“...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e
nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE
A SÁBIA DECISÃO DE CORAÇÕES REGENERADOS.
Percebe-se no texto que aqueles homens perceberam
que os valores eram eternos; que havia em suas palavras de vitórias plenas
contra o mal e que o céu desceu à terra para busca-los. Que lição bendita eles
receberam, pois mostraram que realmente carregavam consigo o real significa de
ser discípulo do Senhor. Com os olhos do coração abertos por obra do Espírito
Santo, eis que os homens veem a linguagem da Escrituras em sua totalidade. O
homem bíblico é aquele que contemplou a grandeza e extensão da tão grande
salvação. Abel, quando viu no sangue do animal simbolizado ali, Ele contemplou
tudo o que precisava ver. A realidade desta vida terrena não lhe ambicionava
mais, por isso se tornou alvo da fúria do seu próprio irmão. O curso da verdadeira teologia está gravado
no coração de um homem convertido ao Cordeiro de Deus e é exatamente isso o que
importa. Os grandes homens usados por Deus que escrevem livros e mais livros normalmente
querem expandir e tornar notório esse conhecimento. Quanto tempo viveu um Abel,
Enoque, Noé, Abraão, etc? Eles viveram o tempo suficiente para conhecer e andar
com Deus na terra. O Senhor tinha para eles as palavras de vida eterna. Notemos
isso na vida de Simeão, pois Deus o deixou viver até aquele majestoso dia,
quando em Jerusalém tomou a criança de Maria e a envolveu em seus braços, e
assim pode erguer os olhos e dizer: “Pode levar teu servo, pois ele já
contemplou tua salvação” (linguagem minha).
Foi isso que tomou posse do coração
daqueles homens que firmaram seus pés no propósito de ficar perto do Senhor.
Para eles a presença do Senhor era tudo e o que o Verbo encarnado falava eram
palavras vivas, as quais irradiavam seus corações de regozijo e prazer. Todo
encanto da vida eterna não está em nada relacionado com coisas. Vida eterna é a
própria vida e está tratando de uma pessoa só – o Verbo encarnado. Quando
tratamos de vida aqui sempre entendemos à luz das coisas, ou mesmo o que eu
posso obter daquilo que o mundo pode dar. Mas nas palavras de vida eterna não
há esse elemento que pulula na estrada. A vida eterna é o próprio Filho: “Quem
tem o Filho, tem a vida, mas quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”.
Estou afirmando isso, porque sempre vejo
como vida eterna é compreendida hoje à luz daquilo que compreendemos desta vida
terrena. A ideia que transmite é que vou ter alguma coisa comigo; que serei
mais rico do que aqui, etc. Mas não foi isso que aqueles homens entenderam. A
grandeza do Filho de Deus é mostrada no fato que Ele é em Si mesmo a própria
vida. Assim, toda grandeza é Ele mesmo e está Nele mesmo. A vida em Adão está
profunda e totalmente ligada ao pecado. A essência da vida natural é o pecado
com seus dramáticos e terríveis efeitos. Mas no tocante ao nosso Senhor, vê-Lo
é ver a vida e foi isso que encheu de gozo o coração daqueles homens. E da nossa parte, o que fazer? A resposta
vem imediatamente extraída das Escrituras: “Alegrai-vos no Senhor! Regozijai,
exultai” (Salmo 32). Pedro, Tiago e João puderam ver a glória do Senhor e
aquela experiência foi impressionante e dramática para eles e João pode dizer: “vimos,
tocamos apalpamos o verbo da vida”.
“Ó como é tão singular Jesus, esbelto e
mui gentil, no rosto traz uma rara luz, fanal do mundo vil”
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