“Fiel
é a Palavra e digna de inteira aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para
salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15)
Caro
leitor, a mensagem do céu tem como objetivo salvar; é mensagem triunfante,
poderosa nela mesma, porquanto esse evangelho é a dinamite de Deus (Romanos
1:16). Estamos firmados nessa verdade que Deus confiou aos servos chamados por
Ele. O evangelho é o tesouro de Deus e tal tesouro não é confiado a qualquer
um: “como
pregarão se não forem enviados?...” (Romanos 1:15).
Mas
o texto nos fornece mais alimentos bem substanciais. A mensagem do evangelho,
conforme Paulo tem um objetivo bem definido: “...salvar os pecadores...”.
Oh, se pudéssemos entender a profundidade desse ensino! Em nossos dias
recebemos fortes influências desse evangelho tão humanista, que não conseguimos
discernir bem essa linguagem do Espírito de Deus. O que vem à nossa mente
quando pensamos sobre “os pecadores”? Não é verdade que
tomamos à dianteira e achamos que somos mais sábios do que o Espírito de Deus?
Que fiquemos prostrados aos pés do nosso Sumo professor, aprendendo Dele e com
Ele. Mas, eu sei que o atrevido humanismo moderno ousa acreditar que o Senhor
está assentado e que está sendo ensinado a aceitar a nova e moderna mentalidade
evangélica. Eles escancararam a porta estreita, derrubaram-na e alargaram o
acesso dos homens a Deus.
Mas,
caro leitor voltemos com santa humildade para aprendermos nessa faculdade da
graça. Confessemos nossa insensatez e o fato que somos apenas iniciantes e que
precisamos nos humilhar profundamente, se é que queremos realmente receber de
Deus seus insondáveis tesouros da graça.
Quem
são esses pecadores, conforme o texto nos mostrou em rápidas palavras? A
palavra é de Deus e sendo assim devemos penetrar em Seus santos pensamentos.
Creio que esses pecadores são aqueles tratados por Deus como verdadeiros
pecadores. Ora, nós olhamos as coisas do nosso ponto de vista, por isso
achamos que os pecadores são os melhores homens; são aqueles que nós
consideramos serem eles pessoas ideais para a salvação. Mas, para Deus há
diferença, porque Ele faz distinção entre pecadores e pecadores. Poderemos
dizer que, no grupo que com Saulo de Tarso ia em direção à Damasco (Atos 9),
para Deus somente Saulo era o pecador, os outros foram deixados fora
nessa santa discriminação. Ora, o Soberano faz isso, e quem somos nós para
achar que Ele foi errado nessa decisão? Voltemos agora para aquele incidente da
crucificação, pois ali tinham dois homens que foram crucificados, porém só para
o Senhor era um pecador, o outro não.
Posso
avançar pela história bíblica a fim de saudar esses pecadores. São milhares,
mas alguns deles poderão explicar essa verdade. Veja como o Senhor chamou Jacó
e rejeitou Esaú, quando os dois ainda estavam no útero da Rebeca: “...Amei
Jacó e aborreci Esaú” (Romanos 9:13). Veja, caro leitor que para Deus
Jacó era um pecador, Esaú não. Não foi assim com Raabe, a prostituta de Jericó?
(Josué 2). Para o Glorioso soberano só havia um pecador ali, por isso aqueles
espias chegaram lá antes com a providencial salvação.
Note
bem, como o Senhor é específico e definido quando envia Seus servos. Estamos
lidando com a linguagem do Soberano Salvador; daquele que afirma que conheceu e
que conhece cada uma de Suas ovelhas. São esses pecadores específicos que são
chamados. Às vezes aparecem em grande número, mas noutras vezes eles são
poucos. O que importa é que a mensagem do céu tem um endereço certo; vem do céu
à terra aos corações que receberão a verdade e serão atingidos em cheios com a
poderosa e artística obra da graça.
Quem
pode explicar os grandes feitos do Senhor? O evangelho é exclusivamente Dele e
é Ele livre para agir conforme Ele age no meio dos homens: “...Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e
terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão” (Romanos 9:15).
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