"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no
caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom
caminho; andai por
ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos."
Jeremias 6:16.
A BENÇÃO
DAS ANTIGAS VEREDAS: (continuação)
Até
aqui tenho procurado mostrar aos leitores a triste e enganosa condição na qual
vivem homens e mulheres no perigoso caminho cujo fim é a perdição eterna.
Diante de toda essa verdade revelada fica claro que a misericórdia do Senhor
reveste esse verso de Jeremias 6:16. Ao procurar destacar a perigosíssima
condição do pecador em seus pecados, tenho em mira realçar o coração compassivo
do Senhor. Alguém só vê a importância de buscar um médico quando agrava seu
estado de saúde. A importância de um copo de água surge quando a sede é
intensa.
O
Deus da Bíblia expõe tal verdade de várias maneiras em Sua Palavra. Por
exemplo, é dito em Salmo 46:1 que Ele é “... socorro bem presente na angústia”.
Percebe-se que o coração é despertado para o socorro de Deus, quando se vê
aflito na alma, à procura de descanso. Um antigo hino diz: “É na tormenta
que se pensa no amigo”. Estou certo que uma alma que anda tranqüila sob a
brisa da prosperidade mundana, repudiará o
descanso para a sua alma, descanso achado no bom caminho.
Mas, quando a livre misericórdia de Deus está em pleno exercício, quão
maravilhosa é para a alma! Oxalá Deus desperte corações que dormem no pecado!
Quando os olhos espirituais são abertos, o
bom caminho passa a ser visto como a preciosidade, a relíquia, a riqueza
desejada. Assim o mundo com toda sua atraente fortuna e entretenimento é
imediatamente desprezado. Deus abriu os olhos de Rute de tal maneira que ela
pode perceber que o Deus da sua sogra Noemi era, de fato, o Deus verdadeiro.
Ah! Ela não pensou duas vezes. Sua decisão estava marcada num coração simples e
confesso. Ela olhou para seu país, seu povo, seus costumes, sua parentela, sua
religião e simplesmente colocou tudo no “pacote” do desprezo. Sua confissão
apareceu no momento certo e decisivo. É provado quando expôs para sua sogra a
firme resolução de acompanhá-la, mesmo na pobreza e mirando um horizonte
aparentemente incerto e inseguro para duas mulheres sozinhas e desamparadas,
porquanto eram viúvas. Rute fixou seus olhos no Deus de Noemi e disse à sua
velha sogra: “... o teu Deus é o meu Deus...” (Rute 1:16) , e isso era tudo para
aquela jovem. Ao por seus pés no caminho
da paz, eis que o amor de Deus já tinha enchido seu coração da viva fé e da firme esperança
que nem mesmo a morte pode anular: “... onde quer que morreres, morrerei eu..”
(Rute 1:17). Eis aí um exemplo de uma alma que achou descanso eterno. Para Rute
nenhum tesouro terrestre teria qualquer valor, e todo sucesso obtido foi fruto
da fé que honrou a Deus, por isso aprouve a Ele honrar tal fé.
Mas,
para a alma que ainda não pode compreender as riquezas eternais encontradas no bom caminho, resta que eu passe a mostrar que os tesouros
eternos são infinitamente melhores do que todas essas ocas e vãs promessas
mundanas. Porventura, pode um peregrino que trilha o caminho santo ter alegria? Claro! Cristo despejou plenitude
de alegria nos corações de Seus discípulos quando lhes disse: “...para
que a vossa alegria seja completa” (João 16:24). Notem a exortação de
Paulo achada em Filipenses 4:4 “Alegrai-vos sempre no Senhor...”.
Tal alegria está no coração daquele que pela fé anda pelo santo caminho. Aí
está aquilo que o mundo jamais poderá dar; um tesouro oculto dos olhos do
ladrão e homicida, que lidera este mundo tenebroso; um bem durável que em nada
está confinado às circunstâncias terrenas. A alegria de Cristo é passada ao
salvo.
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