quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A MENSAGEM DO CÉU (11)


         “Fiel é a Palavra e digna de inteira aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15)
         Caro leitor, não podemos esquecer que a mensagem do evangelho é a mensagem mais importante das Escrituras, porque todo documento é para provar a verdade que “...Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores...”. Reitero isso porque nossa tendência é sempre esquivar dessa verdade e buscar nossos próprios métodos; sempre queremos curtir nossas habilidades para atrair os homens e buscamos bênçãos de Deus sobre essas inovações.
         Digo mais que a mensagem do céu é a mensagem salvadora, porque o próprio texto mostra isso: “...para salvar...”. Vejamos bem que é uma salvação soberana, porque o evangelho atua neste mundo com o objetivo bem definido, bem traçado na eternidade: “...salvar...”. Então, aprendemos que o evangelho em si mesmo é suficiente, poderoso para realizar os propósitos santos e soberanos. Paulo estava certo que o evangelho pregado por ele era em si suficientemente capaz. Paulo não tinha que inventar, adicionar suas espertezas e habilidades naturais. Óbvio, o apóstolo sabia como lidar com judeus e gentios, mas jamais mudava o conteúdo da mensagem, a fim de favorecer e atrair as pessoas. Todos seus esforços partindo dele mesmo tinham como objetivo ficar frente a frente com as pessoas, a fim de levar com pureza aquilo que recebera do Senhor.
         Caro leitor estou certo que o evangelho pregado em nossos dias é um evangelho fabricado no quintal de satanás, porque é bem urdido de humanismo. O Jesus moderno, tão bem aceito no cenário evangélico atual não passa de um deus patético, decepcionado com a incredulidade e que agora tem cedido às necessidades sociais da população. Mas, a verdade é que o evangelho pregado por Paulo e apresentado pelo Senhor da glória é um evangelho soberano. É o poderoso evangelho que entra no mundo como fogo para queimar toda vaidade e desfazer todo alicerce falso montado por satanás. O evangelho é suficiente para entrar neste cemitério, a fim de dar vida aos mortos. É exatamente essa a lição que nosso Senhor transmite em todo cap. 5 de João. Ali Ele mostra que a Palavra de Deus tem a força de conceder vida aos mortos. Em Hebreus 4:12 o escritor inspirado afirma que a Palavra de Deus é viva e eficaz. Se ela é viva, então nossa confiança está na suficiência e eficácia desse evangelho.
         Digo mais que aqueles que foram chamados à pregação devem ser pessoas que em suas vidas provaram o poder vivificador da Palavra. Deus chama homens que foram transformados pelo poder da Palavra e a eles o Senhor confia esse tesouro puro. Homens que estão convictos de que foram chamados para essa função santa e celestial são trabalhados, disciplinados e humilhados, para que jamais confiem neles mesmo, e sim no Deus que ressuscita os mortos (2 Coríntios 1:9). Não é fácil carregar no coração e ter nos lábios a chama do fogo celestial, porque o mundo e as forças das trevas se voltam contra os emissários dessa verdade transformadora. Qualquer confiança na sua capacidade, na oratória e nas habilidades deve ser completamente destruída, porquanto a força é absolutamente do evangelho e não do homem.

         Mais do que isso, aqueles que são chamados à pregação devem lembrar que Deus coloca Seu tesouro em vasos de barro. Ora, Deus faz dos Seus servos instrumentos da Sua compaixão e santidade. Seus corpos são como que fornos onde o evangelho passa e ali é assado nas brasas das entranhas de compaixão do Senhor. Por isso os homens chamados à pregação da verdade revelada, devem estar continuamente curtidos na palavra e na oração. Seus pensamentos e emoções devem brotar dessas verdades e sentimentos que partem do coração Daquele que a Si mesmo se entregou na cruz. Todo componente desse evangelho deve fazer parte de seu viver. Toda perfeita justiça, toda verdade, a plenitude desse evangelho e, enfim toda glória e grandeza da tão grande salvação deve ser o tesouro que habita em seu ser, a fim de que possa pregar, pregar e pregar toda verdade de Deus num mundo envolvido em densas trevas. 

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