segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (17)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado amigo leitor, não esqueça que todo propósito da mensagem do evangelho tem em mira a humilhação do homem e a glória de Deus. Nossa felicidade nesta vida e na eternidade é viver para a glória de Deus num temor reverente e dedicado a Ele. A essência do pecado é justamente não conceder a Deus a glória que pertence tão somente a Ele.
                A vida de Saul nos fornece um exemplo prático dos resultados da rebelião no coração contra Deus. Hoje veremos como o pecado no íntimo foi um severo perseguidor para esse homem até o final de sua vida. O reino de Israel pertencia a Jeová, por isso o representante terreno teria que ser apontado por Deus; teria que ser um homem segundo o coração de Deus e não segundo as determinações do povo. O reino de Israel deveria ser um reino de justiça, juízo, bondade, misericórdia e temor a Deus, porquanto Israel representava o testemunho de Deus na face da terra e seus representantes humanos deveriam estar ocupados em agrada ao Senhor e obedecer as determinações de Sua Palavra escrita.
         Davi foi esse homem enviado por Deus; Davi seria um modelo a ser seguido doravante pelos reis que viriam; Davi seria nos moldes terrenos o que será o reinado de Cristo sobre a face da terra no milênio, por isso ter Davi como rei era um presente de Deus para Seu povo Israel. Mas, observe bem que Deus não lhe entregou o reino imediatamente, porque Saul tornou-se um cruel inimigo. As constantes fugas de Davi foram providenciais, porque assim Deus estava provendo disciplina, justiça, compreensão e amor genuíno ao Seu servo. Como reinaria em Israel sem esses dispositivos espirituais? Como obter o verdadeiro respeito do povo de Deus?
         Foi nessa escola divina que Davi conheceu o que significa ter ao seu encalço um perseguidor como Saul. Deus simplesmente soltou as “feras” do ódio e da maldade do coração do rei de Israel. Perder o reinado para Davi foi motivo de um ódio carregado de inveja e de um ciúme mortal. O pecado achou Saul, encontrou-o no tempo adequado e agora mostra sua face maligna, a fim de fazer dele um feroz perseguidor da fé. O pecado no íntimo tomou Saul, fazendo dele um agonizante na alma, vencido pela depressão e açoitado pelo infame desejo de ver jorrando o sangue inocente (1Samuel 22). Era como um touro enraivecido; como um leão faminto à procura da caça. A sombra de Davi o aterrorizava e não sabia que toda sua ira era contra Deus, por essa razão foi barrado pelo próprio Deus.
         Como foi que Deus barrou as investidas de Saul contra Davi? Em duas circunstâncias diferentes. Nas duas vezes Deus colocou Saul cercado por Davi e seus homens e ali Saul pode conhecer através de Davi o que significa a misericórdia de Deus (cap.24e 26); Saul esteve duas vezes face a face com um homem de Deus que provou ser seu melhor e mais fiel soldado de guerra. Porém, como sempre acontece, o pecado não solta um homem, a não ser mediante uma transformação de Deus. O arrependimento e o choro de Saul eram emoções momentâneas e não demorava muito para que renovasse o contrato com o pecado e continuasse sua perseguição.
         Estava chegando o fim de Saul. Deus mostrou-lhe seu pecado, a justiça e o juízo. Agora é vez de mostrar o quanto aquele rei estava de mãos dadas com a iniqüidade e isso ocorreu quando foi consultar a feiticeira (cap.28). Agora estava de mãos dadas com uma mulher que a lei de Deus mandou destruir. Mas o final de sua vida mostra Saul no terreiro espírita procurando resposta para sua agonizante situação. Sua morte veio no dia seguinte por um amalequita. Lembra do incidente com os amalequitas?
         “Sabei que o vosso pecado vos há de achar!”. Amigo, agora é o momento precioso para um sincero arrependimento e uma entrega a Cristo, antes que seja tarde demais.    

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