sábado, 20 de abril de 2013

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (8)







Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Amigo leitor, até aqui pude mostrar pelos vocábulos usados nas Escrituras o quanto a Palavra revela que a raça adâmica deixou o Senhor na queda; o quanto desprezou o bondoso criador; o quanto recusou propositalmente a Sua glória, a fim de curvar perante a astuta cilada de satanás.
         Prossigo em apresentar mais argumentos da verdade revelada. Muitas são as palavras que descrevem a decisão do homem na queda e que comprovam essas verdades na prática. Mas a Palavra também usa expressões que descrevem essa condição tão triste dos homens. Vemos no Novo Testamento como Paulo descreve a situação de homens e mulheres sob a tirania do pecado e do príncipe deste mundo: “Filhos da Ira”: “...e éramos por natureza filhos da Ira...” (Efésios 2:2). Notemos como no texto o apóstolo lança fora qualquer base para que os crentes fiquem orgulhosos neles mesmos diante dos tremendos ensinos da graça salvadora. Paulo está motivando os santos a terem corações gratos; a serem humildes e viverem sob a constante atmosfera da misericórdia do Senhor. O fato é que a linguagem de Paulo em Efésios é realmente humilhante para nossa natureza tão orgulhosa, mas é para fazer os crentes recordarem que a posição deles agora em Cristo foi obra absoluta da graça.
         Examinemos um pouco mais de perto. O que realmente significa “filhos da Ira”? Indica que os homens vivem debaixo de completa indignação; que por serem filhos do diabo e não de Deus; que por serem nascido no pecado; que por serem elementos que se intrometeram no mundo a fim de desafiarem a Deus com seus atos malignos, certamente são objetos da Ira; que a todo o momento são alvos constantes da fúria de Deus; que em nada Deus tem qualquer prazer neles; que em nada são bem vindos à terra; que são dignos de serem expulsos daqui e que constantemente são atingidos pelas flechas do ódio de Deus.
         O leitor atento pode observar como não há diferença na linguagem de Deus quando trata da situação depravada dos homens. Que não há lugar para conceber um Deus que no Antigo Testamento fala em Ira e no Novo Testamento fala de amor. É certo que no Na linguagem do Novo Testamento o amor de Deus pelo povo salvo, o povo eleito aparece, mas realça ainda mais a diferença do trato de Deus com Seus filhos amados e o trato deles com a impiedade dos homens no pecado. Não há como escapar da fúria daquele que é três vezes santo, a não ser se o pecador for achado em Cristo.
         Por terem deixado o Senhor da glória; por terem dado as costas ao maravilhoso amoroso Criador; por terem propositalmente obedecido a voz da serpente e caído aos pés do pai da mentira para amá-lo e adorá-lo, eis que homens e mulheres são chamados de “Filhos da Ira” e não filhos do amor de Deus. Toda tentativa de mudar a situação é inútil; toda luta para encobrir sua condição de réus é pura arrogância e presunção. O Santo de Israel não pode mentir; o glorioso Senhor do céu e da terra é imutável. Os verdadeiros salvos compreenderam isso, por essa razão seus corações estão cheios de temor reverente; eles sabem bem que foram alcançados pela força soberana da compaixão de Deus; sabem que realmente mereciam a punição eterna; sabem que devem tudo ao amor de Cristo provado na cruz. Estão certos de que agora são chamados filhos do amor de Deus, porque a graça os chamou e que foram aceitos em Cristo.
         Caro leitor, qual é a sua situação neste momento? Está agora debaixo do amor de Deus porque foi lavado e purificado pelo sangue do Cordeiro, ou ainda está debaixo da Ira de Deus? A mensagem do evangelho chega para proclamar as maravilhas de uma tão grande salvação conquistada na cruz. O amor de Deus aparece brilhando nas trevas deste mundo e chamando pecadores arrependidos, a fim de que corram e busquem abrigo eterno e plenamente seguro Naquele que na cruz morreu pelos nossos pecados.

AS DUAS PROVAS

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