quarta-feira, 23 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (10 de 10)

 


“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)

“A FIRME E SEGURA RECOMPENSA DA FÉ”.

        Digo mais, que a fé alcança a formosura de Cristo, Sua face de amor pousa sobre uma alma arrependida. Nosso Senhor jamais recusou o que crê, nunca falhou com o perdido que o busca de todo coração. Se um pai terreno recebe um filho pródigo que voltou ao lar em busca de abrigo, amor e proteção, quanto mais o Senhor que provou na cruz Seu infinito amor pelos que O buscam de todo coração. Nunca, jamais haverá no inferno alguém que vai reclamar da fidelidade do Salvador em não atender-lhe quando um dia, aflito clamou Sua salvação. Além disso não podemos esquecer de que Seu ministério é salvar. Ele ainda não tomou seu traje de Juiz; o grande Advogado do Seu povo continua Sua obra em salvar. Ele assentou-Se ao lado do Pai porque completou perfeitamente a obra na cruz, mas não para descansar. Aquele que estava ao lado daquele moço na cruz é o mesmo que agora estende Sua graça em atender a súplica de um coração que invoca Seu grande nome.

        Voltando ao texto, vemos que Ele também dá significado e autoridade na salvação, quando Ele diz: “Em verdade te digo”. Talvez jamais pensamos na importância dessas palavras. Qual a razão disso? Não é o fato que Ele é o Deus da verdade? Com essas palavras, a verdade salvadora penetrou como flecha de amor no coração daquele moço; “em verdade te digo” romperam as trevas, baniram o terror, afastaram os poderes infernais e ergueram o frágil pecador à condição de herdeiro de Deus. Ora, aqui estamos tão acostumados com as infidelidades dos homens e nós mesmos abraçamos e coroamos nossa própria infidelidade, porquanto habitamos juntamente com a corrupção de nossos corações. Mas não é assim com o Salvador, pois Ele sempre deu Sua assinatura na salvação de todos os que foram a Ele. “Louvamos-te ó Deus, pelo dom de Jesus, que por nós pecadores foi morto na cruz”.

        O grande e glorioso Salvador aponta Sua vitória contra a morte: “hoje estarás...”. Primeiramente não vemos qualquer relutância da parte do Senhor, pois há algo definido em Suas palavras. Naquele momento as mãos da graça agarraram o perdido cheio de confissão para dizer-lhe: “tu és meu!”. Naquele momento as mãos infernais do diabo e da morte retiraram seu domínio e as cadeias e grilhões que o prendiam foram arrancadas, assim como as cadeias que prendiam Pedro na prisão simplesmente foram tiradas (Atos 6). Aquele que veio ao mundo para salvar, porventura perderia um dos seus eleitos? Claro que não! Não há poder humano, angelical ou infernal que possa contra as ordens do Salvador.

        Também, ali na cruz, mesmo ante a festa de aparente vitória dos inimigos, na realidade o golpe já tinha sido dado, porque nos planos eternos, o Cordeiro já tinha sido morto desde a fundação do mundo. Ali na cruz estava o Autor da vida, por isso a morte estava destinada a conhecer sua terrível e absoluta derrota; satanás, o príncipe deste mundo receberia o golpe certeiro em sua cabeça; o mundo derrotado ao ouvir sobre a ressurreição e o inferno avisado que suas portas seriam trancadas para que nenhum dos eleitos caísse lá.

        Cristo define bem o destino certo da fé: “no Paraíso”. Destino assegurado e não havia possibilidade de qualquer interpelação da parte dos inimigos. Cristo veio buscar essa alma que Ele mesmo salvou e Seu objetivo era levar ao lar, o lugar que Ele foi preparar para os santos. “Maravilhosa graça, maior que meu pecar!”

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