domingo, 6 de outubro de 2013

A PRESENÇA DA MORTE EM NOSSOS CORPOS




“... Para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos” - II Coríntios 1:9.
                         A presença da morte é a verdade mais espantosa para o ser humano. Lutamos contra ela todo dia e o dia todo para que fique bem claro que todo labor humano neste mundo seja presenciado como pura vaidade no silêncio do cemitério. A assombrosa morte anuncia a todo instante que ela está realizando seu macabro trabalho no mundo inteiro, confirmando a verdade universal que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).
                 Precisamos conhecer a tremenda verdade daquilo que Paulo está nos ensinando através de sua própria experiência a respeito do poder da morte em nosso corpo mortal. A verdade é que onde está a morte, precisa haver ressurreição. Não tem alternativa. E é no domínio da morte onde Deus realiza sua obra inaudita, porquanto Ele é o Deus que “vivifica os mortos” (Romanos 4:17). Todos os salvos foram chamados “da morte para a vida” (João 5:24). E Paulo acrescenta: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados” (Efésios 2:1). Esta é a ressurreição espiritual, obra que pertence unicamente a Deus a fim de que Ele, unicamente Ele, seja glorificado.     
                Tem uma verdade ainda mais profunda que Paulo nos transmite no verso de II Coríntios 1:9. Somos o povo da ressurreição. Vivemos entre duas ressurreições, a primeira que já ocorreu quando fomos salvos, e a outra que ainda acontecerá. Habitamos neste corpo da morte, e nosso Senhor diz a respeito daquele que Ele salva: “... e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44). Primeiramente a experiência pela fé da ressurreição espiritual, depois teremos a experiência gloriosa da ressurreição de nossos corpos mortais.
                Diante dessa verdade monumental exposta nas Escrituras para o povo de Deus, resta que agora entendamos que não há promessa de Deus aqui neste mundo de um corpo melhor, saudável, isento das suas limitações        e de seus dissabores. A morte habita em nossos corpos terrenos, e o povo de Deus deve saber que ainda não chegamos lá; que estamos sujeitos aos sofrimentos por causa da presença da morte, e nossas difíceis experiências neste mundo passageiro chegam para avisar que não devemos confiar em nós mesmos, mas sim no “Deus que ressuscita os mortos”. O alvo de Deus para seu povo não é nos manter aqui, mas sim arrancar-nos desse vale de dor (Gálatas 1:4). Suas promessas não giram em torno das ambições transitórias tão buscadas pelos mundanos, mas sim na excelência da ressurreição que há de vir: “...esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal... (Romanos 1:11).
                Povo de Deus, que fiquemos impregnados dessa tão sublime verdade! Quantas vezes Deus tira nosso conforto físico? Quantas vezes Deus remove toda confiança natural? Quantos santos de Deus são surpreendidos com a visita da morte, tirando a alegria e sepultando tanta expectativa terrena? Um Jacó enlutado permanece por longo tempo chorando a morte de um filho tão querido e sem qualquer resposta de Deus até o momento adequado, por quê? “Para que não confiemos em nós mesmos, mas sim no Deus que ressuscita os mortos”.

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