sexta-feira, 18 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (8)

 

                          

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

        O que aconteceu com aquele moço que ali na cruz recebeu a misericordiosa obra de salvação? Ele teve uma consciência da terna compaixão de Deus em Seu favor. A desgraça da mais pervertida soberba tombou e naquele momento ele viu que a mão estendida desse Deus estava pronta para abraça-lo com Seu perdão. Suas palavras revelam o quanto ele se humilhou, o quanto estava atirado ao pó, de tal maneira que nem pediu que o Senhor o acudisse, mas sim que lembrasse dele. Nessa petição ele marcou o tempo: “...quando entrares no teu reino”. Que incrível fé! Como Deus exalta esse tipo de fé! Eis aí a fé que pertence aos eleitos de Deus.

        O Salvador não está perante um arrogante, mas sim perante um homem que chegou ao pó. A obra salvadora, mesmo sendo em múltiplas circunstâncias que diferem uma da outra, Ele vê a singular fé. Ali estava a mais sincera confissão que, sem qualquer dúvida espantou o céu. Naquele momento a porta do céu mostrou que estava escancarada para receber um perdido, enquanto a porta do inferno foi trancada e o abismo não receberia alguém. Tudo isso traz a mais bela lição que precisamos aprender e apreender, o fato que Deus é o Deus dos humilhados; o fato que o Salvador jamais perde de vista um perdido; jamais há de ficar distante de qualquer alma arrependida e que chega a Ele em sincera contrição.

        Quão diferente é o evangelho moderno, porquanto chegou a nós com sua face aparentemente humilde, mas quando vista por dentro não passa de ser uma estratégia diabólica, a fim de manter os homens ainda mais fortes em sua pretensão de desafiar o céu. A mensagem do evangelho moderno está nutrido de ódio pela verdade; tem em seu santuário a glória do homem e tem como seus emissários elementos bem disfarçados. Deus nunca prometeu salvar homens e mulheres que têm seus corações um romance marcado com o amor à iniquidade. Deus nunca prometeu salvar quem ainda se acha vestido de seu orgulho próprio, mas a mensagem moderna promulga esse elemento de humanismo, desejo por uma vida melhor aqui e traz consigo a noção de que Deus deve atender nossa fé banal, mundana e carnal.

        Voltando ao texto, percebemos que a esperança que brotou no coração daquele moço foi o desejo por vida eterna. Como ele soube do Paraíso? Não há dúvida que era um judeu, o qual desde a infância obteve conhecimento desses fatos relacionados à ressurreição e às moradas eternas. Ele não era um ignorante, como os pagãos vistos nas nações ao derredor. Quando a misericórdia o abraçou, então toda sua visão foi acesa para as realidades eternas. Noutras palavras, ele viu ali sua chance, pois o Salvador estava fisicamente perto. Ele pediu como um homem humilde deve pedir e sua atitude foi ouvida: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”.

        Meu amigo, que lição preciosa! Ela transmite a salvação de Deus aos homens e que todos, não importa se for ladrão, religioso, de boa moral, estão na mesma condição no pecado. O ladrão que ali se converteu pode entrar no Paraíso porque sua conversão foi de coração ao Senhor. Ele obteve o perdão dos seus pecados porque achegou-se perante o Deus de toda misericórdia e achou Nele socorro imediato. Jesus não esperou para chegar aos céus, mas estendeu Sua mão e o salvou naquele mesmo momento. O dia da salvação é hoje e não amanhã.

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