“E
eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”
(Mateus 3:17)
A
RAZÃO DAS PALAVRAS DO PAI: “Este é meu Filho Amado...”
Sei que preciso retomar esse tema, mas
as vezes as ocupações me impedem de fazer isso, pelo menos escrevendo uma
página por dia. Minha esperança é que eu não falhe em nutrir os que amam a
palavra de Deus com verdadeiro alimento celestial e esse alimento vem a nós
quando aprendemos acerca do nosso Senhor, odiado do mundo, mas amado e
apreciado pelo Pai, conforme o texto de Mateus 3:17 nos mostra. Deus sempre
mostrou aos homens o quão perigoso é para alguém se erguer contra Seu Filho
Amado. Josefo, antigo historiador judeu narra sobre a morte do Herodes que
mandou matar as crianças, na tentativa de matar o infante Jesus, conforme a
narrativa de Mateus 2. Diz Josefo que aquele Herodes teve um trágico e terrível
fim.
Diante dessas verdades, voltemos ao
texto porque ali vemos o quanto Deus usa essas palavras: “Este é meu Filho
Amado...” como advertência a todos. O Filho voluntariamente se humilhou, mas o
Pai eterno se encarrega de avisar a todos sobre o perigo de achincalhar,
zombar, escarnecer e colocar Jesus no mesmo nível de seres humanos, pecadores
como nós somos. A humilhação do Senhor é vista pelos homens, mas a glória Dele
é mantida pelo Pai. Se os homens estão armados contra o simples Nazareno, a fim
fazer Dele motivo de zombaria é certo que o Pai tem em mãos Suas armas
aterrorizantes, as quais serão usadas contra aqueles que desprezarem o filho.
As narrativas de Josefo mostram como foram os horrores que sofreram os
moradores de Jerusalém, quando o general Tito, no ano 70 invadiu a cidade e a
encheu de cadáveres, em cumprimento da maldição que veio sobre o povo quando
pediram que o sangue do Justo recaísse sobre suas cabeças.
Devemos lembrar que a humilhação do
Filho foi voluntária, ativa e não passiva .
Por incrível que pareça, nós somos pecadores por decisão de nossos pais no
Éden, mas também por decisão tomada por nós. O que somos agora é o que seríamos
se estivéssemos em lugar de Adão. Nossas atitudes revelam o que somos nós por
prazer. Mas o caso do Senhor Jesus, Ele simplesmente ignorou, ou mesmo escondeu
Sua divindade para vir até nós aqui; na reunião do Conselho de Deus foi o Filho
quem se apresentou para o serviço da redenção. Note bem que Ele não deixou os
poderes da divindade, mas simplesmente não usou. Ele provou esse fato na
transfiguração, mas fez questão de mostrar isso a 3 discípulos, a fim de que
eles mesmos pudessem testemunhar e incluir esse fato em seus escritos, como
fizeram Pedro e sua segunda carta e João no capítulo de sua 1 carta.
Em tudo isso estou tentando mostrar que
mesmo na humilhação do Filho, tornando-Se homem na mais humilhante condição,
Ele jamais ficou isolado e abandonado pelo Pai. Ele mesmo diz em João que no
momento final, quando iria se dirigir para a cruz, todos os discípulos Lhe
abandonariam, mas Seu Pai estaria com Ele. O único momento que Deus abandonou o
Filho foi quando foi de fato crucificado e na cruz se tornou pecado em lugar do
Seu povo; foi ali que o Filho gritou em hebraico: “Deus meu, Deus meu por que
me desamparaste?” Foi naquele momento que o Cordeiro foi imolado: “Ao Senhor
agradou moê-Lo”. Que história fantástica, a qual deve mover nossos corações de
santo temor, tremor e adoração.
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