“Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces
da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para
sempre, porque tem prazer na misericórdia” MIQUEIAS 7:18-20
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, que o
martelo da pregação continue batendo! Estamos na luta intensa, a fim de que as
maravilhas da graça venham do céu sobre a terra; para que os grandes feitos
eternos do Senhor venham a ser notícia apreciada às almas. Essa notícia de um
Deus que salva homens e mulheres da perdição eterna está contada em toda
Escritura, por isso essa luz precisa ser colocada nos corações dessa geração
tão ofuscada pelas vanglórias religiosas e econômicas tão prometidas por
satanás em nossos dias.
Miquéias foi um
profeta que viveu nos dias de Isaías (Cap.1). Parece que morreu quando Isaías
iniciou seu ministério. Enquanto Isaías teve um ministério voltado ao sul
(Judá), Miquéias dirigiu sua pregação tanto ao reino do sul como ao reino do
norte (1:1-5). O livro do profeta Miquéias é profundamente esclarecedor da
situação espiritual de Israel naqueles dias. Quando parecia que a maldade
resultante da idolatria atingia somente Samaria, Jerusalém estava sendo
contaminada pela influência dessa maldade e isso entristeceu profundamente o
profeta que era do reino do sul (1:8,9). Foi nessa atmosfera de advertências
acerca dos juízos de Deus que no final do livro o profeta ressalta as
misericórdias de Deus.
Caro leitor, tomo esse
livro nesse texto, porque a mensagem tanto de Miquéias, como de Isaías precisa
ser pregada em nossos dias. Estamos vivendo num período maligno quando as
ameaças de Deus chegaram até nós. Muitos crentes e pastores sérios até já estão
“olhando para cima”, concluindo que estamos no fim e que não vai tardar para
que Cristo volte, a fim de buscar Seu povo e trazer o juízo merecido às nações.
Mas, enquanto o juízo final não chega; enquanto estivermos transitando por este
mundo carregado de maldades, importa que a mensagem dessa misericordiosa salvação
continue sendo publicada. Claro que os santos estão cheios da esperança da
glória! Claro que eles aguardam essa abençoada retirada dessa zona de juízo,
assim como Ló foi sacado de Sodoma.
Mas, eis que o Deus da
salvação ainda não retirou Seu braço forte de salvar; ainda têm perdidos que
serão resgatados da perdição. Grande é a longanimidade do Senhor; como o oceano
é Sua misericórdia; grande e poderosa é Sua salvação para atrair milhares ao
arrependimento. Então, não creio que é o momento de subir, mas sim de descer
até ao vale de ossos secos (Ezequiel 37), e contemplar este mundo morto em seus
pecados, mas como o local certo onde o Senhor pode mostrar Seus atos soberanos
e inauditos.
Caro leitor, creio que
devo ser ainda mais persuasivo em meus argumentos. Digo e afirmo que os pecados
e os resultados do pecado são os mesmos, tanto agora como nos dias de Miquéias
(7:1-6). Nos dias de Miquéias Deus tratou Jerusalém como se fosse Sodoma e
Gomorra (Isaías 1:9), uma cidade bem amadurecida para o juízo. A única razão de
Deus não ter destruído este mundo, é porque Ele ainda tem um povo remanescente
que está sendo chamado pelo evangelho para o arrependimento. Não há diferença,
caro leitor, pois o mundo no qual vivemos agora não é melhor nem pior do que o mundo
de outrora. Não importa se hoje o viver é mais sofisticado, mais tecnológico,
mais culto do que 3 mil anos atrás. O pecado é o mesmo. O pacote pode ser belo,
mas o produto é o mesmo.
Então, creio que mesmo
tendo a luz da cidade santa brilhando em forma de real esperança em nosso ser,
certamente a mensagem dessa poderosa salvação de Deus deve continuar. O Senhor
ainda está assentado em Seu trono de misericórdia! Esse trono foi feito com
todo material eterno da graça salvadora; tudo ao Seu derredor está cheio de
perdão, justiça, santidade, amor e aceitação. Então, nossa voz não deve parar e
nosso coração deve estar carregado de intensa compaixão do amor de Cristo pelos
pecadores!
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