sua
presença de amor, ternura e compaixão nos cerca! Tudo foi conquistado na cruz
por Ele! Basta Seu sangue purificador e mais nada! Basta a obediência Dele na
cruz para que sejamos revestidos de um viver obediente! Basta o Seu completo
triunfo para que sejamos triunfantes em nossa jornada pelo caminho seguro!
Ora, o que posso falar
mais a respeito desse doce e meigo Cordeiro? Como um pobre como eu poderá
descrever as riquezas infinitas da graça? Como poderá uma gotícula de miséria
descrever um oceano de amor? O que posso fazer é convidar os meus leitores para
que cheguem perto da cruz! Não há humilhação tão desejável! Não há melhor
maneira de subestimar e desbaratar toda jactância! Basta pisar perto do
território da cruz para que a alma seja cercada de uma atmosfera de glória!
Enquanto as fogueiras desse mundo estiverem acesas, ah quanto desejamos mais
festas terrenas! Ah! Como tudo parece tão desejável e belo ao nosso derredor,
sem que percebamos quão pobres e miseráveis somos!
Mas, o convite do
evangelho é desprovido de qualquer satisfação carnal, quando comparado ao
convite mundano. O convite do evangelho mostra um prato de hortaliça, enquanto
o mundo exibe seu boi cevado (Provérbios 15:17, mas o simples prato de
hortaliça é apenas o início do banquete de amor, enquanto o boi cevado deste
mundo esconde a face cruel de satanás. A mensagem do evangelho é tão simples,
pois convida o sedento: “Ah, vós que tendes sede, vinde às águas...!”.
Caro leitor, avaliemos
a justiça de Deus. Nossos padrões não servem; nossos princípios religiosos de
nada valem porque a balança é de Deus. A santa lei já declarou e continua a
declarar nossa culpa, maldição e condenação. O prumo de Deus já foi colocado e
nossas almas foram vistas tortas. Mas, eis que a doce mensagem proclama em alto
e bom som: “Cristo morreu pelos nossos pecados...”. Pode você ouvir essa
verdade na alma? Pode você entender no íntimo o quanto essa declaração queima
nosso orgulho próprio? Veja amigo, o que levou o Cordeiro amado à cruz? “...nossos
pecados...”. Silenciemo-nos diante dessa sublime verdade!
Será que você tem
coragem de afastar-se? Será que está pronto a fugir como Caim e desprezar a
entrada do paraíso? Será que você sozinho pode assumir toda culpa? Quanto você
pensar que é o único que levou o Justo a sofrer e pagar pelos pelas suas
culpas, eis que você saberá logo que não está sozinho, pois uma multidão
proclamará com você em alta voz: “Cristo morreu pelos nossos pecados!”
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